Quase Modernista: Poemas e só.

Comentando pra salvar vidas². Bom, estão bem daoras e talz. Devo ter visto alguns errinhos, mas não atrapalharam na leitura. Enfim, as curtas e os poemas estão bons. Pena que quase ninguém visita a área. Enfim, boa sorte com os baguio ai.

Obrigado, caras.

Voltei com os poemas, estou horrivelmente romântico.

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Vetores

Onde fica inoculada tal doença do amor?
E esse desejo de morte? é passageiro?
Porque te sinto a mil quilômetros por hora
E porque te sinto a um quilômetro de distância?

Hoje manhã, me lembrei de conversa de menino
Quando perguntei pra mãe se tem remédio pra saudade
A simplicidade da criança voltou
Vou voltar pra minha mãe e seu remédio.

Que tristeza hei de sentir longe de ti
Será melhor assim?
Não sou o cara dos seus sonhos
Mas sou o cara que sonha com você

Você vai perder essa garota
Disseram-me os amigos
Mas meu coração estava ferido demais
E não queria ser ferir mais

Quem diria que a simples ressonância de um "oi"
Conflitaria minha frequência sônica
Senti sua falta mais do que sabia
Sabia que sentia, sentia que sabia

Voltarei para minha terra
Para terra literalmente
Vou me enterrar na tristeza
Me perder na solidão

Quem diria que meu último desejo
Serio aquele mesmo primeiro
De que na vida, na minha
Só exista você.

Canto ao Anarquista

Meu pequeno pedaço de paz
Meus segredos mantidos vivos
Já sei quanto tempo faz
Que guardo esses desejos cativos

Me queimar e por fogo em tudo
Censurar nada, jamais outra vez
Dar paz à guerra e voz ao surdo
Reunir tudo que brota do mês

E queimar
Queimar tudo que te prenda ao nada
Valorize o que não é seu, nem de ninguém
Valorize o que é de cada
Natureza, ar, água. Amém!

Não se prenda à nenhum Deus
Crie seu caminho, seu destino
Caminhos que juntos são meus e seus
E a última de vez, termino

Viva em paz.

Nossa cara... essa leva de poemas foi simplesmente incrível, sinceramente... adorei todos do início ao fim, diria que foram seus melhores... parabéns mesmo, sério. Eu adorei. Continue assim, e... boa sorte, cara. Com tudo.

Força sempre.

Ficaram bons Bragato, vou ver se volto a dar uma olhada nessa área de novo. Sdds Sweets e Perry.

Obrigado, Galera.

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Sinos, Vestidos e Cartazes.

Subiram ao palco
Dois garotos
Desejando serem um
Nervosismo até o tom
Primeiro tom
Adentra o palco o pavão
A calmaria de suas penas
Complacente à sua beleza
Ah, que maravilha de se ver!
Um Flash
Uma Esquete de Moças
E vimos sorrir
Warhol, Degas, Dali..
Outros choraram
Não foram citados
Porque tamanha é a ignorância do autor
Ou a memória do mesmo
Se perdeu na ausência do interesse em se lembrar


A morte quase viva

A morte me trilha a rota
Peca me, Insoso
Uma risada idiota
Um escorregão gostoso
Ó morte tu que és tão forte, mas teme a Deus
Ó Deus tu que és tão grande para morte perdeu.

Ei, Bragato, acho que você faz jus ao seu título de Fanfic Moderador! haha
Gostei muito dos seus poemas. Li todos hoje, agorinha mesmo, e eles são realmente ótimos!
Eu não gostava de poemas antes, admito; mas quando fiz um trabalho sobre o Fernando Pessoa, li alguns dos poemas dele e fiquei completamente estarrecido! O cara é bom demais, e por ele, hoje, eu me interesso mais por esse lirismo dos poemas! haha
Você comete alguns erros de português, de pontuação principalmente, mas acho que é mais por falta de atenção. O que mais vi se repetir foi a falta de hífen para separar um verbo do seu pronome oblíquo (amar-me, desejar-te, etc). Você também parece investir em pesquisas para escrever os seus versos, o que dá um rico vocabulário aos seus textos.
Ah, e eu, como cristão, sou obrigado a dizer que Deus não perdeu pra morte; ele obrigou-se a morrer, mas depois derrotou-a. Não me leve a mal, estou longe de ser aqueles "cristãos" alienados e implicantes. Só foi uma resposta que me veio à mente mesmo...

Retornarei aqui para ler mais dos seus poemas (e eu não sei se é por que eu estou com o coração meio duro, mas prefiro todos os que não falam de amor! hahaha)

Gostei muito dessa sua última poesia sobre a morte. Deveria tentar coisas mais filosóficas tipo essa, poderia se sair muito bem, Bragato. Keep working well.

Obrigado Magmortar e Perry, na verdade, esse último poema, eu fiz baseado em "canto para a minha morte" do grande Raul e em conto infantil.

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Complemento sentimental

Já parastes para pensar
O quão terríveis são os sentimentos
Amor, ódio, tragédia
Caminho predestinado
Que tirou a 'tragédia'
Do substantivo
E a transformou um destino final.


Dita cantada.

Para que cantam os poetas?
Para as belas roupas de mulher
Para cheiro de café recente
Cantam para respirarem suas palavras.
Poetas suam, exalam.
Suam ódio ou suam bondade.
Mas sempre se deve excretar tais segredos.
Poetas são seres de carne
Mas a esconde num manto intocado
Um manto bruxo de metáfora
Retórica excelente para se formar
Poetas amam e como amam!
Mas odeiam o amor
Pois tal amor não pode ser exalado
Deve mantê-lo sublime no antro da alma
E poeta tem alma, uma pequena alma
Mas nela se guarda suas morais
Poeta tem tudo e finge não ter nada
Já disseram outros
O Poeta é o grande fingidor
Poeta é mais que artista
Metonímia, acentuação e elegância
Tudo isso se torna relevante
Quando poeta se põe a declamar
Poeta é gente...
[Mas poeta não é ser humano.




Ok, esse segundo texto é sobre um conto do Érico Veríssimo, se não me engano, é um conto que fala sobre, digamos, as funções etéreas do ser poeta.

Ei! A segunda ficou muito boa! Na realidade eu gosto muito do Érico Veríssimo, apesar de só ter lido dois livros dele até hoje... Este conto faz referencia até ao Fernando Pessoa, não é? - Já disseram outros / O Poeta é o grande fingidor - . Muito bom...

Até.

Obrigado novamente, Magmortar, a frase realmente é do Fernando Pessoa.
Obrigado, Mud, não adianta... drama é meu forte, ks'.

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O Mundo Em Quatro Estrofes

Preso a correntes de pensamentos
Vou pelo corredor, passos vacilantes
Minha mente, já sinestésica
Obriga-me a falar sobre o mundo

Sobre o homem vindo do barro
O barro vindo da terra
A terra vinda do cosmo
O cosmo vindo do nada

Sobre o ser texturizado
[que somos
Sobre o amor que não tivemos
Sobre o momento que não vivemos
Sobre o que não somos.

Vou falar ainda sobre o que não se sabe
Sobre quem foi Deus e quem foi Darwin
Sobre a morte, a vida, a dor, a cor, a anáfora
Me ajude a falar sobre tudo
Humanos, somai-vos vossa voz em uma
Falai-vos sobre o mundo
O mundo em quatro estrofes


Só esse hoje, modéstia à parte, o melhor da galeria.

hehe Você estava inspirado mesmo nessa, não é?
Eu não sei o que dissertar exatamente sobre esse poema. A primeira estrofe me lembrou um livro que terminei de ler ontem, "1984".
Agora, as duas estrofes do meio foram as que mais gostei. Enfim, o poema ficou excelente mesmo!

Bragato escreveu:Sobre o amor que não tivemos
Sobre o momento que não vivemos
Sobre o que não somos.

Amei isso.

Affe, editando o comentário aqui porque eu ia falar uma coisa e esqueci. ú.u

Bragato escreveu:Preso há correntes de pensamentos

Olha, eu não sei se você corrige os erros que o pessoal aponta (eu citei uns erros numas fics e nenhum autor corrigiu, o que me deixa até desanimado de comentar, mas ok).
O caso é que "há" tem sentido de "existir/ter" ou de tempo "faz"; na verdade ele é bem abrangente, mas não cabe nesse caso em que você usou. Como o que você queria dizer é que "estava preso em/nas correntes", o correto seria usar a simples preposição "a".
Se quiser corrigir, ótimo. Se não... vai ficar assim mesmo! xD

Até.

Obrigado pelos comentários, pals... e, pqp, mta maconha, véio, nem vi aquele erro.

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Linha do trem

Três mil homens enfileirados
Temendo pela casa que os aguarda
Nenhum tostão no bolso
E o peito cheio de angústia
Farinha com água e sal
Pirão de Lágrimas
E o desespero de ser do país
Onde uma redoma manda na alma da terra
Três mil homens espalhados pela linha do trem
Sangrando de alma e corpo
Viraram notícia
Na redoma global.

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Depois dou um edit com mais um aqui.. Quem sentiu a crítica leve à rede globo de televisão ai?