Petição para banir o Hpy

Tal como um anime antigo sobre robôs gigantes e invasões aliens, existe uma história de um pequeno asiático para ser contada. Sobre como Water, o destemido pintor japonês, conseguiu se estabelecer após o apocalipse. Ele era conhecido por sua coragem e pela sua aparência: James Bond travestido de asiático com uma pitada de Wolverine e mangás no auge de seus 17 anos.

Water se escondia nos escombros do antigo calabouço conhecido como Oiapoque. A noite era possível escutar os temíveis gritos de terror das almas lá aprisionadas, tais como: “COMPRO VENDO TROCO OURO” “PEN DRIVE BARATINHO TRÊS GIGA 17 REAIS” “IDENTIDADE FALSA FAÇO AGORA”.  O rapaz tinha sangue de monge correndo nas veias, e por isso, os gritos traumáticos de vendedores não o incomodavam. Eles eram a fonte de seus xarigãos e jutisos honrrados da vila Belo Horizontina. Ele e o ambiente estavam em total harmonia.

Mas tudo mudou com a chegada de Weegee e Ana, os enviados do diabo encouraçado.

Water dava seu passeio matinal pelas redondezas, algo o estava incomodando, embora ele não tivesse certeza do que. Decidiu por fim, parar numa pilha de escombros que chamava de colina (embora ninguém tivesse certeza do conceito certo de colina.)

-Eu prevejo a chegada de forasteiros. –Suspirou Water enquanto contemplava o cenário de completa desolação por cima de uma colina. – Apareçam espíritos! - Rapidamente o xamã sacou sua trombeta e deu três toques para chamar os espíritos companheiros - O que eu devo fazer? – Ele perguntou para as formas sem forma que apareceram na sua frente.

-CHIPS BARATINHOS SÓ AQUI TÊM DA OI DA VIVO CLARO TIM, SÓ VOCÊ ESCOLHER! – O espírito compartilhou seu conhecimento em resposta a dúvida.

-Entendo. Talvez não sejam forasteiros... Maus? Quem saberá?

-NÃO! SEU GUARDA EU POSSO EXPLICAR ISSO NÃO É PIRATEADO. EU TENHO UMA FAMÍLIA PARA ALIMENTAR.

-A tese do anjo cruel não se repetirá! – O eco da voz de Water pode ser ouvido por muitas milhas adiante. Ao ver que os forasteiros vinham num passo lento, o rapaz se retirou seus aposentos. Isto é, uma caverna feita dos escombros do antigo shopping center.

A tarde envelheceu como vinho no tonel. Nossa dupla de heróis desembocou nas terras de Sir Water, o Iluminado. Quando chegaram, nada avistaram. Apenas um deserto salpicado de construções caídas e gritos aleatórios de almas penadas.

-Isso me lembra da área de fanfics de nossa antiga organização. – Miss comentou com um tom sombrio. Um leve vento bateu, levantando um pequeno cartão de visitas. Weegee rapidamente apanhou tal cartão e se pós a lê-lo em voz alta.

-Water Fotochopê’s Serviços. Descontos se você for uma alma presa a terra. 0800-1370 – Após um momento ou dois, Weegee continuou – Mas o que significa?

Enquanto Weegee pensava sobre a origem do cartão, uma figura estava se movimentando entre as sombras. Ester era Water que acabara de notar a tão estranha presença em suas terras. Ao mesmo tempo, Miss notou tal ocorrido e preparou sua arma. Rapidamente avisou numa voz baixa:

-Acho que nós vamos descobrir agora. – Neste exato momento, Water no recinto, privado da segurança das sombras, portava suas armas de escolha: três katanas que usava ao mesmo tempo. Chamava isso de estilo Wuju. nota: isso significa falta do que fazer em hebraico

-[palavra censurada] - Weegee falou em alto e bom som. O xamã ao ouvir tal sentença, começou a responder numa voz lenta e fria.

-Mas afinal, o que traz dois nobres forasteiros as minhas humildes terras? Não posso lhes trazer conforto em terra, mas lhe darei uma nobre viagem à escuridão da morte.

-Calmo aí amiguinho. Sua poesia é boa mas não o - O outro rapaz começou, mas fora interrompido por uma chegada inesperada: Três hamsters de 15 metros de altura. Sua fofura se traduzia numa Intensa habilidade no campo de batalha. Roedores gigantes, os piores inimigos de um homem livre após regras e impostos.

Por sorte, estas criaturas eram tão inteligentes que só iniciavam alguma briga caso alguém lhes contradisse sua opinião e não fosse inteligente o bastante para saber argumentar.  E é por isso que a humanidade foi destruída em tão pouco tempo.

-[palavra censurada] – Ana disse. – Hamsters canibais do espaço sideral. [palavra censurada].

Os outros concordaram em silêncio. Esconderam-se o mais rápido possível num destroço próximo, onde existia uma fina voz reclamando que possuía um advogado e que terminava com “seu poliça me faça feliz e va se fuder”.  

Toda cena parecia estar congelada no tempo. Os três hamsters continuavam a discutir com suas rebuscadas palavras e os três jovens apenas os observavam boquiabertos. Até que Water, iluminado pelos espíritos, teve uma grande ideia.

-A padaria! Podemos nos esconder lá... Eu acho. – Ele duvidava de seu próprio plano, mas este era o melhor possível.

Weegee refletiu por alguns momentos. A palavra “Padaria” tentava achar alguma outra para se associar. Padaria, padeiro, posto Ipiranga, gêneses, anime...

-Padaria!? Será que...  – A face do jovem se estampou em surpresa – Você quis dizer... O lugar em que eles vendem pão? PÃO?

-É, mas eu acho que não fazem mais- Antes que Water pudesse completar sua frase, Weegee partiu correndo, já imaginando o cheiro de trigo queimado. Seu espírito estava em busca do que todo homem precisava: Pão e vinho. Os outros dois companheiros o seguiram ao som de uma inteligente discussão ao fundo.

Os hamsters discursavam sobre interessante anime ecchi lançando na semana passada.

¹: esta cena foi copiada da peça Macbeth, escrita por Shakespeare você pode ler o original aqui