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Mensagem por Mag Sex 17 maio 2013 - 1:29

Gui, obrigadão pelo lindo comentário, de verdade; eu tinha um monte de coisa pra responder mas pela primeira vez to com preguiça e dor de cabeça pra fazer isso. Só digo que meu objetivo era mostrar que ele era louco mesmo, o gongo é meio que um sinal disso. Ah, eu não conhecia estocolmo, muito legal a palavra e o significado hein.

Reprodução de um diálogo

Apertei a bucha contra o prato de vidro. O sabão e a água reagem com o movimento da minha mão, e a espuma lava o prato. Atrás, na mesa, toca Renato Russo no notebook. Eu tentava resgatar o tempo que perdi com o medíocre pensamento de que música nacional é ruim, e nessa busca, encontrei em Russo letra e voz que me agradaram. Meu corpo e minha voz o acompanhavam enquanto eu lavava a louça:

“Somos tão jovens”, grave, “tão jovens”, grave, “tão jovens”, agudo abrupto.

Minha mãe passou atrás de mim, pegou alguma coisa na geladeira ou mexeu no fogão, não sei dizer, eu já estava entretido com o canto e o trabalho para prestar atenção. Ela se aproximou ao meu lado com um pequeno sorriso no rosto.

“Temos nosso próprio tempo”, cantarolou, ainda com um leve sorriso.

Fitei-a inicialmente com estranheza, nunca fui incentivado ou apresentado à cultura musical brasileira por meus pais. Só depois compreendi o porquê disso. Gospel e modões antigos era só o que eles ouviam, e raramente. Depois estampei um sorriso no rosto. Era um raro momento daquela época em que as coisas em casa estavam bem, e ela conhecia a música.

– Eu costumava ouvir isso na sua idade – disse.

– Esses dias to ouvindo umas músicas brasileiras e gostei muito do Renato. O cara é excelente.

– Ele morreu de quê mesmo? – ela lançou – Overdose?

Eu já devia imaginar que isso aconteceria, mas antes que pudesse me controlar, eu disse:

– Aids... – respondi num sopro. Lembrei da pesquisa que fizera sobre ele; tinha contraído o soropositivo de um nova-iorquino. Calei-me a tempo. A última coisa que queria era ouvir a opinião dela sobre sexualidade ou que ela me incitasse a dar a minha atual opinião sobre o caso – fazia poucos meses que eu declarara não ser mais cristão.

– Ih – onomatopeiazou, mas não insistiu naquilo. Continuou: - Mas deve que também usava drogas, não...

– Usava – como eu podia ser tão imbecil?

Ela me lançou um olhar de soslaio enquanto fazia alguma coisa no balcão ao meu lado e aproveitou o momento para fazer seu discurso.

– Esse pessoal que não acredita em Deus e faz fama, é sempre assim... O ego começa a crescer, acha que é autossuficiente e então descamba pras drogas, vira viciado e faz tudo que é besteira mesmo.

Ela me vigiava enquanto falava, e minha expressão era de total desacordo e impaciência. Ela se exasperou, parou o que fazia e me olhou brava.

– Mas é claro que você não concorda com isso, não é? – suspirou e se afastou de mim.

Minha mente palpitava como sempre. Cheia de pensamentos, argumentos e contra-argumentos para dizer, mas naqueles momentos tudo esvaía da cabeça, ia para outra dimensão, eu engolia em seco, ouvindo, só mudo. O que era raciocinar? Eu não sabia. Então eu sucumbia em ideias de ódio contra minha covardia exacerbada, meu medo de impor minhas opiniões que agora eram tão hereticamente contrárias às deles.

Poderia dizer, à larga, que tinha medo do que eles fariam. Mas sempre soube que nunca seria nada de tão grande. No máximo, começaríamos a nos afastar e em pouco tempo eu já teria de ser independente. Mas talvez esse fosse meu maior medo, perder o conforto em que vivia. Perder, também, as únicas pessoas que sei que realmente dariam a vida por mim. As únicas? Ao que tudo indica, sim.

Se conseguisse levantar minha voz para falar, provavelmente eu questionaria o pensamento religioso e medíocre da minha mãe. Ele começou usar droga por causa do ego grande demais? É, os fãs chegaram ao ponto de idolatrá-lo e a considera-lo messiânico – para a minha felicidade ele negava, mas eu também conheço um pouco do ego humano quando é amaciado. Na lógica da minha mãe, então, eu deveria supor que as pessoas não se drogam porque são cheias de humildade? Por favor, ignore meu átimo de ironia, sou tão ruim nisso. Talvez tenha sido mesmo melhor não dizer nada. Afinal, como eu faria ela conseguir compreender que uma pessoa que usa droga e tem relações sexuais não-monogâmicas pode ter excessivamente mais caráter que a maioria dos cristãos recatados da igreja?

Enquanto discorro os impropérios dramáticos da minha vida neste conto, sinto um peso carregado de frustrações na alma e uma dor demoníaca na cabeça. Sinto que devo gritar e urrar até que minhas cordas vocais estourem e minhas entranhas se dilacerem, desvendando ao mundo os segredos mais íntimos do meu âmago, o ódio por tudo e o amor por nada. Minto para me enganar. E sinto, sinto que a vontade não é vã – eu quero satisfação! Mas a vontade vai além da realidade. Até quando tão jovem?

“Lá em casa tem um poço, mas a água é muito limpa.”



Tinha um monte de coisas para fazer hoje a noite, mas dessa vez não pude ignorar a ideia. Tentei ser o mais fiel possível no diálogo que tive com minha mãe na semana passada e com meus sentimentos durante esses momentos. O último parágrafo é o reflexo da minha fidelidade - fiquei extremamente incomodado enquanto escrevia. Eu poderia melhorar várias coisas aí, mas não quero mais me esforçar.

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Mensagem por Yoshihime Sex 17 maio 2013 - 14:58

Meus pais gostam de Legião Urbana, eu não. Gostei do texto, mas a questão é a seguinte, você e seus pais devem conversar, brigar, não existe "minha verdade" e "meia verdade", é como Kant evidência ao diferenciar discussão e debate, tudo se discute, poucas coisas se debatem.

Caso não exista ai uma conversa de verdade, daquelas de horas, não existe entendimento nem aceitação, pense nisso, na necessidade de uma discussão de verdade com seus pais.

Sobre o texto em sim, está bem escrito, como de costume.

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Mensagem por Umbreon_NICE Seg 3 Jun 2013 - 12:49

Mães, são mães.
A minha era uma piriguete do sertão, antes de virar mãe -q A ideia de todo famoso se drogar pode se meio contraditória as vezes, alguns tiveram contato antes da fama. As vezes converso com meu pai sobre algum deputado ou prefeito, problemas na cidade, e é legal ter esse tipo de conversa com os pais, o problema é quando temos opiniões diferentes e ele acha que é o dono da discussão. Gostei do último texto, devia ter vindo a essa galeria antes.

Black: Tópico trancado por inatividade, caso queira reabri-lo mande uma MP a qualquer FFM.
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Mensagem por Mag Sex 16 Ago 2013 - 0:33

Resposta:
Spoiler:

Aí, outro conto. Achei que tentei ser Joyce e morri, faleci. E eu nem entendi, mas tá aí:

Um conto a concluir?

Saltou em cima do grande colchão de casal e engatinhou com euforia até se estabelecer na cama, enrolando-se até o pescoço sob o fino cobertor branco. Com os lábios esticados num longo sorriso, inspirou o cheiro agridoce de amaciante mal usado que se impregnara no pano recém-lavado.

A mulher veio em seguida. As rugas, marcas indomáveis do envelhecimento, cobriam o seu rosto cansado, embora denotasse alegria ao observar as reações tão engraçadas e peculiares do neto. As manchas desleixadas de tinturas amarelas e pretas, que tentavam encobrir o embranquecer do qual era alvo, rareavam sobre o cabelo crespo. A delicada seda do pijama rosa escuro que trajava delineava as proporções da sua forma corpulenta.

– Vó! Quero morrer – disparou o garotinho de cabelos castanhos.

A avó travou no meio do ato de pressionar o interruptor e o encarou com seriedade.

– Nunca mais fala isso, filho, porque o bicho ruim ouve e realiza. Não pode falar esse tipo de coisa de jeito nenhum.

– Mas eu quero morrer mesmo, ué – continuou o menino, um pouco inseguro, fitando o teto.

– O que é que papai do céu diz? – Inquiriu a velha.

O menino silenciou-se. Continuou observando o teto e a avó ficou impaciente ao perceber que ele não repararia no incômodo que o silêncio abrupto causa nessas ocasiões – no incômodo que esse tipo de situação sempre deve deixar nas pessoas. É sensação comportamental básica. Mas ele não sabia; como? Teria de ensiná-lo.

– E então? O que me diz?

– Nada. Não queria dizer mais nada além de que quero morrer.

A televisão fez um som que outorgou a atenção dos dois para si. Era o plin, plin que indicava o início da vinheta Tela-quente. Em seguida, apresentações e a voz grave anunciando Titanic. O menino deu um tremelico rápido e quase imperceptível debaixo da coberta e sorriu à contra gosto, impulsionado pela euforia que ainda lhe restara mesmo depois da conversa.

– O filme já vai começar, vamos assistir – concluiu a idosa, depois de suspirar.

Foi só nesse momento que ele dirigiu o olhar para sua avó, fitando-a com uma maledicência ingenuamente dissimulada. Os raios de iluminação que a lâmpada elétrica lançava sobre ela tornavam-na opaca e translúcida, enevoada, como se não fosse tangível a ponto de sustentar o reflexo da luz, mas, ao contrário, lhe dispersasse a existência e a materialidade.

E então tudo estava escuro e eram trevas, exceto pela claridade baça da TV ligada. Enfim a velha pressionara o interruptor. Passinhos leves sobre a cerâmica impecavelmente branca e em seguida o estrondoso e gradual ranger da estrutura de madeira da cama, ao suportar seu peso e as várias tentativas de se encaixar agradavelmente. Quando conseguiu, tudo calou. O filme começou.

Ele abriu os olhos. Piscou uma, duas vezes. Não via nada. Passou rapidamente o polegar direito na base dos outros quatro dedos e cerrou o cenho, transtornado. Repetiu o processo com a mão esquerda. Tateou no colchão, em meio à coberta e ao lençol completamente desgarrado, embaixo do travesseiro e dentro da fronha. Nada. Sentou-se e coçou os olhos.

E pensou, Onde está a morte, vó?





Me desculpe se fiz alguém perder tempo lendo isso


Última edição por Mag em Sex 16 Ago 2013 - 18:10, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Umbreon_NICE Sex 16 Ago 2013 - 7:08

Certo. Não entendi direito esse conto, no início pensei que a velha abusaria sexualmente do garoto e talvez essa fosse a "morte", a morte da inocência, mas eu viajei legal nessa teoria, e fiquei confuso com o final, se tem algo oculto ou não.

@3DSFood: Tópico trancado por inatividade. Caso queira re-abrir o mesmo, envie uma MP a qualquer FFM.
Black: Tópico reaberto a pedido do autor.

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Mensagem por Mag Ter 17 Set 2013 - 14:52

Edit: Tinha esquecido de responder a dona Kalopsita Umb
Spoiler:
Entreguei essa poesia hoje pro meu professor. Foi a primeira que escrevi. É surrealismo, e o professor sugeriu que usássemos a poesia "A União Livre" do André Breton como exemplo. Não vou fazer nenhum comentário pessoal sobre. Quero saber o que acharam. Por favor, Por favor, comentem.

Sorrisos

Meu sorriso é farsa dissimulada diante do olho-lua enviesado
Com o calor acinzentado, o amor azedado
A vida em frangalhos de felicidade no dia da submissão
Meu sorriso adornado pela mancha lúgubre da devassidão
Com retidão perversa em borras de chocolate que amarga o ventre do meu pai
Meu sorriso contagioso de sarcasmo numa imagem vultuosa de carícias
Meu sorriso em forma de alazão indomável diante da índia voluptuosa
De cor escura e filetes de espinhos nos seios enrijecidos
O córrego negro descendo em seu dorso e se debulhando em fios ao vento ardente
é vapor
Meu sorriso é marca diluída de uma sensação que escapou pelos vermes-rosados gemendo-sexo na minha face
Meu sorriso de verdades incontestáveis como a vida
Cuja relativa obscuridade do útero remete à turva negritude que abraça a terra
Abraça o sol e as estrelas e os planetas de um nome só
E morre no fim porque a vida era fantasia cigana em jogos do acaso
Meu sorriso em fios ardentes de águas subterrâneas
Que alarga a face e sobe à superfície voando livre nas nuvens
Que umedece a terra com seus cadáveres putrefatos
Esterco de árvores num ciclo panteístico
Meu sorriso entreaberto bebendo a gota ambígua d’fogo salgado que reverbera ascendente dos olhos
Meu sorriso que um dia confiou e definhou ao som da sagrada mentira em capa velha e encardida
Meu sorriso envaidecido de gratidão
Do ego que ecoa nos espelhos internos e se estilhaça em frivolidades cortantes
Meu sorriso individualista
Meu sorriso coletivista
Qual?
Meu sorriso insosso é um luxo de veneração à imagem disforme da Santíssima Trindade
Corroída pelos tempos sórdidos do Ocidente perdido em si
O homem às cegas que encontra apoio na guilhotina travestida de dossel do amor
Meu sorriso que se desfoca para gargalhar mas morre
Como enxame de abelhas atacadas pela pedante fogueira capitalista
Meu sorriso rumina quando erva daninha
Meu sorriso relincha quando galinha
Cisca quando jaguar
Ruge quando égua
Guincha lá o CPU
Meu sorriso com diastemas por onde pia ensurdecedor o profético assovio das elfas esfíngicas
Saídas dos abismos ancestrais dos dentes
Proclamadoras de morte sedutora ao ouvido
E à natureza o véu desce a se desfazer em apocalipse
Meu sorriso que ao acolhimento infernal mergulha sôfrego
E ao nirvana alcança na sublime figura messiânica da Yemanjá caminhando sobre o oceano revoltoso
E no fim
Da atroz pressão da terra adubada em ódio e amor sempre surgirá
Meu sorriso em harmonia musical
Fedendo às páginas antigas que construíram o vassalo-senhor
Iluminado pela inomenclatura Humana.


Última edição por Schai Blich em Ter 29 Out 2013 - 23:16, editado 3 vez(es) (Motivo da edição : tava relendo a poesia e dei uns retoque nela, ficou bem melhor agora)

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Mensagem por Caio. Ter 17 Set 2013 - 19:31

Não precisa humilhar os abiguinhos, Mag. Só porque faz letras, humph.

Ficou lindão, sério. Eu slá, acho poemas assim consistentes tão bonitos, tão "completos". Embora alguns incompletos sejam tão bonitos também...

Black: Reaberta a pedido do autor.


Última edição por Black~ em Qua 23 Out 2013 - 13:57, editado 2 vez(es)

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Mensagem por Mag Sáb 26 Out 2013 - 20:30

Pra você, peri o doninho
Spoiler:
Fui olhar umas pastas e achei vários textos que eu havia começado a escrever há muito tempo, mas por não conseguir concluir, porque esqueci ou porque achava-as ruins e não tinha paciência pra tentar melhor ou reescrever, acabei não postando nada. Acho que agora vou retocar algumas pra ver o que alguéns acha.

Esse é mais um experimentalismo na poesia, é super boboca em sentidos estéticos... mas tanto faz, que se [palavra censurada].

Ao meu melhor amigo, eternamente

O meu melhor amigo é como
a mais misericordiosa das almas
que ao imerecido dá favor.

O meu melhor amigo é o
embelezador do mundo
que à luz deu brilho.

O meu melhor amigo é o
condenador das atrocidades
e à justiça dá fulgor.

O meu melhor amigo
ainda me ama
embora eu não faça como Ele ordena.

Se meu melhor amigo me visse
à Sua santa ira me condenaria
porque a justiça seria.

Não sei se
a vingança consome meu melhor amigo
ou o contrário – Ele se serve dela como refeição.

Mas sei que
Ele me escolheu para adorá-Lo
e ao Seu louvor eu não me submeti.

Sou o rebelde que ao
destino não deu valor
que revogou
a irrevogável servidão.

Se ao meu amigo eu não honrar
marco aqui que a mim
foi dado o aval para contraria-Lo.

Mas meu melhor amigo
não tolera a vida
que Ele me permitiu ter.

Então no fogo
e no enxofre insuportável
eternamente me manterá. Para
que ao Seu verdadeiro amor
eu possa experimentar.

O meu melhor amigo eu aboli
porque foi Ele quem me escolheu
para ao mundo Dele sofrer.




Acho que postei isso só porque eu me lembrei do que o Leminski disse numa citação que o Gui me mostrou. Um grito pelo inferno.

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Mensagem por Caio. Sáb 26 Out 2013 - 20:44

Eu acho que seu melhor amigo é o melhor amigo de muita gente, mas não diria que é meu
e não saquei nada das últimas frases da sua resposta ao meu comment q

Ficou bom ;D

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Mensagem por Mag Sáb 26 Out 2013 - 22:13

Caio. escreveu:Eu acho que seu melhor amigo é o melhor amigo de muita gente, mas não diria que é meu
e não saquei nada das últimas frases da sua resposta ao meu comment q

Ficou bom ;D
Agora me recordo. Escrevi isso com quase toda certeza depois de uma das discussões com meu pai ou minha mãe, onde eles devem ter me dito que Deus era meu melhor amigo apesar de tudo, apesar de toda minha "rebeldia" contra ele, contra o cristianismo, etc. Esse negócio que eu escrevi, peri, é do início ao fim de uma amarga ironia. Então com certeza ele é seu melhor amigo também, pode crer. /:

Que isso, não entendeu o que eu disse? /: eu gosto que as pessoas me entendam. É por causa de hermético? Olha, tirei de um site pra tentar esclarecer "Confuso, difícil de ser compreendido, misterioso: poesia hermética." Com relação à poesia, diz respeito àquelas de interpretação mais complicada, onde o sentido está mais encoberto no texto, diferente de outras que deixam bem claras o que quer transmitir. Os escritos do Kafka, pra citar um exemplo, são muito herméticos. E eu disse que, apesar do surrealismo lidar com imagens 'concretas', ele se utiliza sempre de um antro de metáforas e analogias pra alcançar o "surreal", e às vezes pode ser muito hermético também, às vezes não.

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Mensagem por Caio. Sáb 26 Out 2013 - 22:28

Continuo sem entender, Xáblê :c Mentira, eu estava apenas te sacaneando mesmo -q
E ainda não acho que sou amigo desse cara ai.

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Mensagem por laser queer Sáb 26 Out 2013 - 22:37

Poxa Mag, que profundo, cara. Eu gostei mesmo desse último, porque me identifiquei com ele até demais. Acho que já conversei contigo sobre isso, mas esse é um assunto bem delicado aqui em casa.

Eu vou tentar acompanhar mais as publicações do pessoal aqui na FFA, coisa que eu não fazia antes, então desculpe por não ter dado uma passadinha aqui antes, vou tentar evitar isso. Eu já li alguns, como o do sorriso, e você realmente tá de parabéns. Eu acho que não vou conseguir falar como o Perry, mas realmente gostei muito de tudo. qowkswpookw

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Mensagem por Yoshihime Sáb 26 Out 2013 - 22:48

eu não quero a vida eterna, professor, EU QUERO O INFERNO

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Mensagem por Mag Qua 30 Out 2013 - 0:00

Spoiler:
PS: retoquei Sorrisos, achei ficou bem melhor, só olha quem quer, tchau

Eu tinha me proibido de opinar aqui sobre supostas qualidade do que escrevo, mas tenho que admitir que pra mim, esse texto que tá aqui é a coisa mais fóoda que já escrevi. Vocês podem achar uma merda desgramada, e digam se acharem, vai magoar um pouco mais to nem aí, é necessário.

Isso que vocês vão ler é 1/100 de um parágrafo de 5 linhas que eu havia escrito há 6 meses, uma coisa horrível. Reencontrei, e achando um único gancho aproveitável, fui dando retoques. Isso 2 da madruga. Desliguei pra dormir mas pasmei porque depois de vários meses, me senti Loucamente inspirado. Liguei e fiquei até as 4 da madrugada botando tudo pra fruder, come dali, goza aqui e saiu. Mas se o orgasmo é ruim, a gente vai e tenta outro, porque não dá pra ficar sem o prazer né. O título eu acabei de inventar, bjs nas bunda.


Soca um título epiléptico aqui

Escrevo por pretensão. A de preencher o vazio da brancura sem fim desta página. Esse vazio que me faz retorcer em agonia, imperativando em mim a necessidade de teclar, de manchar, de sujar. Encher de sentido o inexistente, arrefecer a não-morte que sim ¿sim? só existe a partir da sim-vida. Entupi o inorgânico com a bio, então, estúpido, sai Platão, a alma aristotélica do Corifeu que proclama, alarde!, os mandamentos do messias Rimbaud, emoldurado pelo bramido sacro dos eunucos surdo-mudo-cegos que batem à minha porta. Mas palpito o coração, minha mão destra começa a definhar, as unhas secam e supuram em pus. Meu sangue pulsa permeando as artérias de todos os planetas, saturno, netuno, jubarte, os astros, a galáxia mártir, lua, sol, incenso, o buraco negro até ao inferno e aléns. Oxalá, a trindade carnal Nando-Reis-Caeiro tira-me a sanidade com dardos vomitando metafísicas sulfurantes, Louvai! Naqueles nãoos-lugares inominados grito por queimaduras, o suor descendo em cascata interminável sobre minha sobrancelha lembram-me num átimo a garganta do diabo que um dia visitei, mortífice, naquela internidade da vida. Quando? Jorge, sempre Amado, bolina -deussalino- meu sexo em ereção. A tesão tenciona, orgasmo ao paraíso. Sou a fênix que retorna das cinzas. Estrangeiro, talvez alienígena de nariz adunco. É o sarausilencio de Kafka num beijo embriagado em Lautréamont taraprostituto. Entorpecência, Reminiscência, Degenerecência. O grito sofrível lançou longe o lápis. Esse era eu. -...- eu? Tenho o mundo parado num estático acaso. No papel escrito não encontro as respostas. Mudérnage di menos, exclama a norma minha mãe. Concluo porque quero, mas ¿não? não tenho a vontade. Essa página solitária era mais satisfatória enquanto branca do que agora preenchida com meus incompreensíveis rabiscos negros entrincheirados num universo sem nexo; doutrine-nos com a beleza da inutilidade!. São os dogmas em doses de cachaça que alentam minha alma. São tudoos paralelos e são tudoos ambíguos. Do pouco que descobri aqui, somente o que não sei parece ser a meu favor, cantariam elas, as moças de lábios beatos e vozes rasgantes, todas suicidadas mesmo se ainda vivas. Era uma verdade? Continuam pela externidade.

Escrevo mesmo mesmo por meu puritanismo soberbo, para poder sentir pena dos pequenos-infantes do orfanato ali ao lado. É tudo uma mentira umedecida com uma libido fantasiosa, o arrecada-almas de cada-dia, o excremento amargo que tu tiras do ânus e enfias pela boca sucessivamente. Disfarça melhor da próxima, porrinha de Deus! ... “Oh, lies, lies, lies” ... Mentir agora é o meu ofício. Quero o teu aval,





Obs: esse texto está infestado de citações, musical e literária, algumas nem tão explícitas, além de ter pensamentos intrinsecamente fincados em relações com determinadas pessoas especiais, se algumas delas lerem, talvez compreendam, isso é gostoso


Última edição por Schai Blich em Qua 30 Out 2013 - 2:46, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Yoshihime Qua 30 Out 2013 - 0:14

muito bom, conseguiu expor maravilhosamente a ideia do palimpsesto humano que nós somos, com tudo que lemos, o mosaico de sen(sações)(timentos) que somos, belíssimos jogos de palavras, naquele meu texto que você conhece procurei algo parecido

me lembrou também, um pouco, vagamente, um poema da Ana C., mas dada a data de hoje (ontem), como você sabe que eu amo essa mulher, tudo me faz pensar nela, é assim:

"E penso
a face fraca do poema/ a metade na página
partida
Mas calo a face dura
flor apagada no sonho
Eu penso
A dor visível do poema/ a luz prévia
Dividida
Mas calo a superfície negra
pânico iminente do nada."

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