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Poesia & Poema

5 participantes

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Mensagem por Yoshihime Sex 12 Abr 2013 - 1:52

Criei o tópico para conversarmos sobre poesias e poemas, não está na área de fanfics, porque aqui não conversaremos sobre nossos escritos, e sim de terceiros. Começarei com meu poema favorito, do poeta norte-americano da geração beat Allen Ginsberg, o meu favorito de todos. Respeitando as regras do fórum postarei a versão traduzida em destaque, mas em seguida trarei um spoiler com a versão original, para os que assim preferem.

América
(Allen Ginsberg)

América eu te dei tudo e agora não sou nada.
América dois dólares e vinte e sete centavos 17 de janeiro de 1956.
América não agüento mais minha própria mente.
América quando acabaremos com a guerra humana? Vá se foder com sua bomba atômica.
Não estou legal não me encha o saco.
Não escreverei meu poema enquanto não me sentir legal.
América quando é que você será angelical?
Quando você tirará sua roupa?
Quando você se olhará através do túmulo?
Quando você merecerá seu milhão de trotskistas?
América por que suas bibliotecas estão cheias de lágrimas?
América quando você mandará seus ovos para a Índia?
Eu estou cheio das suas exigências malucas.
Quando poderei entrar no supermercado e comprar o que preciso só com minha boa aparência?América afinal eu e você é que somos perfeitos não o outro mundo.
Sua maquinaria é demais para mim.
Você me fez querer ser santo.
Deve haver algum jeito de resolver isso.
Burroughs está em Tânger acho que ele não volta mais isso é sinistro.
Estará você sendo sinistra ou isso é uma brincadeira?
Estou tentando entrar no assunto. Eu me recuso a desistir das minhas obsessões.
América pare de me empurrar sei o que estou fazendo.
América as pétalas das ameixeiras estão caindo.
Faz meses que não leio os jornais todo dia alguém é julgado por assassinato.
América fico sentimental por causa dos Wobblies.
América eu era comunista quando criança e não me arrependo.
Fumo maconha toda vez que posso.
Fico em casa dias seguidos olhando as rosas no armário.
Quando vou ao Bairro Chinês fico bêbado e nunca consigo alguém para trepar.
Eu resolvi vai haver confusão.
Você devia ter me visto lendo Marx.
Meu psicanalista acha que estou muito bem.
Não direi as Orações ao Senhor.
Eu tenho visões místicas e vibrações cósmicas.
América ainda não lhe contei o que você fez com Tio Max depois que ele voltou da Rússia.

Eu estou falando com você.
Você vai deixar que sua vida emocional seja conduzida pelo Time Magazine?
Estou obcecado pelo Time Magazine.
Eu o leio toda semana.
Sua capa me encara toda vez que passo sorrateiramente pela confeitaria da esquina.
Eu o leio no porão da Biblioteca Pública de Berkeley.
Está sempre me falando de responsabilidades.
Os homens de negócios são sérios.
Os produtores de cinema são sérios.
Todo mundo é sério menos eu.
Passa pela minha cabeça que eu sou a América.
Estou de novo falando sozinho.

A Ásia se ergue contra mim.
Não tenho nenhuma chance de chinês.
É bom eu verificar meus recursos nacionais.
Meus recursos nacionais consistem em dois cigarros de maconha milhões de genitais uma literatura pessoal impublicável a 2000 quilômetros por hora e vinte e cinco mil hospícios.
Nem falo das minhas prisões ou dos milhões de desprivilegiados que vivem nos meus vasos de flores à luz de quinhentos sóis.
Aboli os prostíbulos da França, Tânger é o próximo lugar.
Ambiciono a Presidência apesar de ser católico.

América como poderei escrever uma litania neste seu estado de bobeira?
Continuarei como Henry Ford meus versos são tão individuais como seus carros mais ainda todos têm sexos diferentes.
América eu lhe venderei meus versos a 2.500 dólares cada com 500 de abatimento pela sua estrofe usada.
América liberte Tom Mooney.
América salve os legalistas espanhóis.
América Sacco & Vanzetti não podem morrer
América eu sou os garotos de Scottsboro
América quando eu tinha sete anos minha mãe me levou a uma reunião da célula do Partido Comunista eles nos vendiam grão de bico um bocado por um bilhete um bilhete por um tostão e todos podiam falar todos eram angelicais e sentimentais para com os trabalhadores era tudo tão sincero você não imagina que coisa boa era o Partido em 1935 Scott Nearing era um velho formidável gente boa de verdade Mãe Bloor me fazia chorar certa vez vi Israel Amster cara a cara.
Todo mundo devia ser espião.
América a verdade é que você não quer ir à guerra.
América são eles os Russos malvados.
Os Russos os Russos e esses Chineses.
E esses Russos.
A Rússia nos quer comer vivos.
O poder da Rússia é louco.
Ela quer tirar nossos carros das nossas garagens.
Ela quer pegar Chicago.
Ela precisa de um Reader's Digest vermelho.
Ela quer botar nossas fábricas de automóveis na Sibéria.
A grande burocracia dela mandando em nossos postos de gasolina.
Isso é ruim. Ufa. Ela vai fazer os índios aprenderem a ler. Ela quer pretos bem grandes.
Ela quer nos fazer trabalhar dezesseis horas por dia. Socorro! América tudo isso é muito sério.
América essa é a impressão que tenho quando assisto televisão. América será que isso está certo? É melhor eu pôr as mãos à obra.
É verdade que não quero me alistar no Exército ou girar tornos em fábricas de peças de precisão. De qualquer forma sou míope e psicopata.
América eu estou encostando meu delicado ombro à roda.



original:

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Mensagem por Mag Sex 12 Abr 2013 - 2:27

Gui, esse poema é a sua cara mesmo. Tem um teor político muito forte, e acho que alguns versos eu não compreendi com exatidão. Depois vou ler mais atento e pesquisar o que não souber. /: Agora vou postar um poema também. Nunca fui muito de ler poesias, mas quando fiz um trabalho sobre o Fernando Pessoa, me apaixonei por seus poemas e seus heterônimos deliberadamente.

Vou postar um que acho muito intrigante:

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.


Se alguém tiver interesse em conhecer mais do Fernando, eu vou deixar o blog que eu criei sobre ele por causa desse trabalho. Memórias de Fernando Pessoa.

PS: Sugiro que utilizem apenas as abas "O Ortônimo e Os Heterônimos", "Poema & Poesia" e "Site". Os outro são quase inúteis, só pra complementar o trabalho mesmo.

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Mensagem por Bakujirou Sex 12 Abr 2013 - 2:48

Eu sempre curti explorar o mundo de poemas e de poesias em meu tempo vago entre as diversas matérias no ensino médio. Cito uma que eu [aparentemente] marquei a muito tempo atrás, como "curtido";


Cruz e Souza [[Últimos Sonetos]]

Alma fatigada

Nem dormir nem morrer na fria Eternidade!
Mas repousar um pouco e repousar um tanto,
Os olhos enxugar das convulsões do pranto,
Enxugar e sentir a ideal serenidade.

A graça do consolo e da tranquilidade
De um céu de carinhoso e perfumado encanto,
Mas sem nenhum carnal e mórbido quebranto,
Sem o tédio senil da vã perpetuidade.

Um sonho lirial d'estrelas desoladas
Onde as almas febris, exaustas, fatigadas
Possam se recordar e repousar tranquilas!

Um descanso de Amor, de celestes miragens,
Onde eu goze outra luz de místicas paisagens
E nunca mais pressinta o remexer de argilas!

Eu sou fanatico pelo movimento do Musicalismo, sempre gostei da forma em que os poemas fluiam bem, sonoramente, sem muitas regras "padrão" de fazer poema. /.-. Bom... Gui ainda quero ler o poema original, vi que é bem extensa, mas achei interessante a temática. MGT, curti a sua citação também, é bem interessante. Pois bem, o meu poema citado, eu gosto da passagem onde era descrito a parte da terceira e quarta estrofes. /hihi

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Heir of Life

Confira:
Concurso participem! / Fic / One-Shots / indico uma fic que resgatei / indico Fic de meu amigo

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Mensagem por Yoshihime Sáb 13 Abr 2013 - 6:55

@Mag Para entender muitos poemas sociais do Allen ginsberg é preciso um pouco de pesquisa mesmo, até porque ele trata de muitos casos específicos. Amo ele <3

Eu tenho Mensagem, de Fernando Pessoa, leio alguns poemas de vez em quando, gosto bastante. Esse poeme me intrigou desde que você postou, sério, eu adoro metalinguagem e ele faz isso de uma forma tão magnífica. Estou martelando ele em minha cabeça, eu já escrevi tanto para aliviar a dor, e me sentia bem ao ler minha própria dor, é algo extremamente delicado isso.

@Baku
Eu adoro Cruz e Souza, porque adoro essa corrente simbolista, gosto dessa abordagem de espírito, transcendência, e, como você, da musicalidade.


Vou postar agora um poema contemporâneo, de um poeta que gosto muito, chamado Marcelino Freiro

UM POEMINHA DE AMOR CONCRETO

da mesma forma que você dá o pão à mesa dá a mão um abraço da mesma
forma que você dá um aviso um acorde dá um choque um chute um salto da mesma forma que você dá uma carona um passo dá uma força um recado
da mesma forma que você dá uma bronca um tapa dá um duro uma gravata da mesma forma que você dá a luz uma ideia dá um gole uma festa da mesma
forma que você dá uma rosa um beijo dá uma bala uma moeda da mesma
forma que você dá boa tarde boa noite boas-vindas dá uma desculpa um tempo da mesma forma que você dá de cara dá de frente dá de ombros de bandinha da mesma forma que você não me dá a mínima não me dá ouvidos não me dá bola da mesma forma que você não dá o melhor de si eu dou o cu meu amor e daí

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Mensagem por Mag Sex 19 Abr 2013 - 2:11

lol

Muito non sense sem anticoncepcional da mesma forma antipontuação sem organização padrão esse último poema postado aí da mesma forma que o que está aqui:

  • O CORVO*

Edgar Allan Poe

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.

É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,

Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.

É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.

Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.

Isso só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.

"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,

Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."

Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,

Com o nome "Nunca mais".

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".

Disse o corvo, "Nunca mais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais

Era este "Nunca mais".

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,

Com aquele "Nunca mais".

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,

Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!

Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,

Libertar-se-á... nunca mais!


*Se quiserem ler do site que eu retirei, é só clicar aqui.

Poema aclamado do Poe, muito famoso. É interessantíssimo, mas muito complexo. Ainda quero fazer uma pesquisa sobre as interpretações desse poema.

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Poesia & Poema Empty Re: Poesia & Poema

Mensagem por Yoshihime Seg 27 maio 2013 - 23:50

Só deixando um do Manuel Bandeira que gosto muito

POEMA SÓ PARA JAIME OVALLE

Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Então me levantei,
Bebi o café que eu mesmo preparei,
Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando...
- Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei.

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Mensagem por Diamandis Dom 9 Jun 2013 - 19:01

Teresa - Manuel Bandeira

A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna

Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o
[resto do corpo
(Os olhos nasceram e fizeram dez anos esperando
[que o resto do corpo nascesse)

Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a
[face das águas.




Me amarro na crítica sublime desse poema;

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Poesia & Poema Empty Re: Poesia & Poema

Mensagem por Umbreon_NICE Dom 9 Jun 2013 - 19:09

Remorso

Às vezes, uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando.
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.

Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!

Sinto o que desperdicei na juventude;
Choro, neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude,

Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!

Otavio Bilac


Esse cara é o meu herói.

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Poesia & Poema Empty Re: Poesia & Poema

Mensagem por Yoshihime Dom 9 Jun 2013 - 22:17

Diamandis escreveu:Teresa - Manuel Bandeira

A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna

Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o
[resto do corpo
(Os olhos nasceram e fizeram dez anos esperando
[que o resto do corpo nascesse)

Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a
[face das águas.




Me amarro na crítica sublime desse poema;

declamei esse poema no meu sarau do terceiro ano

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