[Jogo] A experiência narrativa em Gone Home
2 participantes
Página 1 de 1
[Jogo] A experiência narrativa em Gone Home
A experiência narrativa em Gone Home
Aviso: Esse texto é bastante condensado e tudo nele exposto pode ser melhor desenvolvido.
Resolvi parar de procrastinar com esse texto. O que eu não poderia estar fazendo, deveria estar revisando um texto para o estágio, mas esse meu lado de... Não sei que palavra usar para caracterizar esse meu lado totalmente paradoxal, afinal sempre digo que não entendo sobre jogos e continuo escrevendo sobre eles. É um problema pessoal, admito, essa vontade de escrever sobre tudo que me agrada (e o que não agrada também, mas esses não posto para evitar briguinhas, mas quem sabe em breve não surja um texto meu falando mal de Dragon Ball, Bleach ou Naruto pela internet).
Indo ao ponto, reservei esse tempo para escrever sobre o recente Gone Home (PC, Mac e Linux), porém não falarei se ele é competente ou não como jogo, por motivos já citados. Gostaria de abordar um pouco sua capacidade narrativa e o que ele pode representar nesse sentido. Deixando claro que eu sei que outros jogos também constituem narrativas (não todos, claro).
Em Gone Home você é uma garota estadunidense em plena década de 1990, que após uma viagem de um ano pela Europa retorna para casa. Ao chegar sua família está de mudança, seus pais já partiram e só sua irmã estaria em casa, mas na porta está um bilhete dela dizendo que partira e não queria que ninguém tentasse descobrir para onde fora.
Você então entra na casa e se depara com o que é o jogo: uma casa vazia, onde você pode revirar tudo para conhecer a história de sua própria família naquele ano em que estivera fora. Em Gone Home não existem inimigos para serem vencidos, não se perde o jogo em nenhuma situação e nem o objetivo parece concreto, por mais que o bilhete de sua irmã na entrada dizendo para não tentar descobrir para onde ela fora soe como um convite. Conforme encontra determinados objetos ou lugares você desbloqueia memórias de sua irmã durante aquele período e aos poucos a história dela vai tomando forma.
Por se diferenciar de grande parte dos jogos Gone Home assume uma forma que pode representar um novo estilo não só de jogos, mas também das narrativas em um geral. O potencial narrativo de games desse estilo pode ser impressionante e merece destaque, a exploração de um ambiente é uma incrível ferramenta de imersão que agora com os jogos digitais se torna mais acessível para expressão artística, possibilitando experiências que não seriam alcançadas com o cinema, literatura, teatro, artes plásticas e outras, por conta das limitações de cada forma.
No jogo é possível a conciliação de diferentes dimensões, a exploração do espaço, a imagem gráfica onde ele está inserido, os efeitos sonoros e a trilha sonora — nesse caso durante o passeio pela casa é possível encontrar várias mixtapes de sua irmã e coloca-las para tocar, com grande referências a música dos anos 90, principalmente da cena punk — os fragmentos de textos em cartas, memórias, anotações encontrados.
Gone Home pode não parecer tão atrativo para muitos que se dizem “gamers” por seu estilo diferente, centrado na imersão, exploração e narrativa e não na criação de desafios a serem vencidos. Contudo é importante a percepção do potencial criado pelo jogo ao apresentar fórmulas que podem constituir um novo gênero de expressão, expandindo as fronteiras dos jogos.
Indo ao ponto, reservei esse tempo para escrever sobre o recente Gone Home (PC, Mac e Linux), porém não falarei se ele é competente ou não como jogo, por motivos já citados. Gostaria de abordar um pouco sua capacidade narrativa e o que ele pode representar nesse sentido. Deixando claro que eu sei que outros jogos também constituem narrativas (não todos, claro).
Em Gone Home você é uma garota estadunidense em plena década de 1990, que após uma viagem de um ano pela Europa retorna para casa. Ao chegar sua família está de mudança, seus pais já partiram e só sua irmã estaria em casa, mas na porta está um bilhete dela dizendo que partira e não queria que ninguém tentasse descobrir para onde fora.
Você então entra na casa e se depara com o que é o jogo: uma casa vazia, onde você pode revirar tudo para conhecer a história de sua própria família naquele ano em que estivera fora. Em Gone Home não existem inimigos para serem vencidos, não se perde o jogo em nenhuma situação e nem o objetivo parece concreto, por mais que o bilhete de sua irmã na entrada dizendo para não tentar descobrir para onde ela fora soe como um convite. Conforme encontra determinados objetos ou lugares você desbloqueia memórias de sua irmã durante aquele período e aos poucos a história dela vai tomando forma.
Por se diferenciar de grande parte dos jogos Gone Home assume uma forma que pode representar um novo estilo não só de jogos, mas também das narrativas em um geral. O potencial narrativo de games desse estilo pode ser impressionante e merece destaque, a exploração de um ambiente é uma incrível ferramenta de imersão que agora com os jogos digitais se torna mais acessível para expressão artística, possibilitando experiências que não seriam alcançadas com o cinema, literatura, teatro, artes plásticas e outras, por conta das limitações de cada forma.
No jogo é possível a conciliação de diferentes dimensões, a exploração do espaço, a imagem gráfica onde ele está inserido, os efeitos sonoros e a trilha sonora — nesse caso durante o passeio pela casa é possível encontrar várias mixtapes de sua irmã e coloca-las para tocar, com grande referências a música dos anos 90, principalmente da cena punk — os fragmentos de textos em cartas, memórias, anotações encontrados.
Gone Home pode não parecer tão atrativo para muitos que se dizem “gamers” por seu estilo diferente, centrado na imersão, exploração e narrativa e não na criação de desafios a serem vencidos. Contudo é importante a percepção do potencial criado pelo jogo ao apresentar fórmulas que podem constituir um novo gênero de expressão, expandindo as fronteiras dos jogos.
________________
MyAnimeList|twitter|last.fm
presente do slip
presente do slip
Yoshihime- Membro
- Idade : 28
Alerta :
Data de inscrição : 05/09/2009
Frase pessoal : Oi, sou travesti. Você sabe?
Re: [Jogo] A experiência narrativa em Gone Home
Cara, quanto mais cê fala desse jogo, mais tenho vontade de jogar. Parece ser ótimo, seja pela década, pela maneira como a caracteriza, pela maneira abordada, pelo jeito de não te fazer morrer de susto com um zumbi mutante ninja pulando em cima de você no escuro etc...
Parece realmente excelente
Parece realmente excelente
________________
Caio.- Membro
- Idade : 27
Alerta :
Data de inscrição : 27/06/2010
Frase pessoal : A noir. E blanc. I rouge. U vert. O bleu.
Tópicos semelhantes
» Home All Day Long
» Nfs World-Desafio "Home for the Holidays" !
» Ajuda para Conseguir Wi-Fi : Site ''Home''
» [Jogo] Jogo de Detetive 6.0
» jogo...
» Nfs World-Desafio "Home for the Holidays" !
» Ajuda para Conseguir Wi-Fi : Site ''Home''
» [Jogo] Jogo de Detetive 6.0
» jogo...
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|