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Pokémon — Os Escolhidos

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Mensagem por Shiota Sex 3 Jul 2015 - 11:07

Faixa etária: 14 Anos
*PODE* conter: palavras de baixo calão, semi-nudez, violência baixa, média e semi-alta (um tiro e uma explosão), falas sexuais e xingamentos pesados

*: Pode conter, não quer dizer que vai conter, mas que eu tenho a liberdade para colocar o que foi descrito. E mesmo que apareça algo pesado, eu não pretendo que seja em todo capítulo ou com muita frequência.

 Pokémon — Os Escolhidos WIc4j9q
podem ver o meu nível de habilidade com banners: 0,2


Hey pessoal! ^^

  Essa é a minha primeira fanfic, eu já vinha com a ideia desde o começo do ano. Ela se passará em Azken, um novo continente. Eu só queria pedir a vocês que, mesmo que seja a primeira, denunciem todos os erros que encontrarem, tanto de português, quanto de enredo. Isso ajudará a mim e a fic. Se algo ficar confuso e vocês não entenderem, podem perguntar que tentarei esclarecer melhor por meio dos comentários que antecedem o Capítulo.

. Personagens

Protagonistas:
Secundários:

. Azken
Mapa:


Capítulos


  • Prólogo (neste post)
  • Capítulo 1: A prova Pokémon!
  • Capítulo 2: Galactic Rocket
  • Capítulo 3: Todos iguais, mas uns mais iguais que os outros
  • Capítulo 4: Poison VS Berry
  • Capítulo 5: O último veneno
  • Capítulo 6: Primeiro Gym
  • Capítulo 7: Amigos, até que a vida nos separe!
  • Capítulo 8: A escola Pokémon!

Créditos:


Agora, sem mais delongas, segue o Prólogo:



Pokémon — Os Escolhidos

Prólogo
18 de setembro de 2012, Presídio da Região, Sinnoh.


      Era dia de inverno e chovia muito. Como em todas as regiões, havia um presídio de segurança máxima que, nesse caso, ficava a noroeste da cidade de Cannavale, onde residiam os maiores prisioneiros da região. Cercado de grossos muros de concreto, uma cerca elétrica e alguns policiais vigiando em torres que ficam em pontos estratégicos do enorme muro, a parte interna era muito bem vigiada e tinha quatro “galpões” enormes, cada um com aproximadamente 150 celas e 50 solitárias em cada um. As solitárias, local dos prisioneiros mais perigosos, ficavam no subsolo, separadas das celas, que ficavam no térreo.

     Os que tinham o azar de serem pegos e levados até aquele lugar, não tinham muitos passatempos e os que tinham não eram os mais animadores: Podiam quebrar rochas ou jogar xadrez e, para os que gostavam, poderiam também passar alguns minutos jogando futebol em uma quadra. Isso, claro, só era possível sob vigia dos policiais, que se notassem qualquer movimento suspeito poderia suspender a recreação. De resto, a única coisa que os prisioneiros poderiam fazer era comer, dormir e refletir sobre o que fizeram da vida.
     De repente, pode-se ouvir uma explosão e o barulho nada acalmante da uma sirene:

— O que foi isso? – Gritou um policial.

    Correu até onde achou ter vindo o barulho. Iria descer escadas indo em direção ao subterrâneo do presídio, onde ficavam as solitárias, mas ao notar que uma das celas estava alterada, parou antes e entrou com cuidado nela, podendo perceber muita poeira e cimento espalhados, além do que mais chamava a atenção, dois grandes buracos, sendo um na parede que dava acesso ao lado de fora das celas e um no chão, que dava acesso a uma das solitárias. Percebeu que o prisioneiro havia explodido o teto de sua solitária – que por sua vez, era o chão da que se encontrava agora, no térreo – e, em seguida, a parede da cela. “Mas, como?”. Pegando uma pokebola de seu cinto e lançou-a para o alto, de onde foi materializada uma criatura, com uma aparência de leão, Laranja com listras pretas em suas costas e uma Juba de cor bege, a calda e alguns tufos longos de pelos em suas patas de mesma cor, quadrúpede e elegante.

— Arcanine, procure por fugitivos.

   O felino imediatamente obedeceu e seguiu os rastros, tais como pegadas firmadas no chão empoeirado e farejando até localizar um odor após alguns segundos. O Pokémon rosnou visando o buraco e pulou por ele. Por a cela estar no térreo, não teve muitas dificuldades. Esperou seu treinador montar nele, que balançou a cabeça indicando que não iria.

— Preciso cuidar de meus companheiros que estavam patrulhando por aqui e foram atingidos.

   O leão anuiu com a cabeça e seguiu em frente, correndo atrás do prisioneiro fugitivo. “Mas... Onde estão os prisioneiros que estavam nessa cela?”. Então, desceu as escadas e foi até a entrada da solitária do prisioneiro fugitivo, onde havia rastros de madeira pregados na parede, provavelmente da placa informativa com o nome de quem estava ali. Porém, ele havia memorizado muito bem quem estava ali e sentiu um arrepio na espinha ao lembrar-se de quem estava na solitária e quais prisioneiros estavam na cela. “Droga”. Voltou ao térreo para ajudar seus companheiros de profissão e, no mesmo momento, outros dois chegaram.

— O que aconteceu aqui? — perguntou um dos policiais.
— Chamem os médicos, a CPI e... Um mestre de obras.

     A CPI citada por ele era a sigla de “Central de Polícia Internacional”, na qual, em emergências, recebia alertas de qualquer uma das regiões alertando imediatamente cidades e/ou policiais em certa área para facilitar a prisão ou, no caso, a recuperação de um fugitivo. Os homens imediatamente obedeceram sem entender direito o que acontecia. Enquanto um ligava para a CPI pelo Pokecth, o outro foi chamar os médicos.

— Fique aqui com esses homens, vou seguir o fugitivo – disse o policial.
— Sim senhor.

       O policial correu até a porta do presídio e parou, observando algo. “Mesmo sendo inverno, essa chuva foi muito repentina” percebeu, olhando para o céu que estava perto de amanhecer e o horizonte que estava sem nuvens de chuva, o que fez deduzir que aquela chuva era pouco abrangente, atingindo apenas a ilha. “Isso só pode ser o Rain Dance. Usamos Growlithes e Arcanines, Pokémons de fogo. Além de que isso...”

— Senhor — interrompeu um policial — não estamos conseguindo chamar ajuda e nem avisar a policia internacional.
“... Dificulta o sinal para ligações” suspirou.
— A chuva não durará muito, tente novamente quando ela acabar.
— Mas... — o outro policial tentou dizer algo, mas um Arcanine rodeado em chamas saltando e iluminando uma porção da ilha, chamou a atenção do seu olhar. Puderam ver ao longe, pela claridade, uma silhueta feminina no fugitivo, e o cabelo vermelho. Quando olhou para frente, o treinador de Arcanine correra em direção a seu Pokémon. Iria gritar para ele, mas cancelou a ação e foi ajudar seu parceiro com os outros homens.

    “Arcanine não deveria ter usado flare blitz, já que, além de infligir dano em si mesmo, se o oponente possui rain dance, provavelmente é do tipo água, sendo mais útil seu ataque elétrico. A menos, é claro se ele ficou congelado. Isso descongelaria-o”. Olhou em um aplicativo especial de seu poketch que era dado apenas a policiais, semelhante a uma Pokedex,porém já trazia todos os Pokémons da região sem precisar desbloqueá-los,  e viu que o único Pokémon do tipo water e ice que possuía o golpe responsável por aquela chuva era Lapras.“Que também pode aprender Surf”.

      Ouviram outra explosão. Dessa vez, o muro e as torres de vigilância haviam sido atingidos. Seja quem for que fugiu, era alguém muito forte; os Pokémons que conseguiu, eram fortes o suficiente para fazer um belo buraco no muro e derrotar os vigias no primeiro ataque. Como e quem tinha capturado-os com tanto poder?

      Viu-se o sol começar a nascer e a chuva cessar. Viu também seu Pokémon rosnando e olhando para o horizonte. “Escaparam... E deixaram um belo prejuízo” pensou olhando para um buraco no muro e para as torres de vigilância com os vidros quebrados e umedecidos, onde era bem provável haver mais feridos. Chegou ao lado de seu Pokémon e o acariciou a juba por trás de sua cabeça para acalmá-lo. Ao olhar para seu Pokémon, percebeu que um fato passou despercebido: “como os Pokémons chegaram até os fugitivos?” Todos os Pokémons dos treinadores que vão para aquela prisão são confiscados e, dependendo do crime, devolvidos a natureza. E mesmo se não fossem devolvidos, certamente não estariam na cela junto ao treinador.

     “A cidade mais próxima e o provável destino deles é...”. Então, pegou seu Poketch e ligou para a CPI.

— Mandem reforçar toda cidade de Cannavale, em Sinnoh. Temos alguns fugitivos em direção a ela.
—Mais fugitivos? — “respondeu” retoricamente alguém no outro lado da linha – Acabamos de receber um aviso de fugitivos vindo de Jhoto. Só falta você dizer que um deles era uma mulher de cabelos vermelhos que estava em uma solitária.
— Como é?! — “Respondeu” retoricamente a resposta retórica do outro homem.

[...]

Não há tempo! Edroca! A Terra diminuiu! Abra teus olhos e procure-me. Não leve meu chamado a publico. — Repetia varias vezes um brilho que podia facilmente cegar alguém, no sonho de um jovem garoto.


Continua....

É isso pessoal, o Prólogo ficou, tipo, muito curto, mas se eu acrescentasse algo corria o risco de "estragá-lo". Eu tive também que fazê-lo em 3ª pessoa, mas os próximos serão em 1ª pessoa (é bem mais facil, por sinal).

Tchau e até o próximo capítulo o/


Última edição por IsaacXD7 em Seg 28 Set 2015 - 19:05, editado 23 vez(es) (Motivo da edição : atualizando o Main-Post)

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Mensagem por Fressato Potato Sáb 4 Jul 2015 - 15:05

Primeiramente, o arcanine é um cachorro!

Te dou uns tapas se chamar ele de felino de novo.


Segundamente, o prólogo tá do tamanho ideal e você soube por apenas o essencial pra iniciar a fic. Good.

Terceiramente, tá phoda demais. Faz tempo que não leio uma fic desse tipo e pelo visto vou acompanhar essa.

Quartamente, o arcanine é um cachorro. Se chamar ele de felino de novo eu te denuncio pra polícia federal e te dou uns tapas.

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Frase pessoal : Pode sentar no colo que aqui ninguém vê a gente


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Mensagem por Shiota Ter 7 Jul 2015 - 12:07

Hey pessoal, cheguei para mais um capítulo o/

Comentários:

Agora, vamos ao capítulo:

                                                                                         Capítulo 1: A prova Pokémon!

— Vamos logo, levante! — Dizia uma voz feminina e infantil enquanto chacoalhava o meu corpo — Você está quase batendo o seu recorde de me fazer te chamar por dez minutos, sabia?
— Só mais dois minutos e eu prometo que levanto — Disse a ela sem abrir os olhos, com voz sonolenta.
— Você tinha desmaiado daquela vez! Você vai dormir mais do que quando tinha desmaiado?
— Daquela vez eu teria dormido ainda mais, caso você não tivesse feito o Link dar uma “mãozinha” — retruquei, lembrando-a de como me acordou: Fez meu Shinx usar Spark no próprio dono.
— Boa idéia. Onde é que está mesmo a pokebola dele? — perguntou ela, enquanto provavelmente procurava pela imensa bagunça do meu quarto.
— Você nunca vai encontrar com tanta bagunça assim.
— Mas é claro, está naquela gaveta ali!
— Ta bom, eu me rendo...

    Abri os olhos e fiquei sentado na cama. A bagunça estava ainda pior do que lembrava. Na minha frente, havia uma menina de oito anos com tanta energia que, além de não dormir muito, acordava-me todo dia por volta das 9:30h, o que eu ainda achava cedo demais. A luz do sol que entrava pela janela e batia em meu rosto, como se quisesse que eu continuasse de olhos fechados; o que contrariava meu sonho. O que seria aquilo e o que queria me dizer? Não sabia se iria descobrir, mas algo me fazia tentar. Kyoko, minha irmã, tinha o cabelo azul escuro assim como o meu, porém longo até o fim das costas, e os olhos castanhos. Trajava um vestido laranja, uma sapatilha branca e uma tiara rosa com um laço mais para a esquerda do centro.

— Bom dia irmão! — Disse a menina toda animada — Você sabe que dia é hoje, não sabe?
— Dia 18 de Março de 2015?
— Ah, não se faça de bobo, é claro que você sabe que hoje é a sua prova não é?

   Arregalei os olhos na mesma hora. Por sorte, minha prova havia sido marcada para as 13:30h. Ela parecia realmente acreditar que eu havia se lembrado e, para não achar que estava com amnésia, apenas sorri para ela de qualquer jeito e coloquei a mão em sua cabeça. Ela retribuiu-me com um largo e lindo sorriso de criança. Depois de ver e ouvir aquilo novamente, não podia pedir coisa melhor a alguém.

— A mamãe está fazendo o almoço, que tal a gente brincar enquanto isso?
— Eu acabei de acordar, sabia? Na verdade, acho que nem estou cem por cento acordado ainda. Vou escovar os dentes e ai a gente pensa nisso, ok?
— Ok, então tira o Link daquela coisa por enquanto?
— Tudo bem. Pega “aquela coisa” pra mim, por favor?

     Ela correu, desviando dos mini-montes de bagunça, compostos de roupas e outros itens que não vem ao caso, deu a volta em minha cama e, parando na cômoda que ficava ao lado, abriu a segunda gaveta e de lá pegou uma pokébola; não sei como ela realmente sabia onde estava. Desviando novamente de toda aquela cordilheira, entregou-me a pequena bola vermelha e branca. Apertando o botão do centro, fiz com que crescesse um pouco e, lançando-a ao alto, abrisse e lançasse um feixe de luz vermelho no chão, do qual se fez a silhueta de algo como um leão pequeno ou um lince. Ao diminuir a luz, podia-se ver um felinozinho quadrúpede azul e dourado, com pequenos tufos de pelo na cabeça e nas bochechas e grandes orelhas ovais, uma longa calda que possui uma estrela laranja em sua extremidade e olhos de mesma cor. Era um Shiny Shinx. Não sei direito o que é isso de Shiny, mas meu pai disse que é algo raro e especial, já que maioria dos Shinx é azul e preto. Ele pulou feliz em minhas pernas e ficou sentadinho ali para que eu acariciasse-o; era o nosso jeito de dizer “bom-dia”.

— Ei Link, o chato do seu dono acabou de acordar, vamos brincar? – Disse super diretamente, ao Pokémon tão elétrico quanto ela.

     Ele pulou nela e fez com que caísse sentada no chão, com ele nos braços; é o jeito dele de dizer “bom-dia, você disse a palavra ‘brincar’?” a ela. Kyoko Levantou-se e, com o Shinx em braços, saiu correndo para fora do quarto para brincar com ele. Levantei-me e lentamente fui em direção ao banheiro fazer o que a maioria das pessoas faz lá de manhã: Número um, escovar os dentes, refletir sobre a vida enquanto isso, essas coisas. Desci as escadas e deparei-me com meu pai vendo o noticiário do dia. Kyoko devia estar lá fora brincando e, como ela disse, senti um cheiro de comida boa vindo da cozinha. Vi também Arcanine, dormindo perto dele. Invejava-o um pouco. Dei bom-dia ao meu pai e conversei um pouco com ele sobre o noticiário, mas o santo das interrupções, telefone, tocou no momento de nossa conversa. Fui até ele e o atendi.

— Com licença, foi o senhor que pediu duas Pizzas de calabresa com frango, presunto e queijo extra? — falou alguém, pela voz um rapaz.

    Um pedido desses as 10:02h, combinados a um sabor ridículo e a um entregador que por algum motivo ligou para o cliente significava apenas uma coisa:

— Bom-dia pra você também, Jun — falei ao “entregador” — Pai, é ligação para você.

      Não, meu pai não pede uma coisa dessas perto do almoço, não gosta de conversar com o entregador, ou, principalmente, não trocaria a divina comida da minha mãe por uma pizza que faria passar à tarde no banheiro: meu pai é policial e, dependendo da reação de quem atender, eles sabem se é ou não ele; eu atendo varias vezes o telefone e já até estive no local de trabalho do meu pai, então resolveram me contar. É uma medida básica de segurança, que também estava aliada ao “número confidencial”. Eu sempre fico curioso para saber qual o assunto, mas fazer o que, tenho que engolir isso. Enquanto ele conversava, fui até a cozinha.

— Bom-dia mãe.
— Bom-dia senhor Inari — não sei como eles me enxergam para chamarem-me de “senhor”, tenho apenas 17 anos — acordou tão cedo?
— Fazer o que, aquela mocinha ameaçou chamar o Link. Não sei nem como ela sabia onde ele estava, na verdade.

Ela riu. Minha mãe possui um lindo cabelo ruivo-alaranjado, olhos castanhos dos quais minha irmã herdou e trajava um vestido rosa claro, com um avental branco por cima.

— Inari, você poderia fazer um favorzinho para mim?
— Claro, é só pedir.
— Preciso que vá entregar essa encomenda na casa da Yuko — Apontou para uma caixa sobre a Mesa.
— Tudo bem, mas Kyoko com certeza vai querer vir, então já perguntando, ela pode ir?
— Pode, mas avise-a que olhe para os dois lados ao atravessar a rua, obedeça as suas ordens, segure na sua mão ao atravessar... — enquanto ela falava, eu pegava a encomenda e saia.
— Já sei mãe — interrompi — vamos tomar cuidado, não se preocupe.

    Minha mãe é costureira, então no meu tempo livre eu sou o entregador. Peguei um pedaço de pão com manteiga e subi novamente para trocar de roupa, mais precisamente a minha favorita, uma blusa azul escuro, com mangas longas e pretas do ombro até o pulso, uma calça cinza azulado e um tênis azul escuro que meio que combinava com a blusa. Fui até o lado de fora da minha casa onde Kyoko estava, pra variar, aprontando com o Link. Logo quando pisei do lado de fora, fui atingido por uma doce brisa. Merry Town, onde moro, possui muitas árvores e plantas e uma calma incrível. Não possui o stress da correria do dia-a-dia da cidade, onde morava antigamente em Sinnoh, e os cidadãos se aproveitam disso com pousadas para pessoas que vêm de fora, principalmente para recém-casados em lua de mel.

— Kyoko, eu vou até a casa da Yuko entregar uma encomenda, quer vir? — Falei, dirigindo-me a ela.
— Claro! Sua namorada é muito legal, Inari — Ela respondeu, dando risadinhas.
— Ei, da onde você tirou que ela é minha namorada?
— Irmão... — falou olhando-me desconfiadamente.
— O que foi, algum problema?
— Você ficou vermelho — Disse enquanto dava um sorriso.
— S-Sério? — falei sem jeito — de qualquer forma, vamos andando.

Depois disso, ela carregou Link nos braços, eu ouvi o caminho inteiro “o Inari ficou sem graça, o Inari ficou sem graça...” e o “inocente” do Link parecia estar se divertindo muito com aquilo. Felizmente, ela não desobedecia à recomendação das mães para uma criança que vai passear a pé, menos na parte de obedeça as ordens do Inari, já que fazer silêncio é uma. A casa da Yuko não era nem muito longe, uns 2 minutos a pé; longos 2 minutos, aliás, porque a garganta da Kyoko nunca cansava. Chegando lá, ela finalmente calou-se. Bati na porta e não muito tempo depois a própria Yuko veio nos atender. Ela tinha o cabelo branco no qual o maior fio dele chegava apenas ao ombro, seus olhos eram de um rosa forte e trajava um vestido amarelo e branco. Ela é a minha amiga de infância, o que é motivo suficiente para “certo alguém” dizer que é minha namorada. Os pais dela, que também moravam em Sinnoh, vieram para Azken a trabalho.

— Bom dia Yuko. Eu vim deixar isso aqui a pedido da minha mãe.
— Ah, obrigado — Respondeu — Bom dia pra vocês também.
— O que foi que você pediu Yuko? Deixa eu ver! — Disse Kyoko, que, se não bastasse eu, pretendia perturbar mais alguém.
— Claro — respondeu Yuko, piscando um dos olhos — vamos ao meu quarto e você me dá uma ajudinha, ok?

     Entramos na casa dela e, na sala, estava o irmão de Yuko. Se eu era o homem e tinha 17 e a pirralhinha tinha 8, Yuko tinha 16 e seu irmão 9. Ao ver-lo, Kyoko ficou vermelha. Eu notei isso, dei um sorrisinho, um pouco maligno, mas até que eu achei bonitinho por parte dela. É claro que na volta eu me vingaria até onde minha garganta aguentasse. Ela deu bom-dia a ele e subiu para o quarto com a parceira quando o assunto é roupa. Eu fiquei por ali mesmo falando com o pai e o irmão dela. Como sabemos que mulheres sempre se arrumam num piscar de olhos, a “ajudinha” demorou uns 30 minutos. Depois desse tempo, Kyoko veio carregando Yuko pela escada apresentando a roupa que minha mãe fez: uma camisa branca com uma flor rosa no cano, uma saia rosa, uma meia branca que estendia-se até pouco acima do joelho e uma sapatilha lilás.

— Olha só Inari, como a sua... — Disse Kyoko, quase deixando escapar a palavra “namorada” —... Amiga ficou bonita — deu uma risadinha por fim.
— Ficou mesmo — tive que admitir — simples e bonito, como nossa mãe sempre faz. Bem, temos que ir agora Kyoko. A propósito, Yuko, sua prova é no mesmo horário que a minha, quer que eu te acompanhe? A escola da Kyoko não fica muito longe, só preciso deixar-la lá antes.
— Ok, então eu passo na sua casa umas 12:30, certo? Eu também preciso levar o Yusuke lá também.
— Certo. Kyoko, vamos, ou nos atrasaremos para o almoço e você sabe muito bem que nossa mãe tem uma preocupação maior até mesmo que sua energia.
— Mas não sou eu que sou elétrica, é você que é preguiçoso — retrucou Kyoko, que não estava nem totalmente errada, nem totalmente certa.

     Depois saímos e, como prometido, falei por uma boa parte do caminho “A Kyoko ficou vermelha, a Kyoko ficou vermelha”.

                                                                                                                                     [...]

— Anda logo Kyoko, ou vamos nos atrasar.
— To indo — Respondeu, descendo correndo as escadas.
— Ei, não corra na escada! — Alertei-a pela centésima vez — estou com pressa, mas se você for para o hospital eu vou ficar preocupado e não farei uma boa prova.
— Desculpa, foi a força do hábito — parou e desacelerou.
— Yuko já deve estar chegando, vamos esperar-la lá fora.

     Fomos para frente da minha casa, não o lado de fora, mas algo como um jardim antes da porta, onde estavam um Pokémon que parecia um grande Shinx com juba e o outro que vi mais cedo: Lux, a Luxray de minha mãe e mãe do meu Shinx e o Arcanine do meu pai, que por sua vez é o pai de Link. O filhotinho estava entre eles, parecia estar cochilando, mas na verdade estava apenas com os olhos fechados. Chamei meu pequeno parceiro, que na mesma hora veio em minha direção e escalou-me até a cabeça, acomodou-se em meus cabelos, deitou-se e fechou os olhos novamente. Olhei para cima e perguntei-me onde ele deixou toda aquela energia. Ele só é elétrico na hora da diversão mesmo.

      Pouco tempo depois Yuko chegou, com a mesma roupa que havia mostrado de manhã, uma mochila roxa e um Pokémon em seus braços. Ele assemelhava-se a um gato, era quase totalmente marrom, porém tinha a ponta de sua cauda espessa e um grande “colar” peludo cor creme, orelhas pontiagudas e olhos castanhos: Um eevee. Link percebeu sua presença, balançou suas grandes orelhas e abriu os olhos. Os dois desceram de suas respectivas acomodações e ficaram de frente para o outro, balançando o rabo. Alguém que os desconhecesse acharia que era uma batalha, mas eles estavam apenas cumprimentando-se. Andamos rumo à escola da Kyoko, enquanto conversávamos coisas sem importância, até mesmo Link parecia conversar com eevee. Yusuke estava com ela também.

                                                                                                                          [...]

       Chegando à entrada da escola, beijei a testa de Kyoko como sempre, nos despedimos e ela entrou com Yusuke. A escola é totalmente opcional, mas era legal. Havia as aulas teóricas, mais chatinhas e entediantes, porém as mais comuns, as aulas práticas, onde geralmente vinham “convidados” escolhidos pela professora, podendo ser em sala ou no pátio mesmo e as raras aulas de campo, onde íamos para outras cidades/vilas e rotas.

        Dali para o nosso destino ainda ia uns 10 a 15 minutos. Logo quando a deixamos, em algum momento, mergulhei em pensamentos. “Aquilo. Aquilo de novo. O que quer e por que não diz as coisas mais diretamente? Quem é Edroca?”. Desde pouco antes de sair de Sinnoh, de vez em quando eu tinha um sonho esquisito: no começo, era um brilho que ficava repetindo-me diversas frases durante o sonho inteiro; depois de algum tempo, o brilho ficou meio azulado, mas dizendo as mesmas coisas; na última noite, o brilho diminuiu, sendo possível ver algo como um Diamante Azul, que parecia estar emitindo o brilho, além de ter acrescentando uma nova frase; o mais preocupante, é que a cada sonho o brilho diminuía. Com tantos pensamentos, estava olhando para o chão distraído, quando Yuko percebeu que minha mente já tinha ido à lua e cutucou meu ombro. Voltei a si de repente.

— No que estava pensando? — perguntou-me com um tom preocupado.
— N-Nada importante — Respondi, tentando esconder aquilo.
— Teve o sonho outra vez? — ignorou completamente o “nada importante”. Suspirei. Às vezes, ela e Kyoko pareciam me conhecer mais do que eu mesmo me conhecia.
— Sim. Um pouco diferente das outras vezes, acrescentou alguns detalhes.
— Me conte os detalhes depois — lançou-me um olhar preocupado — por hora, esqueça isso e concentre-se na prova.

     Assenti com um aceno de cabeça e dei um breve sorriso. Ela relaxou um pouco por ter assentido. Afinal, estava completamente certa: precisava passar naquela prova hoje, então tinha que me concentrar para, depois, poder pensar melhor sobre isso. Continuamos nosso trajeto até chegar ao nosso destino: o laboratório de Merry Town. Em Azken há três laboratórios: um em Merry Town, um em Clowbridge City e um em Dracobolt City. Todos eles possuem uma parte reservada para salas onde são aplicadas as provas. São três salas: a sala para os que almejam ser treinadores, para os que querem ser coordenadores e para os que querem ser criadores Pokémon. Depois de escolher a categoria que mais lhe agrada, é marcada uma prova e, se passar, parabéns, siga sua jornada.

— É aqui que nos separamos — disse Yuko, olhando-me — Me promete que vai passar?
— Pronto: meu pai, minha mãe e agora você. Prometo que vou passar se você me prometer também.
— Então está feito. Eu prometo. Se você quebrar uma promessa comigo eu te mato, então espero que você tenha estudado.

      Depois de ter me dado um bom susto, ela despediu-se com um aceno de longe e seguimos cada um, juntamente com seu Pokémon, para sua respectiva sala. Chegando lá, fiz Link voltar para a sua Pokebola e guardei-a na mochila branca que havia trazido. Então, entrei na sala, onde havia umas 10 outras pessoas, além da professora que aplicaria a prova. Ela aparentava ser jovem, de seus 30 anos, tinha o cabelo preto que ficava preso, olhos vermelhos como os de Yuko e trajava a tradicional roupa de um professor. Depois de alguns minutos, ela anunciou:

— Muito bem, vamos começar a prova. Há câmeras escondidas por toda a sala, por tanto, nem pensem em filar. Boa sorte a todos.

                                                                                                                   [...]

— Acabou o tempo pessoal, entreguem-me a prova.

      Já tinha acabado há algum tempo, estava apenas, por livre e espontâneo passatempo, procurando com os olhos as câmeras escondidas: espelhos falsos, roupa da professora ou até um blefe. A prova em si não estava algo de outro mundo, mas também não estava tão fácil. A primeira coisa que fiz ao sair foi tirar Link da pokebola e, em seguida, ir para a entrada do Laboratório, onde Yuko e eevee estavam nos esperando. Conversamos um pouco sobre nossas provas, mas parecia que agora ela estava mais interessada em outro assunto:

— O que o brilho do seu sonho acrescentou dessa vez? — Indagou curiosa.
— Ele diminuiu de novo, o que faz com que agora eu posso ver algo como um diamante, que parece ser o causador do brilho. Mas, dessa vez, além das frases de sempre, ele acrescentou “A cápsula interdimensional aguarda-o”. E o seu, ele não veio ainda?

     Quando ela iria responder-me, Link começara a falar agitado. Olhei para ele, estava parado. Olhava para trás e faiscava pelas bochechas. Havia alguém atrás de nós. Tentei girar meu corpo para ver o que havia, mas, antes que terminasse de fazê-lo, algo me envolveu o pescoço.


 Continua...

É isso pessoal, não ficou lá grande coisa, mas ta ai.
Tchau e até o Próximo capítulo o/


Última edição por IsaacXD7 em Sex 14 Ago 2015 - 23:12, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Dando um tapa nos visuais / Ajeitando os Links no Main-Post)
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 Pokémon — Os Escolhidos Empty Re: Pokémon — Os Escolhidos

Mensagem por Shiota Qua 15 Jul 2015 - 13:26

Hey pessoal, cheguei para mais um capítulo o/


                                                                                                         Capítulo 2: Galactic Rocket


      Link rosnara. Olhei para ele, estava parado. Olhava para trás e faiscava pelas bochechas. Havia alguém atrás de nós. Tentei girar meu corpo para ver o que havia, mas, antes que terminasse de fazê-lo, algo me envolveu o pescoço. Olhei para baixo para ver o que havia no meu pescoço e deparei-me com um braço. Ao olhar para a minha direita, vi a dona do braço:

— Peguei os pombinhos a sós, hein? — disse a professora que havia aplicado a prova em minha sala.
— Mãe! — Gritou Yuko — Não agarra a gente assim, quase morri de susto.
— Ah, então era a senhora. — Falei aliviado. Ela riu da nossa cara por ter nos assustado.
— Senhor policial — Aquela história de “senhor” de novo — policiais não deveriam baixar sua guarda assim — certamente ela estava preocupada mais com Yuko do que comigo, como queria aparentar.
— E quem foi que baixou a guarda, senhora professora? — retruquei — Não era ninguém perigoso, por isso não fiz nada.
— Não era nesse caso. Mas e se fosse um sequestrador ou um ladrão?
— Toda espécie Pokémon tem algo especial — Fiz silêncio por alguns segundos e apontei para Link, enquanto iríamos para alguns bancos que haviam por ali. As duas sentaram, mas preferi ficar em pé. Retomei com uma voz mais baixa para ter certeza que ninguém por perto ouviria.
— Este aqui é Shinx, o Pokémon Flash.

     Yuko não parecia saber, mas Naomi, sua mãe, assentiu com a cabeça.

— Sim, você tem razão. Se bem que nesse caso ele estava mais para “Pokémon Segura-Vela” — brincou Naomi, que às vezes mais parece uma Kyoko adulta. Ela riu, Yuko ficou vermelha. Eu também devo ter ficado, mas fingi ignorar para não perder o foco.
— Quando Link se sente em perigo, sua pele brilha em uma luz cegante. Quando ele começou a se agitar, a primeira coisa que fiz foi olhar pra ele. Se fosse algo ou alguém perigoso, ele brilharia, resultando em uma cegueira temporária em mim e no adversário. A partir daí haveria alguns “caminhos”. — fiz um sinal com os dedos indicando as aspas.
— “caminhos”? — repetiu Yuko. Anui com a cabeça.
—Se o tal adversário continuasse, mesmo cego, vindo em minha direção e me agarrasse, eu venceria no corpo-a-corpo por estar mais acostumado com isso, já que cuido de Link desde que nasceu. Se ele parasse no meio do caminho por causa da cegueira, bastava ordenar a Link para usar Spark e captura-lo. Se o objetivo dele fosse Yuko, Eevee, ou o próprio Link, ele iria se arrepender, pois Link não perdoa criminoso e fica transbordando de raiva, atacando mesmo que eu não o ordenasse.  E se de alguma forma ele desse outro jeito de fazer as coisas, Link ainda teria sua habilidade “intimidate” e eu confiaria em Yuko, que não estaria cega. Tinha uma pessoa de confiança de um lado e um Pokémon de confiança do outro.
— Shin — Link fez sua colocação de extrema importância, deu um sorriso e assentiu com a cabeça.

    Percebi que mãe e filha estavam boquiabertas. É estranho dar aulas, principalmente sobre Pokémons, a uma professora famosa e sua filha que almeja ser professora de campo. A veterana sorriu.

— Você é bem esperto mesmo, fico mais aliviada assim. Mas o que vocês estavam conversando, parados desse jeito no meio da rua?

     “Não leve meu chamado a publico”, foi o que Yuko e eu decidimos fazer. Seja lá o que fosse, apenas eu, meu pai, minha mãe, Yuko e Link sabiam desse sonho, pois eram os que eu tinha total confiança. Também confiava, talvez até mais que nos outros, em Kyoko, mas acho que ela era muito nova para isso. Não que eu não confiasse na mãe de Yuko, mas três pessoas e um Pokémon já eram mais que suficientes.

— Sobre a prova — respondeu Yuko.
— Ah, por falar nisso, dessa vez eu sairei mais cedo porque você fez a prova, ok? Seria injusto para os concorrentes que eu corrigisse, então, pedi para um amigo do Laboratório de Dracobolt para corrigir. E é bom vocês passarem nessa prova, ouviram?
— Nós vamos passar, prometemos um ao outro antes da prova que passaríamos e ela disse que me mataria se quebrasse uma promessa — cocei a nuca.
— Então — ela fez uma cara tão séria que chegava a assustar, direcionada a Yuko — se você quebrar sua promessa com ele, eu que ti mato, ouviu mocinha?
— S-Sim — respondeu Yuko, um pouco assustada — Eu estudei bastante, então vou passar.
— Assim espero. Agora, por que não vão indo juntos para casa? Ainda preciso resolver umas coisas por aqui.
— Tudo bem, então vamos, Inari. — segurou-me pelo braço e me “arrastou”, como se eu não pudesse andar.

    Andamos, refazendo o caminho de quando tínhamos vindo. Em um piscar de olhos, estava escurecendo. A prova não foi muito difícil, mas foi longa. No meio do caminho passamos por uma praça. Estava desértica. Ela ficava no meio de quatro ruas que, como todas as outras em Merry Town, eram pavimentadas. Havia várias árvores e alguns bancos, mas o mais bonito e o que mais chamava a atenção era a fonte colocada precisamente em seu centro. A simetria era perfeita para alguém com *TOC* admirar. Nela, pude contemplar três pássaros diferentes bebendo da mesma água: Um marrom com o peito cor creme, Pidgey; um preto e branco, que eu conhecia bem, Starly; um azul, vermelho e branco, Tailow. Ver os três juntos não era tão raro em Azken. Dizem que Azken tem uma grande biodiversidade, podendo encontrar pokémons de Kanto, Jhoto, Hoenn e Sinnoh. O motivo, segundo boatos, é de que, além dos pokémons que já havia aqui, no descobrimento do continente varias pessoas vieram de todos os lugares, dando a chance dos espertinhos viajarem escondidos nos barcos e procriarem.
TOC:

       Repentinamente, os três voaram para a mesma direção, o norte. Um deles inclinou-se para pegar mais algumas gotas d’água, mas antes de encostar o bico nela, cancelou a ação e voou. Franzi o senho.

— Yuko — Sussurrei para ela — quando eu gritar “feche”, feche os olhos.
— Hein? — ela parecia não ter entendido — por quê?
— Lembra da “aulinha teórica” que dei quando saímos? — disse, ainda sussurrando.
— O que é que tem?
— Agora... — Olhei para Link. Ele parara um pouco atrás de nós. Estava começando.
—... É hora... — ele começou a mexer o nariz e as orelhas, como se tivesse sentindo e escutando algo.
—... Da aula prática — franziu o cenho, finalmente localizando algo.
— Feche! — Gritei. Yuko ainda parecia confusa, mas fechou os olhos. Eevee parecia ter entendido e também fechou. — Abra apenas quando eu mandar.

    Link ainda estava clareando a pele, então deu tempo de fechar meus olhos. Só conseguir ser tão rápido por já ter previsto aquilo. Ouvi um alto gemido. Seja lá quem for, estava cego. Ainda de olhos fechados, travei uma batalha com o desconhecido.

— Shinx, spark — Ordenei a Link. Não o chamei pelo nome, por que não é muito recomendável dizer isso a um desconhecido que lhe persegue. Escutei o barulho das faíscas e, após os 5 segundos que dura o brilho, abri meus olhos. Shinx estava de frente a um Pokémon que se assemelhava a um rato de cor base roxo, com a barriga creme, e um dente grande comparado a seu tamanho. Ele estava levantando-se, mas faiscava um pouco, demonstrando que estava paralisado. Seu treinador estava atrás dele, com a mão no rosto.

— Shinx, formação 4. Use o Tackle.
— Um Tackle de um Pokémon tão fraco não é páreo para meu ratatta. Rattata, use Hyper Fang.

   “É bem treinado para possuir o Hyper Fang, mas ele caiu”. Sem ver, ele não sabia que seu ratatta estava paralisado.
     Criei algumas “formações” e ensinei-as a Link. Eram simples linguagens para enganar o adversário, embora geralmente eu só possa usar duas delas. A formação 1 é a forma padrão, atacar o Pokémon adversário com o poder que for ordenado pelo treinador; A formação 2, significa que ele deve atacar o treinador adversário com o poder que eu ordenar-lo; Formação 3: atacar o Pokémon adversário com o poder contrário ao que for ordenado, como por exemplo Spark no lugar de Tackle; Formação 4: atacar o treinador adversário com o poder contrário. Não é algo muito difícil, Link não demorou muito para aprender.
      Link simplesmente ignorou rattata e, envolvendo seu corpo em uma eletricidade azul, com o Spark ao invés do Tackle, foi em direção ao treinador, acertando sua barriga. Ele caiu sentado confuso e, deduzindo que rattata fora derrotado, voltou-o para a Pokebola e saiu correndo, ainda com a mão no rosto, para o outro lado da rua. “Droga, dessa vez não paralisou” pensei. O ataque Spark possui 30% de chance de paralisar o alvo, mas falhou da segunda vez.

— Formação 2. Não o deixe fugir, use Tackle.

   Shinx correu até o homem, mas, antes que ele chegasse até ele, notei que não é muito recomendável correr cego.

— Cuidado com o... — Mesmo sendo inimigo, tentei alertar-lo, mas foi tarde demais: ele tropeçou no meio-fio da calçada e bateu de cara num poste.
—... Poste — terminei a frase.

    Para o azar dele, quando alguém resolve me atacar assim, Link fica transbordando de raiva e, mesmo se ele tropeçou ou bateu o rosto em um poste, quando tentou levantar-se, Link acertou suas costas com um poderoso Tackle. O pobre mal-feitor caiu de barriga para o chão.

— Droga... Desculpe... ratatta... — disse e, por fim, perdeu a consciência.

     Fez-se silencio por alguns segundos, até que Yuko o quebrou.

— Já posso abrir os olhos?
— Ah, claro. Desculpe, me empolguei e esqueci de te mandar abrir.
— Não tem problema. — Disse abrindo os olhos e segurando eevee nos braços, que também abriu — Mas, quem foi que nos atacou?

     Apontei para o outro lado da rua. Estava um homem deitado ao lado de um poste, com um Shinx furioso em cima de suas costas. Continuava franzindo o cenho e soltava muita faísca pelas bochechas.

— Teve sorte, nenhum carro passou quando ele saiu correndo. Agora, só temos que dar um jeito de levá-lo até minha casa para meu pai dar um jeito nele.

      Por aquelas últimas palavras, o homem parecia se importar com seu Pokémon. Atravessamos a rua e peguei a pokebola que estava no bolso da calça cinza do homem e guardei-a no meu bolso.

— Temos que acordá-lo, não podemos sair arrastando ele por ai.
— Mas como, se ele está desmaiado?

    “Daquela vez eu teria dormido ainda mais, caso você não tivesse feito o Link dar uma ‘mãozinha’”, lembrei de minha conversa com Kyoko mais cedo.

— Shinx, que tal dar uma mãozinha a ele também?
— Shin — assentiu, com um sorriso maligno e maiores faíscas, por estar animado. Soltou um dos seus Sparks mais fortes, talvez pela raiva que ele estava daquele pobre rapaz que trilhou o caminho errado da vida e agora estava ali, com um arranhão no meio do rosto e todo torrado.

    O homem abriu os olhos e depois se levantou desorientado. O primeiro rosto que viu foi o de um Shinx, que faiscava cada vez mais e encarava-o com um sorrisinho maligno. Havia algo como um R vermelho que se entrelaçava pela “perna” com um G amarelo estampado na camiseta cinza do homem. Ele usava um chapéu, também cinza, da qual saiam seus cabelos negros; da mesma cor dos olhos. Reconheci no mesmo instante aquele maldito G. Ao ver aquilo, fiquei com mais raiva que o próprio Link.

— Mas o que está acontecendo? — ele olhou pra mim e arregalou os olhos, como se emergir-se da confusão. Dei-lhe uma investida com o braço em seu pescoço antes mesmo que ele pensasse em fugir. Puxei-o pela gola e fiz olhar olho no olho para mim, enquanto franzia o cenho, transbordando de raiva e deixando aquilo transparecer livremente. Ele pareceu assustado.
— Nem pense em fugir. Se você fizer qualquer movimento brusco, aquele Pokémonzinho ali — apontei parar Link — vai soltar um Spark que torrará seu cérebro ou um Tackle que fará você nunca mais ter filhos. Agora, vamos andando.
— Shin — Assentiu Link. Tudo o que ele mais queria era um movimento brusco.

   Yuko parecia ter ficado assustada, talvez nunca tivesse me visto com tanta raiva assim. Como estávamos sem cordas ou algemas, ele foi andando entre Yuko e eu, cada um segurando um de seus braços, eevee andando na frente dele e Link atrás, louco para ele tentar qualquer coisa. De repente, o homem soltou-se de Yuko e meteu a mão no bolso. Link ficou animado, mas mandei-o parar com a outra mão, pois sabia que o que ele procurava não estaria ali.

— Onde está meu rattata? — indagou — O que você fez com meu rattata?
— Para alguém que tenta perseguir e atacar um adolescente, tenho certeza que é um criminoso. Vejo que você se importa com seu rattata, mas eu mesmo não iria querer que meu Shinx se envolvesse em crimes.

   Ele ficou cabisbaixo.

— Não se preocupe — meti a mão no meu bolso e retirei a pokebola do Pokémon dele — ele está aqui, apenas está descansando. O curaremos depois.

   Daí por diante, ele continuou todo o trajeto cabisbaixo e não tentou, uma vez sequer, escapar. Por sorte, as ruas de Merry Town já não eram muito movimentadas naturalmente. Depois de alguns minutos de caminhada, finalmente chegamos à rua da minha casa e paramos na esquina.

— Você espera aqui. Apenas lembre-se: Cérebro, possibilidade de filhos no futuro, rattata. Volto num instante.

   Fui até a porta de casa e toquei a campainha. Kyoko veio me atender. Ela pulou em mim e me abraçou.

— Chegou agora? Onde estava? Namorando com a Yuko?
— Desculpa a gente conversa melhor depois ta? Onde o papai está?
— O que foi? Assunto de adulto?
— É, assunto de adulto. Chame o papai para mim, peça para ele trazer uma toalha e suba para o seu quarto. Estou com algo perigoso demais para você aqui.

     Ela assentiu com a cabeça. Talvez tivesse percebido a seriedade da situação pelo meu olhar, então correu até dentro de casa para chamar nosso pai. Não demorou muito, meu pai veio até a porta com a toalha em mãos.

— O que foi? — Perguntou ele.
— Espera aqui. Tenho um “presentinho”.

     Peguei a toalha e corri até onde estava Yuko e o homem. Amarrei-o com a toalha para que cobrisse aquela estampa. Meu pai não podia atacá-lo no meio da rua e era o que ele faria caso olhasse para aquele G. Não no meio da rua.

—Yuko, não fale nada com meu pai. Apenas fique calada.
— Por quê?
— Ele vai ter um ataque de raiva e irá transbordar de ódio. Deixe isso comigo.

Depois de instrui-la, o levamos até a porta.

— É um criminoso — disse a meu pai — ele nos perseguiu e tentou nos atacar.
— Como pode ter tanta certeza que é um criminoso?
— Isso eu tenho que mostrar lá dentro — apontei para a toalha.

   No mesmo instante, Arcanine e Lux vieram curiosos por trás do meu pai. Ao olhar o criminoso, Arcanine começou a rosnar ferozmente, assustando-o.

— Não acredito — disse o mal-feitor — E-Esse Arcanine...
— Ele reconheceu seu cheiro — disse meu pai — e não gostou. Vamos logo, estou curioso para ver o que tem por baixo da toalha.

   Entramos, juntamente com Lux, Link, Arcanine e eevee. Mandamos o homem sentar-se em uma poltrona e meu pai o algemou. Sentamos no sofá, mandei Yuko ir até a cozinha beber um pouco d’água e pedi para ela trazer um pouco para o meu pai. Depois disso, tirei a toalha. Meu pai arregalou os olhos.

— Isso só pode ser brincadeira! — gritou, dando um soco na mesinha de centro — Por que diabos esse G está entrelaçado com esse R?!

   O homem continuou sentado, cabisbaixo. Meu pai avançou nele e puxou-o pela gola, parecido com o que eu fiz antes.

— Me responda, cretino!
— Minhas ordens eram apenas sequestrar alguém conhecido da Professora Naomi. Eu os vi conversando com ela, então tentei. Meu ratatta não podia enfrentar um eevee e um Shiny Shinx de uma vez, então tive que tentar pegar-los por trás. Tinha uma grande chance de dar certo, mas eu não sei nem como...
— Eu perguntei o que esse G faz com esse R — interrompeu meu pai — ainda não perguntei a sua missão!

     Yuko chegou com o copo d’agua na hora perfeita. Levantei-me e fui pegar-lo para entregar a meu pai. Quando peguei o copo, Yuko sussurrou para mim.

— Ele deu um belo sorriso quando a Kyoko lhe abraçou.
— É, sinceramente eu não acho que ele seja tão mal assim. — sussurrei de volta — Por falar nisso, será que você poderia ficar com ela em seu quarto? É a segunda porta à direita. Se ela perguntar o que está acontecendo, apenas diga “coisa de adulto”, ela entenderá.

     Ela assentiu e subiu as escadas. O que eu menos queria era que Kyoko descesse as escadas para ver o que estava acontecendo.

— Pai, beba um pouco de água — levei o copo até ele. Ele pegou o copo e sentou-se novamente no sofá, mas ainda fuzilava-o com o olhar — eu já vi situações parecidas, deixa comigo.
— Garoto — disse o homem a mim — como você me percebeu? Tenho certeza de que não fiz o mínimo ruído e fiquei longe o suficiente para que não sentissem meu cheiro.
— Tudo o que posso dizer é que você não ficou longe de todos os seres vivos. Três pássaros de espécies diferentes estavam em uma fonte e voaram no mesmo instante e na mesma direção, além de que um deles não tinha nem tinha encostado o bico na água, cancelou de repente a ação e voou junto aos outros dois. Em relação a nossa posição, eles voaram para o norte, então foram assustados pelo sul.
— Entendo...
— Agora eu tenho algumas perguntinhas, ok?
— Pergunte.
— Vamos lá. Primeiramente, por que a professora Naomi? Azken tem outros três laboratórios, cada um comandado por um grande professor.
— Na verdade, não queríamos a professora, mas sim uma parte de sua pesquisa. Nem me pergunte qual pesquisa e o que tem nela, meu trabalho era só de sequestro.
— Pretendiam trocar alguém querido por umas copias de papéis? Era um bom plano.
— Sim, depois nós simplesmente voltaríamos para as sombras.
— Quem é esse “nós”? Qual o nome dessa organização e o que querem?
— Me refiro — ele apontou para a estampa da camiseta — a Team Galatic Rocket. O objetivo, nem eu sei. Sou muito fraco para isso.

    Ouvir aqueles dois nomes juntos na mesma frase fazia-me estremecer.

— Trabalha para alguém e nem sabe o que quer?
— Eu sei o que eu quero. Eu não faço isso por que gosto, faço por que preciso.
— Suas habilidades de perseguição são boas. Deveria ter tentado a polícia, não o lado oposto.
— Só aprendi isso no lado oposto.
— Se gosta tanto assim dele, por que não tentou fugir da gente? Percebi que você tinha força suficiente se quisesse, quando se soltou da garota.
— Você mesmo me disse: Cérebro, futuros filhos e Ratatta.
— Aquela garota que trouxe um copo para meu pai me disse que você sorriu quando viu a garotinha me abraçando. Você se preocupa com seu Pokémon. Está cooperando com as perguntas. Não me parece tão mau assim.
— Aquilo me lembrou... — hesitou, mas seus olhos se encheram de lágrimas.
— Lembrou o que?
— Enquanto estamos conversando, minha irmã está em uma cama de hospital! Esse é o único motivo para fazer o que eu faço! — Surtou.
— Qual é o nome dela?
— Por que quer saber disso?
— Te mostrarei o benefício do lado oposto ao lado oposto. Por cooperar com as perguntas, pedirei para que a polícia banque o Hospital e, mesmo que não me escutem, eu mesmo dou um jeito nisso. Caso pretenda entregar-se, pedirei para que a própria Professora Naomi, uma quase-vítima da Galactic Rocket, cuide de seu ratatta enquanto estiver preso.
— M-Michiyo — respondeu olhando-me nos olhos, finalmente derramando as lágrimas. Encheu por tristeza, derramou por felicidade. Apenas sorri para ele.

         Meu pai interveio na conversa, dessa vez mais calmo.

— Dia 18 de Setembro de 2012. Escaparam, simultaneamente, prisioneiros de Johto e de Sinnoh. Dois deles eram mulheres que, de tão perigosas, estavam em solitárias. Você estava na remessa de Sinnoh, não é?
— Estava. Seu arcanine era muito ágil, ele quase me pegou, mas a mulher o congelou. Enquanto estava na prisão, eles bancaram o hospital. Por isso, desde aquele dia até pouco tempo eu tenho trabalhado para compensar.
— Quais pokémons usaram e como eles chegaram até vocês? Como conseguiram fugir simultaneamente?
— Alguns electrodes foram suficientes. Não sei como eles chegaram, não recebi nenhum, eles estavam com a “mulher” da solitária. Ela explodiu o teto da cela dela e, depois, a parede da nossa. Quanto ao fugir simultaneamente, estou sabendo disso agora.
— É o suficiente. Qual o nome do hospital onde está sua irmã, qual o nome completo dela e qual o seu nome?
— Ela está no hospital de Blinding Lights City e o nome dela é Michiyo Wendel. O meu é Mihael Wendel.
— Não sei direito quanto tempo de cadeia você vai pegar, mas quando ele acabar, você vai poder olhar nos olhos dela e dar um forte abraço. Trabalhe honestamente depois disso. Filho, pegue um copo d’água para ele.

  Assenti e fui até a cozinha. Bebi um pouco e trouxe para ele, que mesmo com um pouco de dificuldade por causa das algemas, bebeu completamente.

— Ligarei para a polícia mandar uma viatura.

     Mihael concordou. Mesmo sabendo que seria preso por um bocado de tempo, sorria. Veria sua irmã novamente sem ser um criminoso.

                                                                                                                                    [...]

   A viatura chegou. Levamos Mihael até a porta.

— Garoto, sairá em jornada em breve, não é? Cuidado, Shinys são raros e atraem muita atenção das sombras.
— Obrigado, tomarei cuidado.
— Você poderia fazer um favor a mim? Quando for para Blinding Lights City em sua jornada, poderia levar rosas para minha irmã? Ela ama rosas.
— Levo sim. Michiyo, não é? É um bom nome.

   Ele sorriu. Entrou na viatura e seguiu rumo a algum presídio.

— É interessante ver como nem todo criminoso é mau, não é?— disse meu pai.
— Sim — anui juntamente com a cabeça.
— Mesmo assim, temos que prender-los. Todos terão um julgamento justo, então mesmo que ele tenha bons motivos, prenda-o. Quem sabe, ele saia até com um sorriso no rosto.
— Pai, eu nem sou policial, como vou prender alguém?
— Como Mihael disse, Shinys são raros e caros. Você é filho de um policial, fez o plano da Galactic Rocket falhar e ainda prendeu um de seus homens. Certamente eles virão atrás de você. Estava pensando, não quer ser um policial iniciante? Você ganhará alguns direitos e um novo parceiro — deu um sorriso e piscou um dos olhos.
— Ta brincando? É claro que eu quero. Mas e a mamãe? Além do marido correndo grande risco, o filho também?
— Parece que você não entendeu. Você correrá ainda mais risco se não for. Não se preocupe, eu falo com ela.
— Tudo bem, obrigado pai.


Continua...

      É isso pessoal, sei que ele está demorando para sair dessa bendita Merry Town, mas...

Tchau, até o próximo cap o/


Última edição por IsaacXD7 em Sex 14 Ago 2015 - 23:13, editado 3 vez(es) (Motivo da edição : Ajeitando o Main-Post)
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 Pokémon — Os Escolhidos Empty Re: Pokémon — Os Escolhidos

Mensagem por xKai Sáb 25 Jul 2015 - 12:17

Estou começando a acompanhar a fanfic agora, a história é muito bacana, achei bastante original e tem de tudo para que funcione. Apenas uma dica, tente usar o word na hora de escrever para evitar alguns erros, também é bom ler algumas vezes após terminar, pois quase sempre alguns erros passam batidos, comigo isto acontece com muita frequência, as vezes mesmo depois de postar eu descubro algum e faço a correção usando a ferramenta de editar. Mano... Cara... Arcanine é um cachorro man... -q Arc vem de Arcane = Arcano + canine = Canino -q Na própria pokedex fala, ele é um cão com "tiger like shapes" apenas as listras dele o fazem parecer um felino(um tigre pra ser exato), aquela juba é puro enfeite, várias raças de cães tem a pelagem frontal semelhante.

Encerrando aqui com o comentário, a fanfic está muito boa, só achei um pouco forçado o nome misto de equip rocket com equipe galática, mas eles tem tudo para serem bons vilões, afinal o começo já foi bem turbulento com toda aquela "chuva" d confusões, boa sorte.

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 Pokémon — Os Escolhidos Empty Re: Pokémon — Os Escolhidos

Mensagem por Shiota Dom 26 Jul 2015 - 18:46

Hey pessoal, cheguei para mais um capítulo o/

Mas antes...
Comentários:

Bem, atualizei o Main Post, coloquei algumas informações sobre os personagens. Pretendo fazer algumas atualizações antes mesmo de sair o próximo capítulo, por isso, fiquem ligados Wink

Capítulo 3: Todos iguais, mas uns mais iguais que os outros




      Depois de ver Mihael partir, entrei em casa. Será que me esqueci de perguntar algo importante? Bem, se tivesse, poderia visitá-lo, então não tinha necessidade de me preocupar com isso, por hora. Entrei novamente em casa e subi as escadas. Segunda porta a direita. Estava fechada. Bati na porta:

— Não estão “dando uma ajudinha” uma à outra não, né?
— Não — respondeu Yuko — Pode entrar.

      Abri a porta. Kyoko estava sentada no tapete de seu quarto e Yuko estava sentada na cama dela. Ela olhou para mim com cara de quem queria saber de tudo aquilo, mas eu não podia contar na frente de Kyoko, então, apenas sorri em resposta, como se dissesse “conto depois”. Link chegou passando por entre minhas pernas, finalmente havia cessado as faíscas, acho que serviu de “nada grave” para ela. Elas pareciam estar conversando e não brincando naquele momento.

— Yuko, quer que eu te leve em casa? Sua mãe não vai gostar muito de perceber que chegou antes que você.
— O quê? — interrompeu Kyoko — já vai embora?
— Eu só dei uma passadinha rápida — Yuko respondeu — minha mãe já deve estar preocupada comigo.

    Kyoko cruzou os braços e olhou para a janela de seu quarto que ficava do lado oposto a porta, onde eu estava, com o intuito de desviar o olhar de mim, emburrada.

— Você está cem por cento acordada e não tem “assuntos de adulto” — ela deu ênfase no “cem” e no “assuntos de adulto”.

     Sorri. Já sabia que ela ficaria assim. Aproximei-me e agachei-me ao seu lado. Ela apertou ainda mais o nó do braço e virou ainda mais o rosto quando eu fiquei mais perto, mas estava contendo-se.

— É, provavelmente eu irei amanhã. Desculpa por não ter brincado com você hoje.

     Kyoko inicialmente afrouxou o nó, depois o desfez completamente e finalmente voltou a olhar para meu rosto, que sorria amigavelmente para ela. Pulou em mim com um abraço, obrigando-me a colocar um dos braços no chão, como apoio, para não cair. Yuko nos olhava, com dó da menina, provavelmente elas conversaram algo sobre isso antes. Kyoko estava chorando e me apertava forte. Coloquei uma de minhas mãos em sua cabeça, deslizei-a por seus cabelos e pus a outra em suas costas.

— Por que você e Link precisam ir embora? — indagou, ainda chorando. Link aproximou-se lentamente, com uma expressão triste no rosto.
— Eu não vou partir para sempre sabia? Irei só até Hidden City e voltarei. Ai só depois que irei a distâncias maiores.
— Mas assim eu vou ficar sozinha.
— Sozinha? Ainda tem o Yusuke e seus amigos da escola.
— Não é a mesma coisa.
— Eu já estive sem você também sabia? Hum... você tem oito anos, oito menos dezessete... — coloquei o indicador nos lábios e olhei para o alto, fingindo que não sabia a resposta.
— Nove — ela completou.
— Nove anos sem uma menina fofa para me acordar? Caramba, como eu consegui sobreviver a tudo isso?

      Ela finalmente me largou e sentou-se. Deu um breve sorriso.

— Só vai se livrar de mim por alguns dias, ok? Prometo que vai ser rapidinho.
— E se ele resolver quebrar uma promessa com você, eu mato ele. — completou Yuko, piscando o olho.

     Ela assentiu com a cabeça e esfregou os olhos para cessar as lágrimas, mas ainda parecia tristonha.

— Vamos lá, se alegre! Não vou poder sair daqui deixando você triste. Vamos fazer assim, quando eu voltar da casa da Yuko, a gente brinca o resto da noite, ok? É uma promessa também.
— Ok — ela respondeu — mas não deixe Yuko chegar com nenhum arranhão.
— Olha só, já está mandona de novo, que rápido — brinquei. Ela riu de novo. Segurei-a com os braços e levantei-me, pondo-a no chão. Pousei novamente minha mão em sua cabeça e baguncei um pouco seu cabelo. Depois, fui levar Yuko até em casa. No caminho expliquei sobre Mihael, sua irmã e tudo o que aconteceu. Cumpri a “ordem” de Kyoko de deixá-la a salvo e, quando voltei, tive que cumprir a segunda promessa: a noite toda brincando com uma menina de oito anos, com participação especialmente comum de Link (recuso-me a dizer do que brincamos, mas podem ter uma ideia). Quando ela começou a ficar cansada (algo que demora) e começou a cochilar sentada, levei-a até sua cama e ela dormiu. Precisava dormir também, amanhã seria um longo dia.

                                                                                                                                  [...]

      Já estava pronto para partir. Yuko me disse de manhã que havíamos passado na prova, me surpreendi com a velocidade com que foi corrigida, mesmo sabendo que o resultado sairia ainda hoje. Almoçara a ótima comida de minha mãe, talvez fosse sentir saudades daquele sabor, mas já estava pronto para partir. Despedi-me de Kyoko com o beijo na testa de sempre e ela retribui-me com um beijo no rosto. Abracei minha mãe e meu pai, peguei o comprovante que ele me entregara de sua recomendação, meti na mochila branca que estava levando e guardei a Pokebola de Link no bolso. Preferi deixá-lo descansando por mais tempo hoje. Refiz o mesmo caminho pela terceira vez, rumo ao laboratório de Merry Town. A praça tão silenciosa de ontem até que estava bem movimentada hoje.

      Ao chegar à rua do laboratório, vi um rapaz mais ou menos da minha idade, cabelo preto e olhos amarelos, usava uma blusa branca com uma jaqueta preta por cima, calça preta e tênis... preto. Sua mochila estava largada no chão. Estava encostado na parede ao lado da entrada do laboratório com os braços cruzados e parecia estar pensando em algo que, de alguma forma, mesmo de longe, parecia estar inquietando-o. O reconheci e corri até ele.

— Ah, oi, você não é o filho do Akinori? Prazer, sou Inari. —Tentei cumprimentar-lo, mas não levo muito jeito para isso.
— E você é... — buscou na mente por alguns segundos — o filho de Yasushi?
— Sim, sou eu mesmo — estendi a mão — te vi na prova, me disseram que você era muito inteligente, então acreditarei que te veria aqui.
— Não é pra tanto. Se fosse, eu... — ele deixou escapar — esquece.

   Deixou-me no vácuo por uns 3 segundos e depois perguntou:

— Quantas das câmeras escondidas você achou?
— Hein? — fui pego de surpresa pela pergunta, com o braço já cansando — Ah, claro, na sala. Era apenas um blefe para ver quem estava procurando-as com o objetivo de filar.

    Ele deu uma risadinha, desfez o nó dos braços e finalmente pegou na minha mão.

— Prazer, sou Tatsu. Somos uns dos poucos, se não os únicos a passar nessa prova.
— Só dois esse ano?
— Não é necessário fazer a prova, apenas não filar. A prova em si foi um blefe, apesar de não ser tão difícil.
— Sim, notei isso também. Havia questões que não tinha alternativa correta, outras havia mais de uma correta.
— Todos os outros procuraram as câmeras antes de entregar a prova, uma parte deles notou que não havia nenhuma câmera e aproveitou a ocasião para filar. Duvido muito que a professora tenha pelo menos corrigido a prova de alguns.
— Você é bem inteligente mesmo. Por que não entra no laboratório?
— A Professora Naomi ainda não chegou, então preferi esperar do lado de fora mesmo.
— Ela está atrasada. Então, qual Pokémon vai escolher?
— Nenhum. Já tenho um parceiro. — ele colocou a mão em seu bolso esquerdo.
— Legal, eu também já tenho o meu. — meti a mão no meu bolso direito.

   De ambos os bolsos, foram retiradas Pokebolas. Lançamos-as simultaneamente as duas pokebolas. Da minha, saiu Link, animado como sempre. Da dele, saiu algo como uma miniatura de Arcanine, idêntico se não fosse por ser dourado onde era para ser laranja e bege. Ambos arregalamos os olhos ao ver o Pokémon um do outro, eu já havia visto Growlithes antes, mas esse era dourado, então deduzi que...

— O seu Growlithe é Shiny! — gritei, apontando para Growlithe.
— O seu Shinx é Shiny! — ele gritou, simultaneamente, apontando para Link.
— Inari! — Gritou alguém. Girei nos calcanhares para ver quem era, deparei-me com Yuko e sua mãe.
— Desculpem o atraso — disse a professora. Yuko percebeu Tatsu e o cumprimentou. Ele não hesitou como fez comigo.
— Vocês três chegaram primeiro, por que não entramos para escolherem seus parceiros Pokémons?
— Eu já tenho o meu — Tatsu apontou para o Shiny Growlithe — mas tenho que entregar-lhe... — Virou-se, procurando algo na mochila preta.
— Na verdade, eu não vou pegar um dos três para treinadores — falei — me deixa só pegar... — procurei em minha mochila a recomendação de meu pai.
— Isso! — Falou Tatsu, com um papel em mãos.
— Isso! — Falei, com outro papel em mãos. Olhamos um para o outro. Sou cada vez mais parecido com ele. Naomi pegou os dois papeis e os examinou.
— Recomendação para policial em treinamento e para detetive em treinamento?
— Você vai ser detetive?! — Gritei para Tatsu.
— Você vai ser policial?! — Tatsu gritou para mim.
— Nossa, vocês são muito parecidos — Yuko riu. Naomi suspirou, seria de mais ou demais haver dois Inaris?
— Vamos entrando — Disse a professora.

     Entramos no laboratório. Por dentro, aquilo era gigantesco. O chão tinha algum tipo de brilho especial que refletia-nos nele e a distancia entre o mesmo e o teto era de mais ou menos três andares. Estava um pouco ansioso, então não reparei muito naquele lugar, mas havia vários corredores, cada um com várias salas. No meio do grande Hall, um homem trouxera, em uma mesa com rodinhas, cinco pokebolas.

— Então, Tatsu, você tem alguma irmã de oito anos? — Indaguei, será que somos tão parecidos assim?
— Não, sou filho único. — Respondeu.
— Somos diferentes em algo, pelo menos.
— Como vocês são todos de Sinnoh — interveio Naomi — seus iniciais serão os mesmos de Sinnoh, ok?
— Você é de Sinnoh? — Dissemos simultaneamente Tatsu e eu. Suspiramos.
— Acho que vocês dois se dão bem — riu Yuko.

      Chegamos em frente a mesa.

— Para o senhor policial — Disse Naomi referindo-se a mim, não tenho certeza se havia dito meu nome a ela, mas ela sempre me chamava assim — é obrigatório um Growlithe.
— Espere, eu não já tenho Link? Ele já conta como inicial, obrigado.
— Não, não conta. Como você mesmo disse, cada Pokémon tem algo em especial, então você precisa especialmente de um Growlithe.

    Ela pegou umas das Pokebolas e veio até mim, colocando-a em minha mão. Voltou para a mesa.

— Tudo bem então, pensarei nele como um “segundo inicial”, obrigado. Já que é assim, Link, que tal conhecer nosso novo amigo?
— Shin — Assentiu.

    Lancei a pokebola de Growlithe ao alto. Ela lançou um feixe de luz vermelho no chão do qual saiu um growlithe idêntico ao de Tatsu, se não fosse por ser normal, laranja invés de dourado. Parecia estar feliz por sair em uma jornada. Agachei-me perto dele e acariciei seu pelo macio, bem cuidado, como esperava de Naomi. Link aproximou-se e pareceu cumprimentá-lo em pokemonês.

— Tenho certeza que seremos amigos e vamos nos divertir muito juntos.

   Ele deu um breve sorriso e franziu o cenho animado, assentindo com a cabeça.

— Para o senhor detetive — referindo-se ao mais novo membro do clube dos senhores sem-nome — também ganhará um Growlithe.
— Já tenho o meu, acho que vou passá-lo para o próximo senhor detetive.

   Naomi passou alguns segundos pensando na situação dele. Realmente, ficaria chato para ele ficar com dois Pokémons iguais, então ela resolveu fazer uma exceção.

— Está bem então. E para a senhora criadora Pokémon — até a filha entrou para o clube — Temos três opções.

     Ela pegou três das Pokebolas que estavam sobre a mesa e lançou-as. Da primeira, saiu um pequeno chimpanzé. Era laranja, com grandes olhos castanhos e grandes orelhas. Sua barriga, assim como a face, as mãos e os pés era de um amarelo claro e algo como um redemoinho em seu peito. Havia uma chama saindo de onde provavelmente deveria haver uma calda. Era Chimchar. Da segunda Pokebola, saiu uma Tartaruga verde-claro, tinha um pequeno casco em suas costas e uma cabeça quase do tamanho de seu corpo. O que mais chamava atenção era uma pequena muda de planta que “crescia” em sua cabeça. Era Turtwig. Em seguida, veio um penguinzinho azul claro, com a face e duas bolas ovais na barriga brancas. Tinha um bico amarelo e penas em volta do pescoço que formavam algo semelhante a uma capa. Era piplup.

— São todos ótimos, mas levarei... — ela se aproximou dos Pokémons e agachou-se em frente ao Turtwig — Você.

     O Turtwig e sua nova dona ficaram alegres. Yuko também tirou eevee da pokebola, para que cumprimentasse o novo companheiro. Depois dos cumprimentos, outro cientista chegou, com três objetos vermelhos, semelhante a computadores portáteis.

— Essas são as Pokedex de Azken. Contem informação sobre todos os Pokémons que vocês poderão encontrar, se desejarem saber algo sobre certo Pokémon, basta apontá-la ele. Experimentem em Seus Pokémons.

    Nos dirigimos até o cientista e cada um pegou uma Pokedex. Apontamos nossos respectivos Pokémons e uma voz robótica começou a falar:

— Eevee, o Pokémon evolução; Turtwig, o Pokémon Folha Minúscula; Shinx, o Pokémon Flash; Growlithe, o Pokémon Cãozinho.
— Podem olhar os poderes atuais do tal Pokémon, os que eles podem aprender, entre outras informações. Sempre que algo de novo for descoberto, como um novo Pokémon, deverão atualizar suas Pokedex.
— Também devem pegar suas primeiras Pokebolas — interveio o cientista — aqui, cinco para cada um.

   Peguei-as e guardei-as no bolso lateral da mochila, separado dos outros itens para ficar mais fácil de encontrar.

— Meninos, terão que ir até hidden city pegar umas “coisinhas”, acho que sabem onde é e o que é.

     Assentimos. Além de pegar essas “coisinhas”, ainda teria o primeiro ginásio. Depois disso, continuamos conversando e notei que Naomi estava voando em pensamentos, mas quando me dei conta, Yuko já notara há algum tempo.

— Mãe? Algum problema?
— Estava pensando... Inari, será que poderia levar Yuko com você? Se não fosse por você ontem à noite... bem, me sentirei mais segura assim.
— Por mim tudo bem — respondi — se ela quiser vir.

     Yuko fechou os olhos e suspirou. Continuou com os olhos fechados por alguns segundos, pensando sobre a “proposta” e, depois, abriu-os e sorriu.

— Ta certo mãe, eu vou.
— E você Tatsu, quer vir com a gente? — peguntei.
— N-Não obrigado. Eu prefiro andar sozinho.
— Ah, vamos, você vai pra Hidden City também, não é?
— Sim, mas...
— E eu tenho certeza que vocês vão se dar bem — Yuko piscou o olho.
— É que...
— Ora, não seja tímido. Sabia que o meu pai também já trabalhou com o seu? Siga o exemplo dos coroas...
— Ta, me rendo. Mas só até Hidden City, ok?
— Até Hidden City e voltar! — Disse Yuko.
— Ta bom, Hidden City e voltar...

                                                                                            [...]

    Atrás de nós, estava a calma Merry Town. Em frente, estava o caminho para Hidden City. Seguimos andando, talvez fosse possível chegar antes do anoitecer, ou pelo menos andar uma boa parte do caminho. A rota tinha poucas árvores grandes, apenas algumas pequenas e frutíferas, mas a maior parte da vegetação era rasteira. O clima era praticamente o mesmo de Merry Town, nem muito quente, nem muito frio. Andamos por onde o mato era menor, para evitar aparições desnecessárias de Pokémons. Por segurança, havia tirado Link da Pokebola.

— Inari, desculpe por minha mãe.
— Não se preocupe com isso. Eu ficaria ainda mais preocupado caso não viesse. E é sempre bom ter um amigo por perto.
— Não é tão necessário assim — disse Tatsu — amizade é apenas um luxo, pode-se viver normalmente sem.

    Aquilo me causou arrepios. Será que ele era tão frio e sombrio, mesmo sendo tão parecido comigo? Fiquei ao seu lado, pus meu braço envolta de seu pescoço e estendi a outra mão.

— Me dê o Growlithe — disse a ele — e siga essa jornada sozinho, lutando com seus próprios punhos.
— Você tem razão — respondeu-me, sem virar o rosto para mim — mas esta jornada é um luxo, logo, ele é necessário para tal luxo.
— Luxo, é? — soltei seu pescoço e olhei para o céu. Depois virei o rosto para Yuko, ela parecia estar confusa pelo que ele dizia, sorri para ela quando percebi isso — Acho que o luxo aqui seria não haver maldade, ai não precisaríamos de jornadas. Será que ficaria melhor ou chato?
— Essa é uma pergunta sem resposta — ele também para o céu. Arceus deve ter se sentido vigiado com tantos olhares. — neste mundo, nunca deixará de haver maldade. À medida que a luz ilumina a escuridão, a escuridão escurece a luz, é um ciclo.
— Ah, é?

   Havia um lago próximo de onde estávamos. Era pequeno e raso, mas a água era cristalina. A hora perfeita para haver água. Procurei pelo chão uma pedra e corri para perto do lago, chamando-os com a outra mão. A pedra estava suja, cheia de terra, provavelmente estava ali há dias ou quem sabe há meses. Quando eles se aproximaram, levantei as mangas da blusa e mergulhei a pedra no lago. A terra estava saindo aos poucos sozinha, mas ainda restava um pouco dela, que não queria sair. Então apenas esfreguei-a um pouco e, por fim, estava limpinha novamente. Levantei-me com a pedra em mãos e estendi-a para Tatsu.

— Este mundo precisa apenas de uma limpeza.
— Quer dizer, exterminar os maus desse mundo?
— Não. Quero dizer, livrar a maldade que habita neles desse mundo. Basta apenas que alguém busque e corra atrás de um lago, mostre-os o lago e os mergulhe nele. Ele será limpo, mesmo que precise de uns “esfregões”, a ajuda dos outros. Se viver sozinho, não terá esses esfregões, poderá ficar cada vez mais sujo e... — larguei a pedra — cair na tentação.

   Ele olhou para a pedra. Não sei se ele mudou de idéia, mas acho que pelo menos mostrei o “lago” para ele.

— Você é um cara interessante, Inari. Mas a maldade é uma sujeira que regenera rápido demais. Terra não chega nem aos pés.
— E se... — peguei a pedra — ficássemos para sempre no lago? — joguei-a no lago.
— Com tanta sujeira entrando, ele ficaria podre, lamacento e depois soterrado.
— E se — disse Yuko — procurássemos o mar, então? Seria mais distante, mas valeria à pena.
— Depois de um tempo mergulhado, enche-se de musgo.
— Se você ficar colocando espinhos em sua pedra — eu disse a ele, piscando um olho — ninguém vai poder esfregá-la. Se o mar estiver poluído, iremos para as nuvens, geleiras, oceanos. Sempre há algum lugar puro.
— O lago pode ser limpo e cristalino, mas... — apontou para o lago. Virei-me e notei que havia acertado um Pokémon com a pedra — nem sempre é o que parece. Às vezes te atrai para depois atacar.

     O Pokémon era um peixe branco com algumas manchas laranja no corpo. Tinha uma grande calda e grandes nadadeiras e um chifre no centro da sua testa. Peguei minha pokedex e apontei-a para ele. A voz robótica deu-nos informações sobre ele:

— Goldeen, o Pokémon peixe dourado.
— Perfeito, um tipo água. Link, está preparado?
— Shin.

     Link ficou na nossa frente, como se dissesse “vai ter que passar por mim primeiro” e causou sua habilidade intimidate no peixe. O Pokémon pareceu ter entendido, mergulhou na água e emergiu algum metro depois, próximo a onde estávamos. Seu chifre brilhava e vinha ferozmente em nossa direção.

— Link, desvie! — ordenei.

     Ele tentou, mas o peixe era bem mais rápido e o acertou, empurrando-o alguns centímetros para trás. Link sorriu e soltou faíscas pelas bochechas, como se dissesse “só isso?” para o adversário, provocando-o. O peixe, que estava fora d’água, pareceu ter sido pego na provocação.

— Ele é rápido — comentou Yuko — e velocidade não é bem o ponto forte de um Shinx.
— Link, use Spark!

    Ele envolveu-se em uma eletricidade azul e correu até o adversário. Goldeen não gostou de ser provocado e, em vez de desviar, seu chifre brilhou novamente e, fazendo um impulso com as nadadeiras, saltou em direção a Link. Os dois colidiram e subiu uma poeira. Eu sábia que Link ganharia em uma colisão dessas, pois, além de naturalmente ter a vantagem, o outro Pokémon estava sob o Intimidate e com o corpo ainda coberto por água. Link fez muito bem em provocá-lo. Quando a poeira baixou, pudemos ver o peixe nocauteado e Link ao seu lado.

— Muito bem Link!
— Shin — ele ficou muito contente e animado. Aproximou-se de mim e sorriu. Depois, repentinamente, começou a brilhar.
— O quê? Mas eu nem notei nada!
— Não Inari — disse Yuko — esse brilho é diferente.
— Seu Pokémon está... — Disse Tatsu.

     Mesmo sob aquele brilho, podia-se ver que a silhueta de Link estava crescendo. Arregalei os olhos. Será que era o que eu pensava que era?


Continua...

E é por isso que, quando encontrarem um Death Note, pensem duas vezes antes de sair matando os outros por "justiça" u.u
Tchau e até o próximo capítulo o/


Última edição por IsaacXD7 em Ter 28 Jul 2015 - 20:19, editado 1 vez(es)

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Mensagem por NicoDiAngelo Seg 27 Jul 2015 - 21:12

E aí man, blza? Então, como eu tinha dito, comecei a ler e agora acompanharei.
Gostei do seu enredo, a história parece seguir para um rumo interessante. Espero voltar a ver a GR logo e também espero que você explore mais os sonhos, pois eles nunca mais foram citados.
Sua descrição é boa, mas achei desnecessário você descrever as características dos Pokémon, já que nós já os conhecemos. Apesar disso, gostei dessa descrição que você fez deles, ficaram boas.
Se foi realmente uma evolução o que houve no fim do capítulo, eu achei bem cedo, afinal, a fanfic está no início e o Shinx mal batalhou. Poderia ter esperado mais um pouco.
Ficou bem interessante o modo como você fez o Inari e o Tatsu serem parecidos, mas ao mesmo tempo tão diferentes. Pelo fato dele ser tão sombrio, eu imaginei que ele tenha algum segredo.
Apesar de ter vários lados bons, também possui alguns ruins. Você comete alguns erros ortográficos. Não me recordo de todos, mas um frequente é esse:
ordenar-lo. Sempre que vc vai escrever uma palavra que vá ter um hífen e o "lo", vc põe um r. Cara, esse r não existe, o certo seria ordená-lo. Outro erro, acho que foi no capítulo 2, foi Jhoto. O certo é Johto. Fique de olho nesses erros.
É isso, boa sorte com a fanfic e até o próximo capítulo.
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Mensagem por xKai Qua 29 Jul 2015 - 22:56

Olá! Marcando presença aqui mais uma vez para dizer que o capítulo desta semana foi fantástico, percebi bem mais erros em relação ao capítulo anterior, mas como não gosto de criticar este tipo de coisa nem vou citar quais foram, mas nada que tire o interesse deste bom capítulo. Achei o Tatsu um personagem interessante, esta obsessão dele para com a justiça... Acredito que ele vai ser um futuro antagonista, pois os justiceiros não são bons nem maus, a justiça não tem lado, é neutra... Então acho que um dia ele pode até causar problemas para Inari no futuro... Sei lá, minha opinião. Essa prova que eles fizeram me lembrou bastante o exame Chuunin, foi algo que eu realmente esquece de comentar, mas a ideia geral por trás disto é bem interessante. Estou gostando do desenrolar da história, só achei um pouco cedo demais para o Shinx evoluir, ainda mais contra um adversário como um Goldeen, mas acredito que você tenha lá seus motivos pra isso, por hora é só e até o próximo capítulo! Boa sorte com a fanfic.

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Mensagem por -Murilo Sáb 1 Ago 2015 - 18:13

Olá Isaac. Comecei a ler sua fic e gostei muito, não sei porque não tem mais comentários. Achei o começo misterioso. Esse pessoal que tava na solitária deve ser os chefões da Team Galaxy Rocket. Aliás, fico aqui imaginando porque essas duas organizações se uniriam. Eu li até o cap 2 e uma parte do 3 porque eles são meio grandes rs. Outra coisa que eu gostei é que sua fic tem várias passagens engraçadas. Uma coisa engraçada que eu  achei foi quando o homem lá atacou os meninos lá e filho do policial atacou o bandido um pouco calmamente como se fosse rotineiro haha. Vida de filho de policial não é fácil haha. Enfim, logo eu leio o outro cap. Não vou falar de erros porque eu geralmente nem reparo nisso, então tá de boa. Só achei que tinha muitas falas sabe, muitas seguidas, mas cada um tem seu estilo. Enfim, boa sorte na sua fic e até!
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Frase pessoal : Pq ñ podemos fugir da realidade se ela é uma droga


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Mensagem por Shiota Ter 4 Ago 2015 - 19:53

Comentários:

Bem pessoal, antes de mais nada, queria avisar uma coisa: quando eu estava revisando os Capítulos para tirar os "r-lo", percebi que, no sonho, escrevi "Edreca". Na verdade é Edroca (sim, faz diferença essa letra). Bem, espero que também gostem desse capítulo aqui ^^.
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— Muito bem Link!
— Shin — ele ficou muito contente e animado. Aproximou-se de mim e sorriu. Depois, repentinamente, começou a brilhar.
— O quê? Mas eu nem notei nada!
— Não Inari — disse Yuko — esse brilho é diferente.
— Seu Pokémon está... — Disse Tatsu.

     Mesmo sob aquele brilho, podia-se ver que a silhueta de Link estava crescendo. Arregalei os olhos. Será que era o que eu pensava que era?


Capítulo 4: Poison VS Berry


     Depois de alguns segundos, o brilho cessou. Link havia crescido um pouco e criado uma juba curta ao redor da cabeça. Peguei minha pokedex e apontei para ele. A voz robótica me disse o que estava acontecendo:

— Luxio, o Pokémon Faísca. É a forma evoluída de Shinx.
— Que rápido — disse Tatsu — você mal saiu e ele já evoluiu.

     Lembrei-me do dia em que Link aprendeu Spark. Tinha por volta dos oito anos, já morava em Merry Town. Meu pai levava-me para Hidden City, onde trabalhava, e de vez em quando me deixava batalhar ao lado de Link, contra um Metapod ou um Cascoon, dizendo que não havia perigo naqueles Pokémons. Certo dia, Link investiu envolto em uma eletricidade azul em um Metapod. Meu pai disse que aquilo se chamava “Spark” e, ao chegar em casa, fui correndo dizer para minha mãe.

— Mãe, mãe! — corria desesperado — o Link aprendeu uma coisa muito legal!
— Por acaso seria um Spark? — ela adivinhou.
— Como você sabia?
— A Lux também foi um Shinx e também aprendeu Spark. Escute filho, quando um Shinx aprende isso, significa que ele não vai demorar muito para evoluir e se tornar um belo e poderoso Luxio.
— Um luxio? — disse, pensando — Legal, antes mesmo de começar minha jornada terei um Pokémon tão forte!


   Porém, algo grave aconteceu e meu pai não pôde mais me levar com ele. Desde então, batalhas Pokémons ficaram muito raras para mim, mas foi o suficiente para deixar Link a beira da evolução.

— É que, na verdade, nós já batalhamos muito antes, acho que ele estava a um passo de evoluir.
— Interessante. Não importa o quanto eu batalhe, o meu não evolui.
— Growlithes só evoluem expostos a uma Fire Stone. — explicou Yuko.
— Sim, eu sei. Meu pai tem uma Arcanine, ele me contou isso.
— E lá vêm mais semelhanças — Eu disse.

     Continuamos andando. Por conta da repentina batalha e evolução de Link, nós acabamos esquecendo o assunto anterior. Tatsu talvez lembrasse, mas não aparentou querer me relembrar. Eu estava distraído olhando as informações adicionais sobre um Luxio em minha Pokedex. Assim como ela já havia dito antes, Luxio era conhecido como “Pokémon Faísca”. Podia comunicar-se com outros Pokémons elétricos enviando pulsos elétricos e geralmente andavam em pequenos grupos. Podiam produzir uma eletricidade poderosa juntando suas caudas.

— Parece que ele perdeu o Flash — comentei, olhando fixamente a Pokedex. — mas não tem problema.
— Então você usava a natureza de seu Pokémon a seu favor? — disse Tatsu — uma ótima idéia.

      Continuamos nosso trajeto, conversamos coisas sem muita importância e conhecemos um pouco mais de Tatsu. Ele saiu de Sinnoh por motivos, assim como eu, desconhecidos. Seu pai, assim como o meu, trabalhava na polícia, mas como detetive. Outra semelhança é que ele cuidou de Growlithe até antes que o Pokémon nascesse, quando era um ovo, e que o mesmo era filho dos Pokémons dos pais de Tatsu. Era engraçado como éramos tão parecidos, não fazia nem um dia que havíamos se conhecido, mas já o tinha como um grande amigo. Não sei se ele pensava da mesma maneira em relação a mim.

     Já havíamos andado bastante, era quase cinco horas da tarde, quando nos aproximávamos da metade do caminho, onde o ambiente mudaria drasticamente. No começo, eram campos com algumas poucas árvores e alguns lagos. Na segunda metade, era uma floresta com grandes árvores e vários arbustos. Mas, quando estávamos entrando, ouvimos um grito. Um gemido alto, a voz parecia ser de algum garoto.

— O que foi isso? — Perguntou Yuko.
— Veio dali. — Tatsu apontou para um ponto da floresta.
— Vamos! — eu disse.
— Mas por ai não tem rota. — falou Yuko.
— Não exatamente. Apenas me siga.

      Os dois me seguiram. Hidden City tinha tal nome por que era um pouco difícil de achar esta rota, por ter muitas plantas, o caminho não ficava a mostra e as pessoas passavam batido. Mas eu já tinha passado por aqui com meu pai antes. Continuamos correndo até que, em um lugar não muito distante, encontramos um garoto deitado próximo a uma grande árvore, quase na beira da rota. Era loiro e aparentava ter seus dez anos de idade. Havia também um Pidgey ao seu lado, ambos estavam desacordados. Link correu até eles e os cheirou. Corremos até o garoto, Yuko agachou-se e colocou a cabeça dele em suas mãos. Percebeu que, mesmo desacordado, franzia a testa algumas vezes, como se sentisse dor, Pidgey também sofria dos mesmos sintomas.

— Estão envenenados. — disse.
— Precisamos levá-los logo ao Centro Pokémon. — eu falei.
— Eles não resistirão. Precisamos achar alguma Pecha Berry. Inari, já viu alguma por aqui? São rosadas e meio trianguladas, crescem em alguns arbustos.
— Nem precisa descrevê-la; É a minha Berry favorita. Lembro vagamente de ter visto algumas por esse lado — apontei para a esquerda — e por esse também — apontei para a direita.
— Também é a minha preferida — lá vem semelhança — Eu vou pela direita e você pela esquerda, Yuko fica aqui com o garoto por segurança.

   Assentimos.

— Yuko, tire o Turtwig também, se algo acontecer apenas grite o mais alto que conseguir. — sugeri.
— Tudo bem, mas tomem cuidado. Não foram envenenados há muito tempo, quem fez isso deve estar por perto.

    Yuko tirou o Turtwig da pokebola. Como combinado, corri floresta adentro pela esquerda e Tatsu correu floresta adentro pela direita. Pecha Berry... eram tão gostosas, mas pareciam que quanto mais eu procurava, mais ela se escondia. Após alguns minutos de procura, encontrei um arbusto com algumas. Parecia que alguns Pokémons já haviam desfrutado dele, mas ainda restavam umas seis. Corri até ele. Quando segurei a primeira que vi, algo fazia força para que não saísse. Puxei mais forte e alguma coisa também fez o mesmo. Mas, quando coloquei ainda mais força, a coisa não era forte o suficiente e acabei ganhando. Quando segurei a fruta, notei que havia um Pokémon pendurado nela, segurando como podia com seus curtos braços.

— Patpat! — disse ele.
— Nem vem, essa Berry é min...

   Antes que completasse a frase, algo me emergiu na memória.

— Hey Inari, hoje tivemos aula prática! Advinha qual era o Pokémon que a treinadora usou? — Disse Kyoko, ao acabar de chegar da escola toda animada.
— Não sei, um Magikarp?
— Claro que não! Ele era branquinho e tinha uma listra azul. Era engraçado, a calda era maior que ele, mas as patinhas eram bem curtinhas. Também tinha umas bochechinhas amarelas. Qual era o nome dele mesmo? Pat... Pat... Patchi...


— Pachirisu, o Pokémon esquilo elétrico. — me disse a voz robótica, quando apontei a Pokedex a ele.

— Patxiriso! — disse, erroneamente, Kyoko.
— Não seria “Pachirisu”?
— É, esse mesmo. Ele era lindo e fofo, acho que ele gostou de mim. Eu também gostei dele. Ele agora é o meu...


   “Era desse Pokémon que ela estava falando. O que agora é o...”

— Link, Tackle!

   Link avançou no esquilo. Chegando próximo a mim, deu um pequeno salto e acertou-o, que ainda estava pendurado na Berry. Ele caiu, mas se levantou e aparentou estar com raiva, talvez por ter perdido o jantar, talvez não tenha notado que ainda havia umas cinco no arbusto. Uma aura branca ficou em volta de seu corpo, como se ele estivesse acumulando poder. Na pokedex estava escrito que ele sabia Growl e Bide, mas não interessava o nome do poder, apenas que ele estava demorando um pouco com aquela aura branca e não me parecia que iria sair algo bom pro nosso lado. “Se ele é elétrico, é melhor continuar com o Tackle”.

— Link, Tackle de novo!

   Mais uma vez, meu leãozinho avançou nele. Por causa da concentração de energia, ele não podia fazer nada e foi atingido novamente. Levantou-se já com dificuldade e continuou o que começou, já estava bem próximo de concluir. Para evitar isso, lancei uma pokebola nele. Acertei-o em cheio na cabeça, a pokebola abriu-se e engoliu o esquilo, fechando novamente após isso. Ela balançava para um lado e para o outro por segundos que pareciam eternos... até que parou e estabilizou-se. Dela, saiu um pequeno brilho, mostrando que o capturara com êxito. Corri até ela e peguei-a. Guardei na minha mochila junto a de Growlithe. Corri até o arbusto e peguei todas as Pecha Berrys que pude encontrar, enfiei-as na mochila e segui rumo a Yuko e ao garoto.

— Ele agora é o meu Pokémon preferido! — anunciou Kyoko.

    “Encontrei o Pokémon preferido dela tão rápido assim. Tomara que ela goste de cuidar de um” Pensei. Refiz o caminho e vi Yuko, parece que nada anormal havia acontecido com ela. Tatsu também estava chegando.

— Encontrei as Berrys! — Falamos Tatsu e eu, simultaneamente. Até nessas horas?
— Ótimo — disse Yuko — me dêem elas, precisamos agir rápido.

Yuko pegou uma e partiu-a em dois pedaços. Colocou um deles na boca do garoto e mexeu sua mandíbula, para ajudá-lo a mastigar, já que ele estava inconsciente. Fez o mesmo com o outro pedaço. Repetiu o processo em Pidgey, dessa vez dividindo em quatro, um pouco mais difícil por causa do tamanho do bico. Eles pararam gradualmente de franzir a testa.

— Já estão fora de perigo — ela disse por fim, aliviada.

   Sentei-me ali onde estava e suspirei com a boa notícia. Tatsu preferiu encostar-se numa árvore. Percebi que cheguei simultaneamente com Tatsu, mesmo tendo o meu contratempo.

— Tatsu, por que demorou?
— Cheguei ao mesmo tempo em que você.
— Eu tive um pequeno contratempo.
— Eu também.
— Não me diga que você encontrou um Pokémon.
— Isso mesmo, e capturei-o. Você também?

    Assenti. Novamente, fizemos a mesma coisa.

— Bem, depois eu te mostro qual foi, primeiro temos que achar um bom lugar para dormir — ele olhou para o céu — já vai anoitecer.

   Coloquei o garoto nas minhas costas e o Pidgey foi nas costas de Link. Engraçado, ele já era grande o suficiente para isso. Como ele cresceu repentinamente. Continuamos andando até achar um bom lugar para dormir. Pegamos um pouco de lenha e o Growlithe de Tatsu acendeu a fogueira. Conversamos um pouco e Tatsu nos mostrou seu recém-capturado Pokémon: um Poochyena. Eu também mostrei o meu, embora não pretendesse passar muito tempo com ele. Yuko disse que tudo o que apareceu foi um Rattata curioso, mas que foi derrotado pelo Turtwig. Pachirisu veio com raiva pra cima de mim, como um cobrador de impostos. Ai eu lembrei que ele ficou sem jantar. Dei uma Pecha Berry para ele. Todos comemos algumas, liberamos todos os nossos pokémons e eles ficaram conversando entre si. Por sorte, Yuko trouxera um saco de dormir extra, onde colocamos o garoto, tanto ele quanto seu Pokémon estavam desacordados. O que será que tinha acontecido? Precisávamos perguntá-lo quando ele acordasse. Para caso acordasse enquanto estávamos dormindo, Tatsu teve a idéia de deixar um pedaço de papel junto a ele no saco, para que se ele soubesse que éramos amigos e que tínhamos curado-o. Por fim, retornamos nossos Pokémons e fomos dormir.

                                                                                                                         [...]

— Moço — dizia um garoto — acorde, por favor.

       Eu estava sendo chacoalhado, semelhante a como Kyoko me acordava, então achei que fosse ela.

— Só mais um pouco — disse com voz sonolenta. Ai eu lembrei que Kyoko não estava comigo. Abri meus olhos.
— Ei, moço — disse o garoto que estava desacordado — onde estou?

     Olhei para ele. Estava muito confuso. Sai do meu saco de dormir e me sentei-me nele.

— Não se lembra de nada?

     Ele balançou a cabeça negativamente.

— Só me lembro que meu avô me pediu para pegar Berrys. Ai eu vim colhendo as Berrys e... e... não lembro de mais nada.
— Onde você mora?
— Em Hidden City, com o meu avô.
— Ótimo, nós estamos indo pra lá também. Quando eles acordarem nós vamos, ok?

     Assentiu.

— Mas e as minhas Berrys, onde estão?
— Encontramos só você e seu Pidgey, não tinha nenhuma Berry. Eu e o cara ali dormindo que fomos atrás de Pechas Berrys para te dar.
— Eu estava envenenado?
— Sim. Parece que você conhece as Berrys, para o que você iria usar?
— Meu avô é o Potion Master, eu pego as Berrys para ele. Quando elas estão em um lugar muito alto, o Pidgey me ajuda.

      Continuei conversando para conhecê-lo melhor. Seu nome era Yoshi, tinha nove anos e vivia na casa de seu avô, o Potion Master, que enviava todo o tipo de itens medicinais para todo o continente de Azken. Durante nossa conversa, foi a vez de Tatsu acordar. Ele levantou-se e, percebendo que o garoto estava acordado e conversando comigo, aproximou-se.

— Bom-dia pra vocês — ele disse, esfregando o olho.
— Ah, Tatsu, bom-dia.
— Bom-dia senhor Tatsu, eu sou Yoshi — cumprimentou educadamente o garoto.
— O que estava fazendo sozinho em um lugar desses? — Mal havia acordado e já estava curioso. Percebi que eu fiz a mesma coisa.
— Pegando Berrys para o meu avô.
— Ele não se lembra do que aconteceu — eu disse — não sabe como ficou envenenado nem o porquê, se é que teve um.
— Deve ter sido um Pokémon selvagem, nada de mais — ele disse — de vez em quando eu tenho que batalhar.
— É pode ter sido — entreolhei com Tatsu — seu Pokémon está bem ali, quer dá uma olhada nele?

    Yoshi assentiu. Foi até o seu Pokémon que ainda estava desacordado ao lado de seu saco de dormir e ficou acariciando-o. Chamei Tatsu e encostamos-nos a uma árvore ali perto.

— Já usou sua Pokedex no Pidgey, né? — ele perguntou.
— Sim. Ele já é bem treinado. tem Tackle, Sand-Attack, Quick Attack e... Gust — dei ênfase no Gust. Tatsu sabia o que eu queria dizer com aquilo.
— O máximo que ele poderia encontrar aqui que envenenariam seriam Weedles, Wurmple e, com sorte, Oddish.
— O Gust de Pidgey venceria fácil eles. E se, em um caso raro, acontecesse de alguém ser envenenado, seria Pidgey e não Pokémon e treinador. — completei-o.
— As pecha Berrys não ficavam muito longe, ele poderia simplesmente pegar uma e dá-la ao Pidgey, tudo se resolveria. — ele me completou.
— O que o atacou ainda levou as Berrys que ele estava coletando, para certificar-se que não haveria nenhuma próxima o suficiente para alguém que estava perdendo a consciência alcançar. — Completei-o, novamente.
— O que o atacou era algo externo, não natural da floresta. E era bem forte. Ele levou apenas as Berrys para que Yoshi não pudesse se recuperar, então não era roubar o que ele queria, era...
—... matar o garoto. — fizemos silêncio por alguns segundos, depois, retomei.
— talvez para proteger algo importante que o menino ouvira ou algo do tipo. Será mesmo que vieram especialmente para matá-lo?
— Se fossem, teriam lhe dado uma morte rápida, talvez quisessem que ele sofresse lentamente. Algum inimigo dele ou coisa do tipo.

     Observei Yoshi, ainda acariciando seu Pokémon.

— Que tipo de inimigos uma criança educada e inocente de nove anos que ajuda seu avô teria? — Perguntei, essa pergunta era muito difícil de ser respondida.
— O que o avô dele faz com as Berrys?
— Ele é o Potion Master. Faz itens medicinais.
— Potion Master... Como ainda o desconhecemos, é mais provável que o inimigo seja dele e não de Yoshi.

        Ficamos em silêncio, mais uma vez, por alguns momentos. Até eu resolver olhar para Yuko. Ela não demorava a acordar e já era um pouco tarde. Estava um pouco inquieta e suava. “Será que é o...” pensei. Fui até Yoshi.

— A gente só te deu uma simples Pecha Berry, não é tão eficiente quanto uma Potion de seu avô. É bom você descansar um pouco, vai te ajudar a se recuperar.
— Tudo bem. Pode colocar o Pidgey em cima do meu saco? É para eu perceber quando ele for acordar.
— Ok. Entre nele que eu coloco.

      Quando ele deitou-se, coloquei Pidgey sobre sua barriga. Adormeceu alguns minutinhos depois. Com isso, fui até Tatsu.

— Tatsu, precisamos cuidar do café da manhã. Pode ir procurar Berrys? Vou ter que ficar aqui de guarda.
— Tudo bem então. Alguma Berry em especial?
— Acho que todos gostaram de Pechas Berrys. Mas pode trazer qualquer uma que encontrar.

     Ele tirou seus dois Pokémons das pokebolas, para certificar-se que eles estavam acordados. Então, seguiu a procura do café da manhã. Logo quando ele sumiu de vista, fui finalmente ao principal: Yuko.

— Yuko, acorde. Yuko. — Chacoalhei-a um pouco.

     Não demorou muito, ela acordou, mas com uma cara assustada. Depois se sentou, sem sair do saco.

— Foi ele? — eu perguntei.
— S-Sim. Eu consegui ver também. Não azul como no seu e com certeza não era um diamante. Acho que era algo como uma Pérola.
— E o que ele disse dessa vez?
— “A Terra diminuiu! Edroca! Não há tempo! Abra teus olhos e procure-me. Alcance o Pilar. Não leve meu chamado a publico”.

   Sentei-me e comecei a analisar. “A Terra diminuiu” talvez fosse algo relacionado a alguma maré alta, mas não tinha como saber se se referia ao solo ou ao planeta. “Edroca”, não fazia a mínima idéia do que significava. “Não há tempo”, talvez fosse algo que precisasse ser resolvido logo. “Abra teus olhos e procure-me”, provavelmente queria que nós acordássemos e procurássemos... “o Pilar” ou “a cápsula interdimensional”. Por que o acréscimo do sonho de Yuko não havia aparecido no meu e vice-versa? Também, por que a ordem das frases estava trocada? Nossos sonhos eram tão semelhantes e ao mesmo tempo tão diferentes... como Tatsu e eu.

— Onde está o Tatsu? — Perguntou ela, emergindo-me de minha análise.
— Pedi para que ele buscasse algumas Berrys.
— O garoto ainda não acordou?
— Acordou sim, mas eu pedi para que ele deitasse de novo para descansar.
— O que será que atacou ele e por que...
— Estava conversando com Tatsu — dei uma pausa, olhei para Yoshi para certificar-se de que estava dormindo e diminui o tom de voz — achamos que queriam matá-lo.

   Yuko arregalou os olhos. Com certeza, matar era uma palavra forte, principalmente quando a vitima era uma criança. Ela levantou-se e foi olhar o garoto, para certificar-se que ele estava bem. De repente, ouvimos um grito.

— Inari! — era a voz de Tatsu, pelo tom parecia que estava em perigo.

   Vinha de longe, mas ele gritou forte o suficiente para que ouvíssemos. Tirei Link e Growlithe das pokébolas, ambos estavam acordados.

— Yuko, fique aqui novamente. Vou ver se ele precisa de ajuda com as Berrys.

     Sem nem esperar pela resposta dela, corri para a direção que Tatsu tinha corrido. Alguns momentos depois, ouvi os latidos do Growlithe de Tatsu.

— Growlithe, nos leve até eles. — falei ao meu.

    O cãozinho localizou o odor deles e correu na nossa frente. Localizou um homem que estava com uma máscara anti-gás que cobria completamente sua face, trajava uma camisa roxa com um símbolo com algo semelhante a um circulo achatado com “ossos” formando um “X” embaixo dele e um jaleco bege. Meu Growlithe e Link pararam em frente a ele, que também parou. Atrás dele, chegara o Pochyena e o Shiny Growlithe de Tatsu. O dono deles estava com a mão sobre o braço e andando um pouco lentamente, como se estivesse ferido. Pochyena e Growlithe franziam o cenho, com os mesmos sintomas que Yoshi e seu Pidgey.

— Inari, não deixe que ele escape.
— Idiotas — disse o homem, com a voz abafada pela máscara — não acredito que me fizeram falhar.

    Ele retirou uma erva medicinal de um bolso do jaleco e lançou uma pokébola, que materializou um Koffing. Notei que o símbolo na barriga de seu Pokémon era o mesmo que o símbolo de sua camisa. Koffing, assim que saiu da pokebola, caiu como se tivesse esgotado. Então, deu a planta para o Pokémon, que rapidamente levantou-se, flutuando no ar.

— Koffing, Poison Gas! — Anunciou o homem.

    Seu Pokémon produziu uma fumaça de uma cor verde escurecida pelos vários buracos em seu corpo, cobrindo-o juntamente ao treinador.

— Não inalem essa fumaça! — gritou Tatsu do outro lado dela.
— Link, Growlithe, voltem! — Retornei-os. “Antes eu que os outros” pensei.

     Por sorte, tive tempo o suficiente para cobrir o nariz com o braço. Quando a fumaça dissipou-se, o homem já não estava mais ali. Tatsu veio em minha direção, ainda com a mão sobre o braço.

— O que aconteceu? — eu perguntei.
— Explico depois, pegue aqui duas pecha berrys na minha bolsa e dê para meus Pokémons. Eu aguento.

     “Antes eu que os outros” deve ter pensado, assim como pensei. Assenti e abri sua bolsa. Peguei as únicas pechas berrys que ele conseguira no meio de algumas outras e dei para os dois Pokémons dele, acabando com aqueles sintomas.

— Vamos, Yuko pode está em perigo — ele anunciou — aquele homem queria nos atacar isoladamente.

     “Droga” pensei. Como pude deixar Yuko sozinha? Havia prometido a sua mãe que há protegeria um dia atrás e, agora, ela poderia estar em perigo. Era só ter acordado o garoto e trazer ambos comigo, daria até para capturar o sujeito. Tatsu estava ferido, Yuko em perigo, Yoshi dormindo e eu, imobilizado por um simples “Yuko pode está em perigo”. Que tipo de policial seria esse?

— Tsc — reclamou ele, estava com os sintomas de envenenamento — Se ficar ai parado, só vai aumentar as probabilidades de ela está em perigo. Até eu nesse estado ridículo chegaria mais rápido lá que você paralisado.

     Era daquele estimulo que eu precisava para mudar totalmente minha perspectiva da situação. Corremos até lá, mas Tatsu não estava aguentando e pedia-me para deixá-lo e aumentar o passo para que chegasse até Yuko. Eis o dilema: Deixar Tatsu sozinho ou deixar Yuko sozinha? O homem poderia estar simplesmente nos seguindo, esperando por isso, para atacar o já debilitado Tatsu, depois a mim e depois a Yuko. Ou talvez, estaria agora batalhando contra Yuko. Mas a solução parecia ter sido colocada ali e agora, como um Oásis no deserto; talvez Arceus estivesse ao nosso lado.

— Pecha Berrys! — disse, apontando para um arbusto — venha Tatsu, rápido.

    Peguei uma e dei para ele. Peguei mais algumas por segurança, caso fossemos atacados no caminho ou caso Yuko fosse atacada. À medida que ele foi se recuperando, fomos aumentando o passo.

Nota:

Bem pessoal, é isso, espero que tenham gostado ^^ (até eu estou ficando assustado com a dedução desses dois. Pra vc ter uma ideia, percebi que eles perceberam as coisas antes mesmo que eu percebesse '-' difícil de explicar :v)

Tchau e até o próximo capítulo o/


Última edição por IsaacXD7 em Dom 16 Ago 2015 - 15:56, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : arrumar uns erros '--')

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Mensagem por NicoDiAngelo Sex 7 Ago 2015 - 19:39

Cara, sua Fanfic está boa, a história segue interessante, mas você ainda comete alguns erros ortográficos. Aparentemente diminuíram, então você está melhorando ao menos, mas fique de olho.
Você repete algumas palavras seguidamente. Elétrico, por exemplo. Busque um sinônimo, senão fica estranho.
Uma coisa estranha foi nesse trecho aqui:
"O cãozinho localizou o odor deles e correu na nossa frente. Ele estava com uma máscara anti-gás que cobria completamente sua face, trajava uma camisa roxa com um símbolo com algo semelhante a um circulo achatado com “ossos” formando um “X” embaixo dele e um jaleco bege."
Deu a impressão de que você estava descrevendo o Growlithe. O Pokémon estava com uma máscara de gás, tipo ???. Faltou você falar de que o Inari avistou o homem e o Tatsu. Você fez isso depois, o que ficou estranho.
Acho que era só isso. Enfim, boa sorte e espero que sua Fanfic só melhore. Até a próxima!
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Mensagem por xKai Sáb 8 Ago 2015 - 14:27

Fala Isaac, primeiro vou responder sobre o que você citou nas notas, não vejo problema algum no número de edições, contanto que elas não mudem algo presente na história que vá ter alguma relevância, as edições ortográficas e estéticas dvm ser feitas, em prol de deixar a leitura alheia mais agradável.

A cada capítulo esses dois se parecem mais e mais  mais... Sério, é quase como s fossem clones de espírito um do outro, uma vez que fisicamente eles são diferentes. Conheci muitos gêmeos que não se completam tanto quanto estes indivíduos, é até um pouco assustador... Partilham até de sonhos... Cuidado com as Yaoigirls -q Se bem que seria um tanto original caso algo do tipo acontecesse... Shocked

Bem bacana você fazer tanta citação em relação as berrys, elas estão aí geração após geração... Mas pouco são utilizadas em fanfics, é meio tosco o fato de comer uma fruta e se curar de um evenenamento ou coisa semelhante, mas uma vez que o mundo de pokémon é um mundo que não conhece o significado da palavra lógica, isto acaba podendo ser utilizado de forma até cômica. Estou bastante curioso em relação ao cara da máscara de gás, realmente ele pode ter tentado matar o garoto, mas para atingir o tal Potion Master... Uma pessoa que utiliza de venenos... É claro que ele teria rixa com alguém que ostenta tal título... Ansiosíssimo pelo próximo capítulo, até mais.

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Mensagem por Shiota Qui 20 Ago 2015 - 18:33

Hey Pessoal o/

Bem, sei que estou atrasado pra krl. É que semana passada tive uma gincana da escola, provas (que só vieram acabar essa semana),trabalhos e, nas horas vagas, meu PC resolve dá um problema (uma parte do Capítulo tava aqui, tive que fazer a partir da metade no Not da minha mãe, mas afinal, o not é dela, então foi bem demorado). Tive que esperar meu PC chegar, juntar o cap, revisar, enfim. Mas eu dei uma atualizada no main-post ainda, fiz uns visuais de como eu imagino mais ou menos meus personagens, mas sla, podem imaginar da forma que desejarem. Editei o visual deles um pouco, se quiserem voltem pro capítulo 1 e perceberão, ou simplesmente olhem a imagem nas "fichas"deles, mas não julguei como algo muito relevante. Para um cara que descreve tão bem quanto eu sqn isto auxiliará.

Outra coisa, tomei vergonha na cara e coloquei Unova, Kalos, Mega evoluções e Fairy Type (alguns desses podem ser conferidos neste capítulo). Mas, é importante que saibam que eles podem ser mal aproveitados, já que eu não conheço muito bem esses pontos (por isso eu não queria colocar). Agora, aos comentários.

Comentários:

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Era daquele estimulo que eu precisava para mudar totalmente minha perspectiva da situação. Corremos até lá, mas Tatsu não estava aguentando e pedia-me para deixá-lo e aumentar o passo para que chegasse até Yuko. Eis o dilema: Deixar Tatsu sozinho ou deixar Yuko sozinha? O homem poderia estar simplesmente nos seguindo, esperando por isso, para atacar o já debilitado Tatsu, depois a mim e depois a Yuko. Ou talvez, estaria agora batalhando contra Yuko. Mas a solução parecia ter sido colocada ali e agora, como um Oásis no deserto; talvez Arceus estivesse ao nosso lado.

— Pecha Berrys! — disse, apontando para um arbusto — venha Tatsu, rápido!

Peguei uma e dei para ele. Peguei mais algumas por segurança, caso fossemos atacados no caminho ou caso Yuko fosse atacada. À medida que ele foi se recuperando, fomos aumentando o passo.

capítulo 5: O último veneno

Corremos até o acampamento que havíamos montado. Yuko estava em pé, à alguns metros do homem que havia fugido há pouco. Turtwig e eevee encaravam aquele Koffing. Yoshi estava atrás dela, ainda no saco de dormir. Ficamos ao lado dela.

— O que você quer? — eu gritei, encarando o homem.
— Apenas terminar o meu trabalho — disse com aquela voz abafada. Retirou a mão do bolso, onde estava enfiada, e apontou para nós — acabar com o garoto. Não preciso acabar com vocês, a menos que insistam.
— Por que quer matar? — Perguntou Tatsu — sequestro não seria suficiente?
— Sequestrar? — Deu uma breve risada — Não, obrigado. Chega de papo, irão deixar que eu complete meu serviço por bem ou por mal? Vocês são jovens, ainda podem viver.
— Nós que somos jovens aqui? — eu perguntei, com um tom de sarcasmo — sua vítima é uma criança!
— Ta, cansei. Koffing, Poison Gas!
— Não inalem a fumaça! — Tatsu gritou.

Koffing liberou uma densa fumaça. Dessa vez, tapei o nariz assim que o homem anunciou. Todos fizeram o mesmo, ninguém ficou envenenado. Mas, uma grande surpresa veio quando a fumaça dissipou-se.

— Weezing! — Disse o Pokémon de duas cabeças.
— O Koffing evoluiu? — Perguntei confuso.
— Não, ele só de trocou Pokémon. — Tatsu explicou.
— Por falar nisso... — Falou Yuko — cadê ele?

Weezing estava sozinho, o homem havia sumido. Depois de alguns segundos, percebemos que ele estava há vários metros do Pokémon. Assim que percebemos, ele gritou:

— Weezing, Explosion!

O Pokémon começou a brilhar em uma luz branca.

— E-Ele vai... — disse Yuko, visivelmente assustada.
— Temos que salvar o garoto! — Gritei.

Mas, antes mesmo que eu dissesse, Tatsu pegou o menino e começou a correr.

— Corram! — Ele disse.

Girei nos calcanhares e comecei a correr. Percebi que Yuko estava paralisada de tão assustada, então, por impulso, segurei sua mão e puxei-a comigo. Porém, o maldito Weezing começou a nos seguir durante o tempo que lhe restava. Olhei para trás enquanto corria e percebi que ele explodiria em, no máximo, um segundo. Porém, antes desse tempo, um vulto ficou entre nós. A bomba atômica ambulante explodiu milésimos depois. Fechei os olhos e cai por causa da pressão, mas não senti nada grave. Senti que alguém caiu sobre mim, provavelmente Yuko. Abri meus olhos uns três segundos depois. Realmente era ela sobre mim, percebi que, por impulso novamente, abraçara-a na queda. Ela abriu os olhos e saiu de cima de mim.

— Desculpa Inari.
— Tudo bem, pelo menos não se feriu — Eu disse enquanto me levantava.

“Não se feriu” era uma frase estranha de se dizer depois de estar a um metro de uma bomba. Olhei para alguém que estava na nossa frente, um Pokémon bípede e verde, mais ou menos da minha altura, tinha algumas bolas amarelas nas costas e uma calda que mais parecia uma árvore.

— Sceptile, o Pokémon floresta. As folhas que crescem em seu corpo são muito afiadas, podendo cortar até árvores grossas. É incrivelmente forte em combates na selva. — Disse a voz robótica da Pokedex de Tatsu.
— Ênfase para o “incrivelmente forte em combates na selva”. — Disse alguém de algum ponto da floresta, enquanto o homem mascarado vinha em nossa direção e parou há uns cinco metros de nós, a voz continuava — É bom se preparar, cretino.
— Dá pra descer dai? — Disse o homem, tirando a mão do bolso e apontando para o galho de uma árvore. Sobre o galho, estava o dono daquela voz.

Era um homem, aparentava ter seus vinte e oito anos. Seus cabelos verdes rebeldes apontavam para todas as direções, os olhos eram amarelos e tinha algumas sardas no rosto. Trajava uma camisa branca com algo semelhante a uma pokebola estampada, sobreposta por um jaleco verde e branco. Jalecos deviam estar na moda, creio. Ele saltou do galho diretamente para o chão e, como em câmera lenta, percebi um pingente em seu pescoço. Nele, havia uma pequena pedra que refletiu a luz do sol, que insistia em entrar pelas folhas daquelas árvores, até que finalmente o homem pousou ao lado do Sceptile.

— Estão todos bem? — Ele nos perguntou. Assentimos. Ele sorriu.
— É um dos lixos imundos dele? — Indagou ao mascarado.
— Ah, não fala assim dos... — Ele colocou as mãos no jaleco e estendeu uma parte dele, revelando a o interior, que guardava uma pequena pedra branca, idêntica a pedra do pingente do homem dos cabelos verdes — meus subordinados.
— Realmente, nenhum daqueles lixos é forte o suficiente para ter um mero Weezing. É melhor arranjar alguém descente, Poison Master Bin.
— E é bom não ficar vadiando pela floresta, Gym Leader Florestan.
— Tocou no garoto?— Disse Florestan, franzindo o cenho.
— Envenenou ele — disse Yuko — mas nós já o curamos.
— Sua ousadia chegou nesse limite? — Falou o Gym Leader, sem ao menos olhar para trás para saber quem havia dito aquilo.
— E ela tem limites? — Retrucou Bin.

Florestan girou e veio em nossa direção. Passou por mim e por Yuko, até chegar a Tatsu, que estava com Yoshi nos braços. Agachou-se e acariciou o garoto, que acabou acordando e abrindo os olhos lentamente.

— Pai? — disse com a voz sonolenta — Pai!

Yoshi deu um forte abraço nele.

— Obrigado a vocês três por cuidar dele — Agradeceu, abraçando seu filho e sorrindo.
— Que lindo — Disse Bin — pena que eu não goste de coisas bonitas.

O Gym Leader, ouvindo aquilo, cessou o sorriso e fez uma cara séria. Largou o menino e levantou-se, encarando aquela máscara suja.

— Pretende batalhar sério?
— Faz um tempo que não tenho essa necessidade. Mas, como é contra você...
— Ferrothorn, saia!

Algo semelhante a um casulo metálico saiu da pokebola.

— Vai usar um tipo Steel contra um cara que só usa Poison?
— Não exatamente. Ferrothorn, afaste-se com eles e proteja-os a todo custo!

O Pokémon e todos nós assentimos.

— Boa sorte pai. — Disse o garoto, segurando a mão de Florestan.
— Obrigado, agora, vá com eles.

Andamos um pouco, nos escondemos em um lugar um tanto distante, mas que ainda dava para ver claramente tudo.

Battle’s POV (terceira pessoa)

A partir daqui, leia ouvindo esta musica. Provavelmente ficará melhor ^^.

— Vai Pagar só de ter respirado perto dele, maldito.
— Beedrill, saia! Quer esquentar logo?
— Aquela explosão já foi quente o suficiente. Vamos logo com isso. Sceptile...
— Tudo bem então, apressado. Beedrill... — Bin abriu novamente seu jaleco.
— Mega Shinka! — Anunciaram.

As Keystones brilharam e liberaram feixes de luz que se ligaram aos que foram lançados pelas megastones de Beedrill e Sceptile. O corpo de ambos os Pokémons mudaram muito, mas talvez a mudança mais notória foram a cauda de sceptile, que já era grande, ficando ainda maior e a calda, pinças e pernas de Beedrill, que pareciam ainda mais afiadas e ameaçadoras.

— Mega Beedrill, X-Scissor!
— Dual Chop, Mega Sceptile!

Mega Beedrill avançou em Mega Sceptile com as pinças brilhando e uma velocidade impressionante. O Pokémon floresta não recuou e, com as folhas super-afiadas de seus braços brilhando em um verde claro, também avançou na abelha do demônio. Os dois colidiram, criando uma pressão suficiente para mexer o topo de algumas árvores, cada uma para um lado contrário ao que os dois estavam. Retornaram para próximo de seus treinadores. Mesmo que o ataque de Mega Beedrill teria sido super efetivo, Mega Sceptile não demonstrava fraqueza, parecia ser o mesmo de alguns minutos atrás.

— Poison Jab, Mega Beedrill.
— Dual Chop, de novo.

Os dois Pokémons colidiam ferozmente varias e varias vezes, mas nenhum deles conseguia acertar o outro, todos os ataques foram bloqueados ou desviados. Retornaram para frente de seus treinadores, aguardando o próximo comando.

— X-Scissor!
— Não o deixe se aproximar, use Earthquake!

Mega Beedrill investiu, voando baixo, ameaçadoramente em direção ao oponente. Mega Sceptile realizou um pequeno salto e, ao pisar no chão, produziu ondas de choque que fizeram tudo tremer. Mesmo que a abelha estivesse voando, a pressão foi suficiente para arremessá-la longe ao céu.

— Não o deixe cair, use o Aerial Ace!
— Não deixe que isso aconteça Mega Beedrill, use o Protect.

A abelha escutou e girou em pleno ar para se defender, mas não conseguia achar o adversário. Mega Sceptile realizara um grande salto e estava em sua retaguarda. Envolveu o corpo em faixas brancas que saiam de um único ponto na frente de sua boca e bateu em Mega Beedrill, que foi novamente arremessado, mas agora ao chão, colidindo violentamente e criando rachaduras.

— Caia com o Dual Chop!
— Protect, pelo amor de Giratina!

Dessa vez, Mega Beedrill realizou com sucesso o Protect. Juntou as duas Pinças na frente do corpo e fez um escudo rosa na sua frente. O Pokémon Floresta bateu algumas vezes seguidas, em vão, no escudo. Para se afastar um pouco do contra-ataque, antes que o escudo sumisse, pisou nele e tomou impulso para um salto.

— É agora, acabe com ele com um Giga Impact!
—Protect!

Mega Sceptile não teve o problema em utilizá-lo como Mega Beedrill teve, já que Giga Impact não era um ataque nada discreto. A abelha colocou as pinças para frente e envolveu-se em uma luz branca em espiral, avançando no oponente. Porém, Mega Sceptile já estava preparado, com um escudo verde claro na sua frente. O impacto foi tão violento que toda a vegetação dentro de um raio de um quilômetro e meio sumiu. Mas não foi o suficiente para quebrar o escudo.

— Dual Chop!
— Poison Jab!

Mega Beedrill já estava cansado e debilitado, o que se somou ao efeito negativo do Giga Impact, incapacitando-o de atacar antes de seu oponente, dando uma brecha para Mega Sceptile. O Pokémon floresta fez seus braços brilharem em verde claro e fez diversos cortes na barriga do adversário, fazendo sangrar. Mega Beedrill caiu sobre a rachadura que havia feito há pouco, criando assim uma pequena cratera e ficando sob o Pokémon verde.

— Mega Sceptile, Aerial Rush!
— Da onde você tirou esse Aerial Rush?

"Aerial Rush" era apenas uma forma diferente de utilizar Aerial Ace. Mega Sceptile deu um curto salto e, com as faixas brancas a sua volta, acertou a barriga de beedrill e saiu arrastando-o por vários metros, conseguindo fazer muito mais danos, tanto do ataque quanto do atrito. Mega Beedrill já estava quase acabado.

— Vai continuar? Seu Pokémon vai morrer, nesse ritmo.
— Eu vou acabar com você! — Disse Bin, com ódio por estar perdendo para aquele homem.
—Então... Frenzy Plant!

A abelha mal conseguia se mexer. Mega Sceptile segurou Mega Beedrill e jogou-o longe. Em seguida, pisou fortemente no chão, fazendo raízes espinhentas brotarem e seguirem a abelhaenquanto ela ainda estava no ar. Mega Beedrill desviou de algumas, mas as raízes envolveram-o. Mega Sceptile precisou de alguns segundos para se recuperar daquilo, mas a abelha não pôde fazer nada, pois estava presa e fraca, molhando os espinhos das raízes com seu sangue.

— Quando estiver pronto, Aerial Ace!
— Não permitirei! Protect!

O Pokémon Floresta assentiu. Saltou até o Adversário e envolveu o corpo em faixas brancas. Mega Beedrill usou suas ultimas forças num Protect. O impacto foi imenso, destruiu as raízes e, só não destruiu mais, por que já estava tudo destruído e desértico. Beedrill cedeu, caiu no chão, desfez a Mega evolução e perdeu a consciência. Seu dono ajoelhou-se e colocou as mãos no chão, espantado.

— Como isso pôde acontecer? Beedrill tem dupla vantagem ao tipo planta. Como...
— Eu batalho varias vezes no mesmo dia. — Disse Florestan, se aproximando — o que não é o seu caso. Estamos na floresta, lugar perfeito para o Mega Sceptile. Além do conceito básico da Mega Evolução...
— Conceito básico?
— Quanto mais forte é o seu laço com o Pokémon, mais forte é a Mega Evolução. Os Pokémons são puros, Beedrill não é exceção. Você “não gosta de nada bonito”, o que impossibilita um laço de amor.

O homem continuou de joelhos, com as palmas no chão, cabisbaixo. Florestan ficou em frente a ele.

— Maldito. Me humilhou de novo. Vai pagar! Beedrill, retorne.

Depois de retornar a abelha para a pokebola, ele colocou a mão sob o jaleco e foi possível escutar um “Click”. Florestan avançou e o segurou pela gola.

— Da próxima vez, venha diretamente a mim, covarde.
— Pode deixar. Não demorarei em fazer uma visitinha.

Bin ficou com o corpo “falhando” por alguns segundos, como a imagem de uma televisão velha, e depois, simplesmente sumiu.

Inari’s POV

Corremos até Florestan, atrás de seu ferrothorn, por segurança. Estava apenas ele e seu Sceptile, que havia voltado ao normal; Bin havia fugido.

— Mas ele vai voltar — disse o Gym Leader— tenho certeza. Mas, por hora, vamos voltar para Hidden City.
— Pai, o que aquele cara queria?

Florestan olhou desconfiado.

— Ele perdeu a memória. — explicou Tatsu — não se lembra de nada que aconteceu desde que chegou.

[...]

Chegamos à Hidden City. Era uma cidade bem viva, as pessoas estavam constantemente andando. Dava para perceber o stress e a correria do dia-a-dia na cidade, mas era bem amortecido por todas aquelas árvores e flores que ali havia. As casas não tinham um estilo concreto, cada um fazia do jeito que desejava, havia alguns prédios também. Florestan nos levou até o Centro Pokémon, um prédio de teto vermelho e um símbolo que lembrava uma pokebola. Internamente, havia algumas mesas e bancos para os treinadores aguardarem a cura de seus parceiros, uma decoração simples, como plantas e alguns detalhes no piso (que, mais uma vez, lembrava uma pokebola), um balcão onde uma enfermeira e sua Blissey atendiam os treinadores, por ordem de urgência. Deixamos nossos Pokémons com a mulher de cabelos verdes, que descobri ser irmã de Florestan, usava o uniforme tradicional das enfermeiras.

— Então, vocês pretendem me desafiar? — indagou Florestan.
— Pretendíamos, mas... — eu disse — acha que temos chance contra um Sceptile e um Ferrothorn?
— Quantas insígnias vocês tem?
— Nenhuma — falou Tatsu — acabamos de sair em jornada.
— Entendo. Não se preocupem, não vou usar meus Pokémons mais fortes. Nós, Gym Leaders, escolhemos os Pokémons com base no número de insígnias que vocês possuem.
— É, mas não pensem que vai ser fácil — Disse Yoshi, orgulhoso — Meu pai é o cara mais forte da cidade!
— E é por isso que precisamos treinar bastante antes. — Disse a ele, piscando um olho.

Enquanto estávamos conversando, Blissey veio até a nossa mesa nos chamar. Fomos até o balcão pegar os nossos Pokémons.

— Obrigado e voltem sempre. — Disse a enfermeira. “voltem sempre” não é a coisa mais indicada a se dizer em um hospital, mas interpretei como “Voltem sempre que precisarem”.

Como agradecimento por salvar Yoshi, Florestan fez questão de nos hospedar em sua casa. Tatsu e Yoshi, entretanto, ainda precisaram passar no hospital local, por causa do veneno. Yuko me disse que as berrys eram como “primeiros-socorros”, mas se não procurasse um médico logo, corria-se certo risco. Depois disso, fomos dormir.

[...]

— Aquele maldito vai me pagar, de uma vez por todas. — Resmungava o homem, retirando a mascara que abafava sua voz. Estava lavando o rosto, quando ouviu um grande baque.
— AAAAAAAH — Gritou alguém.
— O que foi isso?

Ele abriu a porta do banheiro em que estava e se deparou com um homem sendo arremessado e batendo com as costas na parede, na sua frente. O homem derramou um fio de sangue pela boca.

— Mas o qu... — tentou dizer. Algo chegou ao seu lado em um piscar de olhos e sussurrou ao seu ouvido.
— Não te dei uma Keystone e uma beedrillite para você ficar fazendo gracinha com seu amiginho. Está com o pagamento atrasado e nem para arranjar homens descentes você serve. É inútil para mim e só causa prejuizo.
— Não, espera... — tentou, mas foi mais uma vez interrompido.

O desconhecido retirou uma seringa do bolso e, num piscar de olhos, enfiou-a no pescoço de Bin.

— Se você não é útil, pelo menos não passará informação alguma. Peguei isso aqui do seu depósito. Prove do próprio veneno.
— Espere, esse veneno é o... — mais uma vez, não conseguiu completar a frase.
— Adeus, Poison Noob.

Bin caiu de joelhos e, em seguida, caiu de bruços. Sua visão estava ficando cada vez mais ofuscada e embaçada, enquanto via, em passos calmos e duros, aquela pessoa saindo. “Você tinha razão, Florestan, o que giratinas eu fiz de minha vida?” Pensava, enquanto perdia sua luz. “Tenho que ser útil para algo, no fim. Pelo menos... Pelo menos essa informação eu tenho que passar”. De uma fita de sangue que saia de sua boca, começou a escrever algo no chão. Depois de algum tempo, terminou de escrever e se preparou para o pior. “Pronto, terminei. Ou será que não? O que eu estava querendo mesmo ao fazer isso? Droga, não consegui completar nem minhas ultimas palavras, quanto mais a minha vida. Conto com você para dar o ponto final à isso, velho amigo”. Por fim, fechou os olhos. Enquanto tudo escurecia, uma mascara suja em cima da pia caiu e despedaçou-se por completo. A pia transbordou e a água derramou, caindo sobre a máscara e limpando-a completamente, sem ser necessário esfregar.

[...]

Florestan mostrava para aqueles garotos os tipos de Potions que seu pai, Potion Master, fazia. Mas, ao chegar a vez do Antidote, espirrou ao segurar o frasco amarelo e derrubou-o no chão. O liquido que curava instantaneamente um Pokémon envenenado, saia daquele frasco quebrado por um único furo, como se fosse um sangue amarelo, que escorreu até chegar ao seu sapato. Ficou paralisado com aquilo. Seria algum tipo de aviso?


Continua...

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Notas Finais:


Última edição por IsaacXD7 em Qua 26 Ago 2015 - 17:32, editado 1 vez(es)

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Mensagem por xKai Sáb 22 Ago 2015 - 14:10

Capítulo bem interessante, nos revelou algo a mais sobre a vilania da fanfic e uma incrível participação d um gym leader de tipo grama, sério achei o Florestan muito legal... Melhor que isso só ver um Mega Sceptile physical sweeper esculachando um Mega Beedril *-* Batalha muito bem feita e quanto a repetição d golpes do pokémon floresta, não vejo motivos para se desculpar, uma vez que o universo de pokémon se limite a 4 golpes apenas... Mas isto pode ser alterado, tanto faz a vontade de quem escreve... Quando eu tinha fanfic de pokémons o limite de moves eram de seis, assim dava-me mais liberdade artística, tem muitos golpes inúteis que podem ser muito úteis em combates narrados... Quem usa String shot nos jogos? Mas no anime é um golpe incrível que pode ter diversos usos xD

Não vejo a hora de assistir a batalha do Inari contra o Florestan, como o Yoshi disse ele é bem forte, mesmo! Quanto ao Bin... Acho que ele provou do próprio veneno, no sentido literal da coisa... Deve ser humilhante para um mestre em venenos morrer pelo seu próprio veneno... Como pode ele não carregar um antídoto com ele? U_U'

Por hora é só! Aguardo o próximo capítulo e boa sorte com a fanfic;

PS: Valeu por avisar -q Como u abro tudo junto pra ler eu confundi, eu recomentar numa que já comentei e comentei uma na outra O_O

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Mensagem por mrdeid Seg 24 Ago 2015 - 0:39

Comecei a ler a fic, peguei câncer, daí continuei e milagrosamente o tumor saiu. Quanta evolução, Isaac! Sinto muito mais firmeza naquilo que você escreve. O enredo se desenrola melhor, os acontecimentos e tudo são bem descritos, sua escrita é clara, sem me dar trabalho de entender. Meus parabéns pela fanfic. Sempre que der irei vir aqui ler. Abraços.
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