[Grand Chase] One-shots
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[Grand Chase] One-shots
Olá.
Não tinha nada pra fazer, então resolvi postar aqui umas fic que tinha feito pra um concurso em outro fórum.
Não vi problemas em postá-las aqui, assim mais pessoas podem ler.
São fics pequenas (dependendo da fic a qual for comparar), e de capítulo único (one-shot).
Peço a quem se dispuser a ler, que diga se gostou ou não gostou; do que gostou e do que não gostou, mas por favor, sem ofender. Gostaria muito da opinião de vocês.
Ah sim, e como diz o título do tópico, são fics sobre Grand Chase. Então, vamos as fics ^^ :
Black: Movido pra área correta.
Black: Tópico trancado por inatividade. Caso queira reabri-lo mande uma MP a qualquer FFM.
Não tinha nada pra fazer, então resolvi postar aqui umas fic que tinha feito pra um concurso em outro fórum.
Não vi problemas em postá-las aqui, assim mais pessoas podem ler.
São fics pequenas (dependendo da fic a qual for comparar), e de capítulo único (one-shot).
Peço a quem se dispuser a ler, que diga se gostou ou não gostou; do que gostou e do que não gostou, mas por favor, sem ofender. Gostaria muito da opinião de vocês.
Ah sim, e como diz o título do tópico, são fics sobre Grand Chase. Então, vamos as fics ^^ :
Elscud's Past
- Spoiler:
"Em um passado recente, um jovem herói de cabelos vermelhos havia se tornado líder dos Cavaleiros Vermelhos. Mais tarde, segundo os dados de Canaban, sua filha se tornou a primeira e única mulher dos Cavaleiros Vermelhos, e também a líder. Isso é o que conta a História."
[Época: 12 anos antes da grande guerra entre Serdin e Canaban]
- Elscud! Ei, Elscud! Venha aqui!
- O que foi Kushina?!
- Apenas venha logo ver! – Disse com a voz animada.
Quando Elscud chegou na entrada da caverna, onde estava Kushina, viu no profundo solo da caverna uma linda paisagem: um pequeno lago, iluminado por finos raios de sol que passavam entre as pedras, e bem acima do lago, estranhamente, lindas borboletas azuis voavam em círculos.
- Que lugar lindo...! – Disse Elscud impressionado com a beleza do local.
- Esse será o nosso local a partir de agora. – Disse Kushina carinhosamente. – Será o local do nosso amor. – Complementou.
Elscud Sieghart e Kushina Sieghart eram primos de 3º grau. Se conheciam desde crianças, e sempre se amaram. Elscud era membro dos Cavaleiros Vermelhos, era um bom general e muito admirado por todos por sua grande habilidade ainda jovem, admirado até mesmo pelo líder dos Cavaleiros Vermelhos.
Kushina e Elscud haviam prometido se casar aos 18 anos, e entre estudos e treinamentos, viviam seu amor intensamente.
- Nós vamos ficar juntos para sempre não vamos? – Perguntou Kushina.
- Sim meu amor, basta esperar apenas mais um ano, e ninguém poderá nos separar. – Respondeu com um brilho nos olhos.
- Você vai mesmo ter que se afastar de mim por seis meses? – Perguntou preocupada.
- Infelizmente sim. – Disse ele. – Ainda não me informaram o motivo, mas a partir de amanhã eu e todos os outros membros dos Cavaleiros Vermelhos iremos para um local especial para um treinamento mais intenso, durante seis meses.
Eles ficaram juntos até o final do dia.
Na manhã seguinte, Elscud colocou seus itens mais importantes na mochila, e partiu em direção ao local de treino combinado. Quando todos os membros dos Cavaleiros Vermelhos estavam reunidos em um grande pátio, seu líder resolveu explicar-lhes o que acontecia:
- Bravos guerreiros! Esse treinamento intensificado foi pedido confidencialmente a mim pelo Rei de Canaban! Todas as mais importantes guildas de Canaban estão realizando um intenso treinamento para se prepararem para uma importante guerra! Estranhos monstros com chifres foram avistados ao norte de Vermécia, por isso, vamos nos unir a Serdin na luta contra eles!
Não sabiam eles que na verdade, esses "monstros com chifres" eram na verdade demônios que haviam ficado presos há muito tempo em Ernas.
Uma semana havia se passado desde que Kushina e Elscud tinham sido separados pelo treinamento, e ela se sentia muito estranha. Um mês depois, veio a certeza.
Dois meses depois que Elscud havia ido para o treinamento, e Kushina teve um estranho pesadelo. Resolveu então consultar um profeta de Canaban.
No treinamento dos Cavaleiros Vermelhos:
- Guerreiros, prestem atenção! – Disse o líder dos Cavaleiros Vermelhos. – Os monstros estão muito próximos dos reinos. Os vimos ao norte, mas alguns vieram pelas fronteiras a leste e a oeste, e estão cercando tanto o reino de Serdin quando o reino de Canaban! Por ordem dos reis, cada uma das guildas dos reinos enviará uma tropa para o campo de batalha para retardar as forças inimigas, assim dando tempo para os demais guerreiros treinarem um pouco mais. – Explicou. – Todo o tempo é precioso agora! – Gritou, como um grito de guerra.
O próprio líder foi ao campo de batalha, comandando uma tropa dos Cavaleiros Vermelhos. Lá, eles se juntaram a outras tropas de outras guildas, se prepararam, armaram táticas, e foram a guerra.
Conseguiram abater muitos dos demônios, mas como os demônios não eram seres conhecidos por eles até então (e por tanto pensavam ser monstros), não faziam ideia de seu poder. Muitos guerreiros também morreram, por, em poucos números, não serem páreos para o poder demoníaco.
- Polux! – Gritou o líder dos Cavaleiros Vermelhos para um dos membros de sua guilda, que também era seu melhor amigo, que ia ser atacado por um demônio.
Polux não teve tempo de reagir, então tudo que seu amigo pôde fazer foi correr ao máximo para defendê-lo. Matou o demônio, mas se feriu gravemente.
- Não...!! Por que fez isso?! – Perguntou Polux, desesperado.
- Eu não seria um bom líder... se não pudesse defender meu melhor amigo. – Disse ele, com um sorriso no rosto.
- Se recuarmos agora, conseguiremos salvá-lo! – Disse, esperançoso.
- Infelizmente não há mais tempo para mim... Deve se conformar. E eu devo dar minha última ordem como líder. Não tenho ninguém do meu sangue na guilda para passar o cargo de lider dos Cavaleiros Vermelhos. Sei que poderia passar para você, meu amigo, mas também sei que concorda comigo na decisão de passar meu cargo para o jovem e habilidoso Elscud. Não concorda?
- NÃO, VOCÊ NÃO VAI MORRER!!!
- Haha! Eu fico feliz em morrer para salvá-lo, Polux, não se preocupe comigo. – Disse tentando acalmá-lo. – Agora, vá e cumpra minha última ordem... – Disse serenamente, antes de dar seu último suspiro.
Polux não pôde acreditar no que tinha acontecido. Não queria fazer mais nada além de salvar seu amigo, nada mais importava para ele. Mas seu amigo já tinha morrido, e por consideração a ele, não podia deixar de cumprir sua última ordem.
Correu de volta ao local de treinamente dos Cavaleiros Vermelhos, e após três dias, chegou.
- Elscud! Onde está o Elscud?! – Perguntou ele, ofegante.
Polux explicou-lhe tudo o que havia acontecido, e o declarou líder dos Cavaleiros Vermelhos. Elscud não se sentia digno de tal cargo, mas com o caos da guerra, sabia que não podia recusar.
Neste ponto da guerra, ambos os reinos já haviam recebido comunicados sobre a situação da guerra, e sobre os fortes poderes dos "estranhos monstros". Então, ordenaram que toda sua força de combate fosse ao campo de batalha. Elscud, comandando todos os guerreiros dos Cavaleiros Vermelhos, foram ao campo de batalha.
Semanas se passaram no campo de batalha, e graças ao grande poder de combate tanto de Serdin quanto de Canaban, naquele momento quase todos os demônios que invadiram Vermécia tinham sido exterminados. Mas quando se deu conta, Elscud viu que havia se separado das demais tropas, inclusive dos outros membros de sua guilda. Estava sozinho, e cercado por demônios. Sua única saída era lutar contra os demônios que o cercavam sozinho. E foi o que fez. Com grande habilidade, eliminou vários dos inimigos a sua volta, mas ainda restavam alguns, e ele já estava sem energia. Só o que pôde fazer foi se conformar com sua morte e lamentar por não poder ver Kushina mais uma vez. De repente, um guerreiro vestido todo de vermelho, eliminou rapidamente todos os inimigos que ainda restavam a volta de Elscud. Elscud se impressionou com sua habilidade, a habilidade de um guerreiro que ele nunca havia visto antes, uma habilidade que talvez se igualasse a sua própria habilidade.
- Olá! – Disse o guerreiro de vermelho, retirando o capacete.
- Ku-Kushina...?! – Perguntou Elscud, espantado, ao ver que na verdade o misterioso guerreiro era sua amada.
Kushina tinha se infiltrado na guilda dos Cavaleiros Vermelhos, logo depois de consultar o profeta de Canaban e descobrir que seu temor, previsto no seu pesadelo, poderia se tornar realidade. Ela, desde pequena, treinava luta de espadas, em segredo, e nunca havia contado isso para ninguém, assim como também não havia contado que era ótima nisso. Porém, ela não se preocupou em explicar tudo isso para Elscud naquele momento, tudo o que disse foi um simples "Estou grávida", com um largo sorriso no rosto.
[Meses depois...]
- Nhééé...!!! Nhééé...!!!
- Qual será o nome dela, querida?
- Elesis.
"...sua filha (de Elscud) se tornou a primeira e única mulher dos Cavaleiros Vermelhos, e também a líder. Isso é o que conta a História."
O Nada
- Spoiler:
Havia "O Nada". Nele vivia o Deus supremo. Seu nome era Hades. Tudo o que havia criado para ele era um pequeno quarto particular, chamado Hades.
N'O Nada Hades vivia feliz com sua esposa Ernas. Deu de presente para ela um lindo e gigantesco jardim, com oceanos e montanhas, florestas colossais, lagos e um lindo céu azul. Batizou o jardim com o nome de sua amada, Ernas. Teve com ela três lindas filhas, Ernasis, Lisnar e Armenian.
Um dia, apareceu uma mulher com uma exótica beleza, linda, e seduziu Hades. Seu nome era Elyos. Hades deu de presente para ela uma nova dimensão, misteriosa, com a atmosfera arroxeada, de sua cor preferida. Batizou a nova dimensão com o nome de seu segundo amor, Elyos. Teve uma filha com ela, com um charme superior a das outras filhas, Agnecia.
Agnecia era excluída da companhia de suas meias-irmãs, por ser invejada, e por também ser filha da amante de Hades; enquando Elyos se sentia diminuída perante a Ernas, por ser a segunda, e ter apenas uma filha, enquanto Ernas possuia três.
Em um dia escuro, Elyos não aguentou mais ser a segunda, e matou Ernas. Suas filhas, com ódio de Elyos, a mataram. Hades, não aguentando perder seus dois amores, se matou.
A energia de Ernas criou vida no jardim que havia ganho de presente, criou os humanos, os elfos, os anões, e todos os tipos de animais, tornando seu jardim ainda mais belo. O ódio de Elyos criou os demônios em sua dimensão, em especial os Asmodianos, em sua maioria roxos ou arroxeados; a maioria dos demônios herdou o ódio e o desejo por destruição de sua criadora. A alma triste de Hades, fez com que ele tornasse seu pequeno quarto em uma nova dimensão para amparar a alma dos mortos, assim podendo reencontrar novamente seus dois amores, e vivendo pela eternidade feliz ao lado delas.
Sherlock Crimson
- Spoiler:
- Este cristal a fará voltar. Você tem certeza?
- Sim. Junto aos sacrifícios, o cristal funcionará com certeza!
- Então...vamos providenciar os "ingredientes"...! m-huhuhu
...
- Peguem todos, destruam tudo! – E assim foi aquela madrugada escura de terror em Elyos. – Mwahahahahahahahaha!
- Rápido tolos, não deixem os "ingredientes" escaparem!
Aos poucos, as Tribos Demoníacas foram se extinguindo uma a uma, até a notícia chegar a cidade central de Elyos, onde viviam as familias mais influentes e poderosas de Asmodianos, os "Burning Canyon" e os "Crimson River".
- Senhor River! Com licença! – Pediu seu empregado mais leal.
- Diga, Chrous. – Disse.
- Diversas tribos estão sendo destruídas. Os sobreviventes estão vindo se refugiar na cidade. Precisamos tomar providências, mestre. – Alertou Chrous.
- Tem razão. Chrous, ordene aos governantes de minhas casas ao leste que liberem elas para os refugiados. Peça ao Ms'ter e ao Thompson que os guie até o local. E prepare uma das minhas equipes de reconhecimento para investigar o que está acontecendo nas áreas destruídas, o mais rápido possível.
- Sim senhor.
...
- Ei Jorsest, já conseguiu encontrar algo em meio aos escombros?
- Ainda não, mas estou confiante de que vamos conseguir descobrir o culpado por trás disso. Pelo senhor River!
- E-e-ei! O que é isso atrás de você?!
"Ahhh...!!!" ...
- Agora sim, estamos prontos. m-huhuhu
- O cristal funcionará, sem dúvidas. O cristal a trará de volta para nós! Mwahahahahahahahaha!
...
- Senhor River! Terríveis notícias.
- O que aconteceu?
- A equipe de reconhecimento que o senhor enviou foi totalmente dizimada.
- Sabe quem fez isso?
- Não senhor. Não sobrou um membro sequer, apenas achamos seus corpos.
- Hmm... Isso parece uma séria ameaça, envie um grupo de vinte dos nossos cavaleiros de elite.
- Sim senhor.
[20 dias depois]
"Mwahahahaha... Mwahahahaha...!"
...
- Eu sei quem foi! – Disse, ofegante.
- O que faz aqui tentando invadir a mansão dos Crimson River? – Perguntou o guarda da mansão.
- Este é Poliguard, um dos cavaleiros de elite do senhor River. – Interrompeu Chrous. – Deixe-o entrar. – Ordenou.
- Certo. – Disse o guarda.
- O que houve, Poliguard? – Perguntou Chrous.
- Eu sei... Eu sei quem está por trás de todo esse recente caos em Elyos. O inimigo nos atacou, eu consegui escapar para vir avisar, mas nesse momento já devem estar todos mortos.
- ...venha...vamos falar com o senhor River...
- Senhor River! Por favor, Poliguard precisa lhe falar algo importante.
- Certo.
- Senhor River, o inimigo nos atacou, e eu escapei...
- Conseguiu ver o inimigo? – Interrompeu-o.
- Sim senhor.
- Então, quem é o inimigo?
- O inimigo é...
...
- Rey, minha filha, posso entrar?
- Sim papai.
- Rey, eu sei que você é muito forte, e por isso preciso lhe confiar uma difícil missão. Você aceita?
- Qual missão?
- Eu preciso que você vá buscar Dio na outra dimensão, e preciso que você dê um recado a ele. Um poderoso inimigo tem ameaçado Elyos, e precisamos unir as forças das mais poderosas famílias de Elyos para lutar contra esse inimigo. Como Dio é o líder dos Burning Canyon, precisamos de sua presença para tomarmos uma decisão.
- Certo papai, eu farei isso.
- Então, quando encontrá-lo diga que "Ela voltou".
- "Ela" quem, papai? – Perguntou curiosa.
- ... Cazeaje.
Painful Childhood
- Spoiler:
[Parte 1]
...
Apenas o som do balançar das folhas das árvores ao comando do vento quebravam o silêncio no alto daquela montanha.
...
- Vamos, Asthrus...? – Indagou o homem, porém, com um tom de ordem.
- E-eu...não...sei se...est-tou...preparado... – Respondeu Asthrus, com os olhos lacrimejando e as pernas levemente trêmulas.
- Você sabe, que se você não o fizer, outro o fará.
- ...
- Deveria nos agradecer por darmos-lhe a oportunidade de fazer isso você mesmo. Você não quer que outro o faça, não é mesmo? – Indagou novamente o homem, dessa vez em tom de provocação.
- Bardinard é uma boa criança... – Disse Asthrus, com a voz tremula e fraca, quase que implorando.
- Ele é uma boa criança, mas é muito instável! Não sabemos sua personalidade no futuro, os nossos melhores profetas já previram que ele terá um poder anormal no futuro, algo inimaginável. Claro que esse poder poderia ser ótimo se ele for uma boa pessoa, mas nem mesmo nossos melhores prefetas, os mais reconhecidos em todo o Reino de Calnat e em toda Ernas, conseguiram prever sua personalidade no futuro. Há o risco de destruição total de Ernas! – Exclamou o homem.
- Eu criarei ele, educarei ele, como sempre fiz, ele será um bom homem no futuro, como é uma boa criança agora! – Retrucou novamente Asthrus, ainda com a voz trêmula e fraca, implorando, na tentativa de convencer o homem.
- Você o fará! É o melhor soldado, e o pai dele, assim ele não desconfiará até que chegue o momento. Ele não pode escapar, se ele descobrir se voltará imediatamente contra nós, e estaremos perdidos. Asthrus, você é nosso melhor homem, se não conseguir completar essa missão, ninguém conseguirá. – Argumentou o homem.
- ...
- Isso é pelo bem de Ernas, e consequentemente, de Calnat. – Continuou o homem.
- ...
- Você tem trinta dias, se não o fizer nesse tempo, outro o fará. Faça como no "Comunicado". VOCÊ DEVE FAZÊ-LO! – Enfatizou o homem.
[1º dia]
Asthrus voltou normalmente para casa, como se nada tivesse acontecido, passou direto por sua esposa, Minah, e se trancou no quarto. Ficou lá o dia inteiro. Não aguentou a pressão psicológica, e foi hospitalizado.
[10º dia]
Asthrus recebeu alta, Minah e Bardinard foram ao hospital para levá-lo para casa. Chegando em casa Asthrus foi recebido com um belo bolo em comemoração a recuperação de sua saúde. Isso mexeu com ele de forma que quase não aguentou, mas conseguiu se controlar, e tentou não pensar no assunto que tanto o perturbava.
A noite, sozinho, Asthrus tomou uma séria decisão. Quase esfaqueando seu coração por dentro, decidiu pelo que julgava certo. Resolveu então aproveitar o máximo de tempo com seu filho.
[11º dia]
Pela manhã, enquanto Bardinard estava na escola, Asthrus perguntou para Minah:
- Querida, você ainda busca o Bardinard na escola?
- É claro. – Respondeu ela. – Ele tem apenas 10 anos seu bobinho! – Complementou, em tom de brincadeira.
- Eu posso passar a buscar ele em seu lugar então? – Pediu Asthrus.
- Você não tem que trabalhar? – Perguntou Minah – Aliás, o que está fazendo em casa hoje?
- Ah! Eu ganhei um mês de folga, mas perdi um terço no hospital...
- Foi por isso que chegou tão emburrado em casa naquele dia, e ainda por cima foi para o hospital? Só por ter ganho folga?! – Estranhou a esposa.
- Err... É, foi por isso sim. Hehe... – Tentou disfarçar a gigantesca mentira que tinha acabado de contar.
- Você é louco. – Brincou a mulher.
...
Mais tarde, Bardinard saiu da escola, e estranhou seu pai no lugar de sua mãe:
- Ué?! Pai?! Você veio me buscar?!
- Sim filho, gostou da surpresa? – Disse o pai com uma expressão serena e feliz no rosto.
- Muito!!! – Exclamou Bardinard. – Você vai vir sempre? – Perguntou.
- Sempre filho...sempre...
[15º dia]
Asthrus também passou a buscar Bardinard na "escolinha" de treinamento de luta e magia.
- Olha pai! As novas magias que eu aprendi a fazer sozinho!! – Exclamou Bardinard, super animado.
O pai demonstrou alegria, porém não demonstrou o espanto que sentiriu ao ver o real potencial do filho.
Pensou: "Ele com apenas 10 anos e pouca prática já consegue ter mais habilidade do que pessoas com o dobro de sua idade e uma vida inteira de experiência."
[16º dia]
- Bardinard, vamos soltar pipa! – Exclamou o pai, convidando-o para passarem um tempo maior juntos.
[17º dia]
- Bardinard, vamos jogar bola!
[18º dia]
- Bardinard, vamos andar de barco!
E assim os dias foram passando, sem Asthrus perceber...
[29º dia]
- Parece que sua folga valeu mesmo a pena, você e o nosso filho se divertiram a beça juntos. – Comentou Minah com Asthrus.
- O que?! Que dia é hoje?! – Perguntou para Minah, assustado.
- Hoje é o vigésimo nono dia que você está de folga, depois de amanhã você volta para o trabalho. Ou você já esqueceu que tem um trabalho? – Perguntou de forma graciosa, em tom de brincadeira, a sempre bem-humorada mãe de Bardinard.
Asthrus havia esquecido completamente seu fardo. Tinha se divertido tanto com seu filho que esqueceu completamente do que foi obrigado a fazer.
Naquela noite, não conseguiu dormir. Passou a noite toda na varanda, do lado de fora da casa, chorando.
[30º dia]
Pela manhã, lavou o rosto, chamou seu filho para pescar, e mesmo amargurado, deu o beijo mais doce e carinhoso que conseguiu em sua esposa.
- Bardinard, se despeça de sua mãe. Dê um abraço bem forte nela.
Minah estranhou a face abatida de Asthrus, mas não se importou muito, pois sabia que poderia conversar com ele depois.
Asthrus avisou a Minah que só voltariam a noite, então Minah, desde cedo, resolveu preparar um belo jantar para eles. Enquanto deixava a comida no fogo, resolveu arrumar o quarto dela e de seu marido. Enquanto arrumava a gaveta dele, achou um comunicado oficial dirigido à ele. Mesmo sabendo que não era certo, LEU. Entrou em choque. Não conseguia se mexer. Não sentia nada além de pavor e repulsa por aquele ato monstruoso descrito no texto. Não tinha nenhuma reação, até cair em si, ao entender que seu filho estava em perigo. Viu que pelo prazo, aquele era o último dia de vida de seu filho caso não fizesse algo. Sem pensar em mais nada, correu o mais rápido que pôde em direção ao rio.
Asthrus aproveitava seus últimos momentos ao lado de Bardinard, porém viu que não podia mais prolongar o inevitável. Naquele momento, pensava em tudo que ocorreu antes daquele inferno começar. Pensava principalmente no combinado no alto daquela montanha.
- Filho, eu só vou pegar umas frutas para nós e já volto, não se preocupe. – Disse em um tom de tristeza quase indisfarçável, porém, Bardinard não percebeu.
- Tudo bem pai! – Disse alegre, sem perceber o que acontecia.
Asthrus, com lágrimas incontroláveis despencando dos olhos, pegou sua espada, que havia escondido, e se preparou para golpear Bardinard pelas costas enquanto pescava.
- BARDINAAARD!!! – Berrou Minah, com todas as suas forças, enquanto corria em direção aos dois.
Bardinard olhou para trás, e viu seu pai com a espada levantada, pronto para golpeá-lo. Asthrus olhou para Minah, porém não freou sua ação com a espada. Nesse instante Minah se jogou contra Asthrus.
O golpe de Asthrus, com o objetivo de acertar Bardinard, acertou acidentalmente Minah, e a partiu ao meio.
...
O silêncio de um momento interminável ecoou em suas mentes, e nem mesmo o som do balançar das folhas das árvores poderia quebrá-lo.
...
Em uma mistura de fúria com pânico, Bardinard tentou atacar seu pai sem pensar em nada. Atordoado, a única coisa que Asthrus conseguiu fazer foi fugir para a escuridão da densa floresta para fora das fronteiras de Calnat. Bardinard tentou perseguí-lo, mas o perdeu de vista, e se perdeu dentro da imensidão da floresta.
[Parte 2]
- Ei, venham comer! – Chamou.
- Já vamos mãe! – Respondeu.
- Ei, vamos logo Bardinard, minha mãe tá chamando.
- Espere Grandiel, eu ainda não acabei o treinamento! – Disse Bardinard chateado.
- Você tem a obrigação de me obedecer, se eu não tivesse te encontrado a cinco anos na floresta, você nem deveria estar vivo ainda! – Disse Grandiel, brincando.
- Você não cansa de esfregar isso na minha cara? – Perguntou Bardinard, se sentindo ofendido.
- Por que você fica treinando o dia inteiro, com qual objetivo? – Perguntou Grandiel, mudando de assunto.
- Você também não treina o dia todo? – Retrucou Bardinard. – Então não pode me julgar.
- Eu treino, mas eu sei bem quais são meus objetivos. Quais são os seus?
- ...
- Você... Você ainda pensa em se vingar do seu pai?
- ...
- Achei que já tivesse desistido disso...
- ...
- Você sabe que a vingança não vai levar a nada.
- Grandiel, você é o melhor amigo que eu tive até hoje. Mas você sabe, um dia você vai acordar e eu vou ter ido embora, e não vou mais voltar. – Disse Bardinard. – Você sempre soube disso...
Se fez um silêncio.
- Vamos comer, minha mãe já chamou.
...
- Quem vai lavar a louça hoje? – Perguntou a mãe de Grandiel.
- Hoje é minha vez. – Disse Bardinard.
- Certo, então tire a mesa Grandiel.
- Tudo bem. Hoje eu também vou te ajudar a enxugar a louça Bardinard. – Disse Grandiel.
- Hã? – Estranhou Bardinard. – Tudo bem. – Concordou.
...
- Grandiel, hoje é meu dia de lavar e enxugar a louça, por que está me ajudando? – Perguntou Bardinard.
- Quero conversar com você, mas tem que ser agora. – Disse Grandiel.
- ...
- Eu sei o que você sente... Pela morte da sua mãe... O meu pai também morreu, você sabe.
- É diferente! – Exclamou Bardinard. – Seu pai morreu em um acidente, minha mãe foi assassinada, e pelo meu pai, que queria me matar...! É muito diferente.
- Arf... – Suspirou Grandiel. – É realmente diferente, eu não posso negar. Mas mesmo assim você sabe que vingança não vai levar a nada. É muito arriscado, e eu não quero que se machuque! Sem falar que isso só vai alimentar mais seu ódio.
- Eu vivi esses últimos cinco anos atormentado pela morte de minha mãe. Eu sei muito bem que matar meu pai não trará minha mãe de volta, mas eu também sei que isso me deixará mais leve. Eu preciso fazer isso.
- Arf...
Naquela noite, apenas dois dos moradores daquela casa no meio da floresta dormiram. O sono teimava em não ir ao encontro de Bardinard.
Bardinard levantou-se da cama foi para fora da casa, pensar consigo mesmo em seus planos enquanto admirava o som da escuridão da floresta.
- Desculpe Grandiel, mas está na hora. Não posso mais esperar. Desejo que um dia possamos nos ver de novo.
Bardinard voltou para dentro da casa, pegou sua espada, e partiu. Andou durante o resto da noite pela floresta, e também durante o dia. Quando novamente chegou a noite, encontrou um bom lugar entre as árvores para dormir.
Alguns dias se passaram, e Bardinard continuava vagando pela floresta, em busca de seu pai. Uma noite, encontrou um amontoado de folhas para dormir, mas não dormiu muito tempo. Ouviu um barulho a alguns metros dali. Foi em direção ao barulho, e quando chegou perto, viu o brilho do fogo batendo nas árvores ao redor. Revelou sua face que estava escondida atrás da árvore reveladora. Viu um homem a frente de uma fogueira, a responsável pelo brilho nas árvores. O homem era seu pai, que estava de costas para ele e por isso não o viu. A íra imediatamente tomou conta de Bardinard, que não conseguiu se conter e antes mesmo que percebesse já havia acertado seu pai.
- Qu-quem...? – Perguntou Asthrus, atordoado e caído no chão.
Bardinard então mostrou-se para seu pai.
- V-você é... Meu filho?! – Perguntou Asthrus, surpreso.
Por mais que tivesse treinado milhões e milhões de vezes um assassinato frio de seu pai em sua mente, Bardinard não pôde conter suas emoções.
- P-por quê...? Por quê?! Por quê?!! Por que, pai, POR QUÊ?!!! – Perguntou Bardinard, com a voz rouca de raiva e as lágrimas escorrendo dos olhos.
- Fi...filho...
- Me diga!
- Me obrigaram... Eles iam te matar... Se eu não o fizesse... Eles têm medo do seu poder... Disseram que você poderia destruir o mundo no futuro se quisesse... Os profetas viram...
- Os profetas?
- Sim... Você sempre foi habilidoso... Você sabe disso... Eles viram... E por isso o rei ordenou que te matassem... Um general veio até mim, e me deu a missão de matá-lo...
- ...
- Eu não queria aceitar... Eu não deveria... Mas disseram que se eu não te matasse, outro te mataria... Eu não poderia ver ninguém te matar... Então eu aceitei...
- ...
- Arf... Arf... – Asthrus ofegava, quase não aguentando mais manter-se vivo. – Hoje eu sei... Que eu deveria ter me oposto a Calnat... Deveria ter me oposto a Ernas... E ter fugido com você e com Minah... Lutando contra todos que tentassem tirá-lo de nós... Mesmo que tivesse custado minha vida...
Bardinard já não conseguia mais sentir toda aquela raiva que sentia de seu pai, por pior que Asthrus tivesse feito.
- Eu só me mantive vivo até hoje... Para lhe pedir perdão... Eu te amo... Por favor, me perdoe...
- ...
- Por favor... Por favor, meu filho! Me perdoe! – Gritou Asthrus, no chão, quase sem forças.
- E-eu...te perdoo...pai. – Disse Bardinard com o rosto encharcado.
- Obrigado... Meu filho... – Disse Asthrus sorridente. – Agora eu posso encontrar sua mãe...e lhe pedir perdão...
Asthrus então finalmente fechou os olhos, e pôde descansar.
- Pai! – Berrou Bardinard, que ficou completamente parado durante um longo tempo. – Maldito mundo... Tirou minha mãe... E depois meu pai. Tentou me assassinar, mas o único a sobreviver fui eu. Agora você vai pagar por sua falha. Pai, a partir de hoje eu viverei somente para vingar você...você e a minha mãe. Asthrus... – Disse olhando para o céu que clareava, com um pequeno sorriso escondido em meio as lágrimas. – A partir de hoje eu serei Astaroth.
[Fim]
- Senhor, Bardinard foi visto na parte clara da floresta, a apenas alguns metros daqui. Parece que está voltando.
- O quê?! Bardinard sobreviveu mesmo perdido cinco anos na floresta? – Espantou-se o rei de Calnat.
- É o que parece, senhor.
- Certo. Ele não deve saber que nós mandamos seu pai matá-lo. Quando ele chegar, vamos fingir que seu pai havia enlouquecido e nos traído, e vamos acolhê-lo como um membro da família. Talvez nós consigamos fazer de Bardinard um homem bom que não destruirá o mundo, assim como seu pai disse. É nossa última esperança.
[Alguns anos depois]
- Povo de Calnat! – Disse o rei. – Por sempre ajudar na política de Calnat e estar sempre disposto a ajudar a população, ele foi eleito nosso novo primeiro-ministro. Por favor, aplaudam Bardinard!
Black: Movido pra área correta.
Black: Tópico trancado por inatividade. Caso queira reabri-lo mande uma MP a qualquer FFM.
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